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Foto José Cruz

“A motivação tem de ser sempre máxima”

Por Jornal Sporting
17 Fev, 2017

Jorge Jesus destacou na antevisão ao jogo com o Rio Ave que quem joga no Sporting CP tem de estar sempre motivado

Os leões recebem este sábado o Rio Ave em Alvalade, em jogo da 22.ª jornada. Um adversário que segundo Jorge Jesus vai criar muitas dificuldades. “É um Sporting CP que tem vindo a melhorar nas últimas jornadas em função do que tínhamos produzido ultimamente. O jogo com o Rio Ave vai ser complicado. É uma boa equipa, bem organizada defensivamente e a nível ofensivo tem jogadores com muita qualidade. Têm jogadores que podiam ter tido a oportunidade de jogar em equipas grandes, como o Tarantini que é muito bom jogador. O Rio Ave é uma equipa que quer e sabe jogar. Já o Sporting CP vai tentar que isso não aconteça e fazer com que as suas ideias de jogo sejam superiores nos 90 minutos e não apenas nos últimos 45 como tem acontecido. Não vai ser um jogo fácil, como nenhum é no campeonato português”, começou por dizer o técnico leonino, na conferência de imprensa de antevisão ao encontro, antes de falar sobre João Palhinha, Francisco Geraldes e Daniel Podence.

“Dos três jogadores, o que tem jogado mais é o Palhinha, que inclusive já foi titular uma vez. Cada um tem características diferentes e cada um tem mais possibilidades do que os outros, em função da sua posição, de irem a jogo. São três jogadores da casa que regressaram agora em Janeiro. A adaptação à forma como trabalhamos não é fácil. Os dois que mais se adaptaram até agora à nossa intensidade de treino são os que têm jogado mais”, acrescentou, antes de garantir que apesar da distância para o primeiro classificado a motivação continua a mesma.

“A motivação tem de ser sempre máxima. Claro que se está mais motivado quando se corre atrás de um objetivo. É verdade que os títulos se foram perdendo ao longo da época. Não vale a pena esconder. Mas isso não pode ser o motivo para os jogadores não terem a mesma motivação. Demonstrámos isso no jogo do Dragão e em Moreira de Cónegos. A principal motivação é a que representamos um clube que tem sempre a pressão de ganhar todos os jogos, independentemente da classificação. Claro que é muito melhor estar como estivemos no ano passado, até ao último momento a disputar o título. Mas isso não deixa de tirar responsabilidade ou ter aquilo que a equipa tem tido nos últimos jogos - alma. Ou seja, a equipa tem de acreditar que pode ganhar sempre e é isso que temos vindo a fazer. A equipa tem de fazer isto, para nos aproximarmos o mais possível dos dois primeiros classificados”, realçou.

Jorge Jesus falou ainda sobre o facto de Rui Patrício cumprir na partida frente ao Rio Ave o jogo 400 como guarda-redes leonino. “A história do Rui no Sporting CP em termos de número de jogos é de grande valor. 400 jogos é um número interessante. Li a entrevista que ele deu [ao jornal A BOLA] e ele quer continuar a ganhar títulos, além do grande número de jogos que já realizou. Está interessado a bater o recorde, mas mais em ganhar títulos. Tem evoluído muito ao longo dos anos fruto do acreditar e do trabalho. Quanto mais anos de carreira têm os guarda-redes, melhor são. O Rui não vai fugir à regra”, assinalou, antes de abordar o crescente número de golos sofridos pela equipa esta temporada.

“A verdade é que, normalmente, as equipas onde trabalho são sempre as que sofrem menos. É uma característica das minhas equipas, mas que a reboque leva muitas outras. Temos um modelo defensivo que muitas equipas também têm. Este ano isso não está a acontecer e temos refletido sobre isso. O caminho é aquilo que temos feito nas últimas semanas: tentar equilibrar as ideias defensivas. É trabalhar em cima da ideia e melhorar. Temos de melhorar, pois temos capacidade para isso. Faltam 14 jogos. Se repararmos, a última linha de quatro é a mesma do ano passado, a partir da segunda volta, e aí mostrou qualidade”, recordou.

Por fim, o treinador verde e branco assumiu ainda que o Sporting CP está à procura de ter a sequência de vitórias que teve na última época. “Estávamos habituados a ter uma consistência de vitórias. Não de quatro, mas de oito, nove e dez, como tivemos o ano passado. Mas o que importa é o presente. O Sporting CP e eu temos de descobrir o presente para olhar para o futuro com outros olhos e mais realidade. Algumas vezes fomos culpados por não termos essa consistência, mas outras vezes não. Temos de fazer uma retrospectiva disto tudo para no próximo ano estarmos mais fortes. O nosso primeiro ano foi de muita força. Não é fácil fazer 86 pontos e eu já disse várias vezes que se calhar nunca vou repetir, por isso a comparação que podemos fazer é muito grande, mais pela negativa do que pela positiva”, finalizou.