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Foto César Santos

Bas Dost, o 'caça-fantasmas' de Alvalade

Por Jornal Sporting
28 Jan, 2017

Sporting CP regressou às vitórias em casa, após três deslocações de má memória

"A vida vai torta. Jamais se endireita. O azar persegue. Esconde-se à espreita...". Um autêntico circo de feras, como diriam os Xutos & Pontapés. Que o diga o Sporting, após as três últimas deslocações: Chaves, em dose dupla, que além de um empate para o campeonato (2-2) ainda resultou na eliminação da Taça de Portugal (1-1), e mais recentemente nos Barreiros, com uma igualdade a duas bolas que afastou (ainda mais) os leões da luta pelo título. 

Mas como 'para grandes males, grandes remédios', como diz o provérbio popular, não há nada como regressar a casa, a melhor parte de qualquer viagem. E se, pelo meio, der para acrescentar o efeito 'Bas Dost', ainda melhor, Um autêntico antídoto para o 'veneno' que vinha a neutralizar os leões. Trocado por 'miúdos', passemos a expressão, dois novos golos do 'holandês voador' tornaram-se fundamentais no triunfo caseiro do Sporting CP sobre o Paços de Ferreira (4-2) - são já 16 os remates certeiros de Dost na I Liga, o que se traduz em 45% dos golos do emblema leonino no campeonato.

A quarta vitória consecutiva sobre os 'castores', algo que não acontecia há mais de 23 anos, permitiu aos comandados de Jorge Jesus respirarem fundo, junto dos 43.843 Sportinguistas que se deslocaram ao reino do leão, e exorcizarem os seus 'fantasmas'. Chegou à altura de dizer: BASta! Logo aos 12', através de uma grande penalidade convertida por Adrien, após ter sido empurrado por Pedro Monteiro na área. Sempre com o pé a fundo no acelerador, os leões continuaram a causar perigo junto da área adversária. Nesse sentido, foi com naturalidade que aos 32' Bas Dost aumentou a contagem para 2-0, de cabeça, a corresponder da melhor maneira a um cruzamento de Schelotto  na direita.

Três minutos depois, Gelson também quis ficar na fotografia e assinou uma autêntica obra-prima (Da Vinci deve ter ficado orgulhoso). Isolado a passe de William Carvalho, faz um mini-chapéu sobre Defendi (guardião contrário), cola a bola no pé e atira para o terceiro da partida (o quinto na conta pessoal esta temporada). Genial! Só houve um problema. Foi preciso esperar pela segunda parte para se voltar a gritar golo em Alvalade. Problema 2: foram os adeptos dos castores quem fizeram a festa, depois de Welthon ter desviado ao primeiro poste um cruzamento de Christian, junto à linha. Rui Patrício nada podia fazer. Tal como também não conseguiu evitar um novo desvio do jogador brasileiro aos 76', após um canto de Marco Baixinho.

Já sem o mesmo andamento da primeira parte, jogada de forma frenética, o Sporting CP foi obrigado a reagir, numa altura em que o nervosismo parecia querer tomar conta dos jogadores. Foi aí que voltou a entrar em acção o 'caça-fantasmas', falamos do inevitável Bas Dost, que selou o resultado final em 4-2, a 12 minutos do apito final. Os Sportinguistas, que fizeram as pazes com a equipa, respiraram de alívio. Não era caso para menos: "As saudades que eu já tinha da minha alegre casinha...".