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A terra das oportunidades, também no futebol

Por Jornal Sporting
21 Abr, 2016

Lino di Cuollo, representante da MLS, falou sobre o crescimento do futebol nos Estados Unidos

No segundo painel do segundo dia do congresso ‘The Future of Football’ estiveram em debate os mercados emergentes do futebol mundial, a forma como têm crescido e, sobretudo, como planeiam manter o crescimento nos próximos anos e encurtar o espaço entre as suas ligas e os campeonatos europeus. No caso norte-americano, Lino di Cuollo expôs as três fases em que a ‘Major League Soccer’ (MLS) sustentou o seu crescimento e as prioridades da liga que se quer independente e cada vez mais atractiva tanto para os norte-americanos como para os restantes adeptos da modalidades espalhados pelo mundo.

A intitulada versão 1.0 correspondeu à fase embrionária da liga, que se estreou em 1996 com somente dez equipas a competir. O projecto remontava ao ano de 1993, em que o país deu como garantia a criação do campeonato de forma a receber o Campeonato do Mundo em 1994. O campeonato cresceu progressivamente, sempre com ideias bases colectivas como a centralização dos contractos dos jogadores, que são controlados pela liga de forma a manter o equilíbrio e sustentabilidade de todas as equipas, ou a distribuição equitativa do ‘merchandising’ pela classificação que os clubes garantem no campeonato. "Na MLS fazemos com que toda a competição se passe em campo. Fora dele, cooperamos”, afirmou Lino di Cuollo na sua apresentação, explicando que a ideia passa por manter as oportunidades e a competitividade intactas.

Ainda assim, porque sem grandes nomes o interesse geral demorava a acentuar-se, e sem maiores investimentos não apareceriam grandes nomes, a MLS avançou para a sua versão 2.0 com a lei que veio a mudar a realidade da competição. A ‘designated player law’, que no fundo não era mais do que a possibilidade de as equipas poderem contratar um jogador fora dos orçamentos autorizados pela liga, levou David Beckham para o LA Galaxy e consigo uma nova atenção para o campeonato dos EUA. O aumento do investimento tanto em jogadores como em recursos humanos e a aposta na construcção de infra-estruturas foram os passos seguintes, levando a MLS para a sua actual versão, 3.0, em que começaram as construcções de estádios com o principal propósito de prática do futebol e trouxe uma série de ‘designated players’ – entre os quais Henry, Pirlo, Lampard ou Gerrard.

Segundo Lino di Cuollo, as receitas da liga e por consequência dos clubes não têm parado de aumentar, ano após ano, garantindo-se através de um modelo centralizado a justa distribuição das verbas, de forma a possibilitar a legítima aspiração de cada equipa e a preservar a competitividade entre as mesmas. Para o futuro, o objectivo passa por fazer crescer a liga até às 28 equipas e desenvolver-se cada vez mais o trabalho de formação que permita criar bases para o desenvolvimento do futebol norte-americano.