Leões estiveram na frente do marcador durante 89 minutos, mas foram derrotados pelo Real de forma inglória nos descontos

História. Uma palavra que define na perfeição aquilo que o Sporting CP esteve muito perto de fazer na noite desta quarta-feira no Bernabéu. Os leões estiveram a vencer o Real Madrid até aos 89' minutos, mas Cristiano Ronaldo aos 90' e Morata já no último suspiro da partida impediram o leão rampante de se tornar a primeira equipa portuguesa a vencer no mítico estádio merengue.

O futebol tem destas coisas. E chega a ser cruel, como foi o caso. Foi por isso, com naturalidade, que após o apito final no primeiro jogo do grupo F da Liga dos Campeões, os comandados de Jorge Jesus saíram do relvado de cabeça baixa, sob um coro de aplausos dos milhares de Sportinguistas que fizeram questão de marcar presença nas bancadas. Tristes com o resultado, mas não com a exibição.

O mesmo não se pode dizer dos espanhóis, que no final dos 90 minutos tiveram, finalmente, motivos para celebrar. Em campo, a história foi outra. Verde e branca, diga-se. Mas não se deixe enganar pelo resultado: houve muito mais verde do que branco. Muito por culpa de um meio campo de classe do Sporting, formado por William Carvalho e Adrien, que deu que fazer, e de que maneira, aos campeões europeus (de clubes).

Na frente de ataque, Gelson Martins foi uma autêntica seta apontada à baliza do guardião Casilla. Pelos pés da nova pérola de Alvalade passaram os melhores lances de ataque dos leões ao longo de todo o encontro.

Ainda assim, e destacando ainda toda a magia e classe de Bryan Ruiz, fundamental nos processos ofensivos, foi dos pés de Bruno César que nasceu o golo do Sporting CP, logo após o regresso das duas equipas dos balneários (48'). Com um remate em arco, o médio brasileiro, que neste jogo deu apoio a Bas Dost, inaugurou o marcador.

Com uma exibição de gala ao longo de toda a partida, os leões pareciam caminhar para um resultado histórico, até que Ronaldo entrou em acção, para mal do seu clube do coração. Corria o minuto 89', quando o internacional português, produto da Academia, descobriu uma forma de bater Rui Patrício. De livre, à entrada da área.

O guardião leonino bem se esticou, mas estava feito o empate. Já em período de descontos, Morata despejou o balde de água fria final na ambição leonina e virou o resultado. Amargo... para o Sporting CP, claro. O futebol tem destas coisas...