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Foto César Santos

“Foi a última vez que o Sporting CP teve esta intervenção ponderada”

Por Jornal Sporting
07 Jan, 2017

Em périplo pelos Núcleos leoninos, Bruno de Carvalho abordou as recentes polémicas na arbitragem para garantir que o Clube mantém “confiança”, mas que “não atura mais” erros com claro prejuízo para a equipa

O Presidente do Sporting CP, Bruno de Carvalho, aproveitou a viagem pelo Oeste nacional para abordar as recentes polémicas na arbitragem portuguesa, garantindo que a comunicação do Clube deixará de ser tão pacífica, caso voltem a existir erros flagrantes nos jogos dos leões: “O Sporting CP não pode continuar a olhar e a ver-se prejudicado. Não compreendo o facto de estarmos a oito pontos da liderança, com o investimento que realizámos. Falhámos muitos golos, as exibições não têm sido fantásticas, mas a arbitragem teve peso. Esta foi a última vez que o Clube fez intervenções ponderadas, porque não vamos aturar mais isto. Vamos dar mais um voto de confiança, acreditando que, em Maio, seremos muito felizes e estaremos onde queremos estar, com o título conquistado”.

Em visita aos Núcleos nacionais, o líder máximo do Clube vincou a necessidade de a arbitragem ser alvo de uma revolução, garantindo não só que o Sporting CP tem sido membro activo na busca pela verdade desportiva, como apontando vectores que “condicionam” os árbitros.
“Foi decidida a despenalização da marcação errada de penáltis nas classificações dos jogos, estratégia que revela falta de preparação dos árbitros. Despenalizar o erro de um lance decisivo como uma grande penalidade é como despenalizar um crime dos mais graves na sociedade. Fizemos propostas internas, à FIFA, à UEFA, muitas delas aproveitadas pelas instituições nacionais e internacionais. Agora, resta aplicá-las. O vídeo-árbitro é fundamental. Depois de cinco anos de testes na Holanda a verificar os pormenores, é fundamental aproveitar o estudo e implementá-lo definitivamente. As coisas têm de ser mais transparentes, com relatórios divulgados e tornados públicos para se falar menos de cebolas e mais de futebol, para que não restem dúvidas sobre a mudança no futebol português e sustentar que não estamos subordinados a determinados vícios e a pessoas que manipulem. Vamos continuar a apontar o dedo a quem e onde temos que apontar: observadores e critérios; a demora na aplicação do vídeo-árbitro", elencou Bruno de Carvalho.

Sem deixar de garantir que o Sporting CP reprova o conflito, Bruno de Carvalho não deixou de desvalorizar a falta de segurança dos árbitros e de criticar a má condução da arbitragem em Portugal: “O Sporting condena qualquer acto de violência, mas não me parece que o discurso mais acertado seja dizer que está tudo bem. Espero que os árbitros se lembrem que também serei alvo de violência se não formos campeões. O problema da segurança é genérico, todos sofremos. Fazem um caso maior quando se referem à arbitragem. A grande questão é que quando vemos 22 jogadores no relvado, pensamos que a partida já se iniciou. Só que o jogo já começou desde o fim do anterior. Temos que nos superar, mas os jogadores são humanos. Num fim-de-semana em que podíamos estar um ponto à frente, ficámos cinco atrás. Já para não falar da forma como fomos afastados da Taça da Liga. Houve muita coisa na arbitragem que não foi devidamente preparada. Preocupação com as quotas internacionais levou a que se tenha apostado em árbitros sem experiência, que, ainda para mais, continuam absolutamente condicionados, tanto pelos critérios de quem os observa como pelas suas classificações. Acabam por agir de acordo com o que consideram que o observador pensa ser o mais correcto”, explica em discurso nas Caldas da Rainha.

Em visita aos Núcleos Sportinguistas do Cadaval (n.º 163) e das Caldas da Rainha (n.º180), Bruno de Carvalho agradeceu a comparência dos autarcas da Nazaré e Alcobaça, reiterando em salas completamente lotadas a importância destes centros para a expansão da paixão leonina: “O Sporting CP sofre de falta de militância, não de adeptos, mas de pessoas que tenham qualquer género de poder. Acima de tudo, sou adepto e os Núcleos são fundamentais  para propagar o nome do Clube, de mostrar entusiasmo, de o espalhar nacional e internacionalmente. São a extensão do Sporting CP, que é aquilo que nós quisermos. É mérito de mais de 3,5 milhões de pessoas. Todos queremos a hegemonia do futebol porque é isso que falta. Somos a maior potência desportiva nacional, uma das maiores do mundo”.

Antes do almoço de convívio no Núcleo das Caldas da Rainha, o Presidente da autarquia, Fernando Ferreira agradeceu a presença, pedindo a continuidade da aposta na formação “que tão bons frutos tem dado”, particularizando a importância da região para o título de 2000: “As Caldas da Rainha não podiam ficar indiferentes à passagem do Presidente do Sporting CP, já que os ares do Oeste trazem boas memórias à família Sportinguista”, recuando até ao estágio de 1999, decorrido na região, preparação que antecedeu o fim do jejum de títulos leoninos após 18 anos.