Todos os atletas, directores, treinadores e responsáveis do Sporting Clube de Portugal que entraram no Centro Navarro Paiva, em Lisboa, - local que faz parte da Direcção Geral de Reinsercão e Serviços Prisionais, destinando-se a aplicar medidas tutelares a jovens, entre os 12 e os 16 anos, que cometeram actos punidos por lei - para sentirem os limites da liberdade, saíram emocionados e com o pensamento renovado. 

 

"Nunca mais vou esquecer este dia. É muito importante para nós percebermos algumas situações da vida dando valor ao que temos. Quando chegar à Academia vou contar a todos o que levei desta experiência. É bom que saibam o que há para lá dos muros da nossa casa", afirmou Sérgio Velosa, jogador dos juvenis. Um testemunho sentido de quem, durante algumas horas, percebeu o que é perder a liberdade física. 

 

Luís Martins, director técnico da formação, também marcou presença na iniciativa do Gabinete de Apoio e da Fundação Sporting, tal como Ricardo Vaz e Pedro Baptista. No final, as palavras 'tremiam'. "Até eu, como técnico da formação, fico grato por perceber estas realidades. Estar aqui é uma fonte de satisfação pessoal e profissional", sublinhou, antes de oferecer uma camisola do Sporting CP, assinada pelos jogadores, a Rogério Canhões, director do estabelecimento.

 

No final, jogou-se futebol. Porque só nesses momentos é que o pensamento voa, os pés conseguem sonhar e os rapazes e as raparigas se esquecem que existem paredes a limitar-lhes o horizonte. Pode ler a reportagem na íntregra na edição desta semana do Jornal Sporting.