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Da Militância

Por Jornal Sporting
23 Mar, 2017

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3616

Conversava há dias com amigos sobre o fenómeno mediático e da apetência dos media por determinados temas e personalidades em detrimento de outros. Inevitável como se perceberá foi a análise da cobertura do desporto, sobretudo o futebol e, claro, sobre personalidades como Bruno de Carvalho ou José Mourinho. 

Primeira constatação é a de que o futebol move multidões, tem audiências, é um conteúdo que as televisões não querem nem podem perder (veja-se o caso do nosso Clube que negociou o maior contrato de sempre de direitos televisivos em Portugal). Segunda conclusão, mencionados anteriormente, gostem ou não, uma coisa é certa, tanto a Bruno de Carvalho como a José Mourinho ninguém lhes fica indiferente. 

Antes de continuarmos o nosso raciocínio, queremos por uma questão de higiene separar o epifenómeno 'faladores à moda de reality show' da cobertura que é desenvolvida seguindo linhas editoriais, lógicas de negócio, pois embora o jornalismo se posicione ao nível dos valores, as empresas jornalísticas são negócio, e, enquanto empresas, perseguem naturalmente o lucro.

Mas quem são estes 'faladores' e por que os queremos expurgar desta análise? Tratam-se daqueles que conjunturalmente podem representar uma aposta de negócio, mas que na sua essência não passam de simples detractores, instigadores da intriga e semeadores da mentira. Tratam-se de 'agentes encapotados' de interesses rivais, mas de tão primários e evidentes de nada lhes serve a camuflagem. Exemplo é a gravação áudio vinda a público, em que um arauto especialista nesta 'coisa' foi apanhado a revelar o seu expediente no próprio programa de televisão em que participa. Foi audível na reprodução o orgulho com que falava aos seus ouvintes sobre a sua arte e engenho para a mentira e maledicência. Revelou mesmo que neste tipo de servicinho não actuava isolado, mas em conluio com mais dois outros comentadores de diferentes canais. No mesmo exercício de gabarolice afirmou que aquelas suas declarações foram proferidas “numa aula ou acção de formação”. Imaginem, caros leitores, enquanto pais, o que será ter um filho com um professor assim…

Voltando ao interesse mediático por determinadas personalidades, sabendo que a percepção é confundida com a realidade, desafiava os leitores a definirem um período de tempo e a verificarem de facto quantas vezes, durante esse intervalo, o nosso Presidente realmente falou. Por que lançamos este repto? Porque inevitavelmente irão chegar à conclusão de que se fala mais de Bruno de Carvalho nos media, sobretudo nos programas de debate sobre futebol que abundam nas nossas TV’s, do que o próprio usa a palavra. O Presidente do nosso Clube pode ficar em silêncio que, em minuto algum, se vai deixar de falar dele. 

O que assistimos com Bruno de Carvalho nos media em Portugal é um fenómeno semelhante, salvaguardando-se as devidas distâncias, com aquilo que se passou com a primeira vez que José Mourinho foi para Inglaterra e o tratamento dado pela imprensa local. Queremos com isto dizer que tal como Mourinho para os media ingleses, o nosso Presidente é também para a imprensa nacional um 'produto' que vende. Como se alimentariam tantos programas e se venderia também tanta página de jornal se Bruno de Carvalho não existisse?

Esta é a realidade que o Presidente e o nosso Clube vivem diariamente. Aos inimigos do Sporting, junta-se um bom 'produto' para os media. Também por isto é fundamental perceber, em toda a sua extensão, a ideia de militância tantas vezes defendida pelo nosso Presidente, o tal 'exército' que é necessário mobilizar na defesa dos superiores interesses do Sporting Clube de Portugal.

O primeiro passo pensamos que já foi dado, no passado dia 4 de março, pela forma massiva como os Sócios do Sporting se mobilizaram respondendo ao apelo e perceberam a importância que revestia a escolha de quem queriam à frente dos destinos do Clube e pela forma expressiva como o demonstraram. 

Agora há que dar continuidade, e esta é uma missão para cada um de nós levar a cabo nos meios onde se movimenta. Temos que, de forma transversal, defender e reafirmar a grandeza do nosso grande Clube, os seus valores e o papel fundamental que representa enquanto Instituição na nossa Sociedade, factor que tem de ser cada vez mais reconhecido e valorizado.  

Boa leitura!