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Foto José Cruz

À procura da hora certa

Por Jornal Sporting
13 Jul, 2017

Desgaste dos leões valeu derrota por 3-0 frente ao Valência. Segue-se o Basileia no Festival dos Alpes

11 inicial: Azbe Jug, Piccini, Sebastián Coates, Mathieu, Fábio Coentrão, Battaglia, Bruno Fernandes, Iuri Medeiros, Doumbia, Bas Dost e Daniel Podence

‘Capital do relógio’ é uma maneira alternativa de tratar a Suíça. Em território helvético, o Sporting CP tem tentado encontrar a hora certa de forma a ajustar agulhas para a temporada que se avizinha. Depois do triunfo por 2-1 frente ao Fenerbahçe, na estreia do Festival dos Alpes, seguiu-se o Valência, adversário de qualidade superior aos turcos que, ainda por cima, não tinha corrido 90 minutos na noite anterior.

Dotados de uma defesa bastante sólida, os espanhóis negaram, na primeira parte, todas e quaisquer tentativas dos verdes e brancos chegarem junto de Jaume Domenech. Para quem não sabe, trata-se do guarda-redes da equipa de Marcelino Toral. Nem a irreverência de Iuri, nem a traquinice de Podence. Nem o instinto matador de Dost, nem a velocidade de Doumbia. Os primeiros 45 minutos ficaram marcados por um Sporting CP com bons índices de posse de bola, mas sem objectividade no último terço do terreno. Isto é o mesmo do que dizer: muita parra e pouca uva. Ninguém com capacidade de potenciar o jogo interior e uma equipa dependente da inspiração dos extremos, bem controlados pelos defesas contrários. A juntar a este desacerto ofensivo, juntou-se um relógio pouco ritmado no sector recuado (nada habitual, diga-se). Aliás, o primeiro golo do Valência surge de um mau alívio de Coates, que iria ser aproveitado por Orellana (23’) – fuzilou, como se diz na gíria. Aos 28’, surgiu o 2-0, por intermédio de Rodrigo Moreno, letal na pequena área, de cabeça, depois de um cruzamento vindo do corredor direito e desenhado por Fernando Garcia. Até ao intervalo, do Sporting CP, só o golo anulado a Bas Dost numa altura importante, já que os leões poderiam ter recolhido aos balneários a perder pela margem mínima. Mas a bandeirinha estava levantada, por isso nada feito.

Os muitos adeptos verdes e brancos que se deslocaram até ao Estádio d’Octodure, em Martigny, pediam uma reacção na etapa complementar. Aliás, há que tenha entrado em campo para tentar dar o exemplo, numa das típicas invasões de pré-época. Contudo, viram pouco do que pretendiam. Como é natural, as várias substituições efectuadas por Jorge Jesus quebraram o ritmo do encontro, sendo que a entrada de Gelson Dala, já nos instantes finais, foi a que mais mexeu com o ataque às redes espanholas. De tirar o chapéu só mesmo o golo de Nacho Gil (67’), que fixou o 3-0 final após ludribiar dois defesas leoninos.

A pré-época é mesmo assim, propícia em altos e baixos. Que se voltem a mexer nos ponteiros do relógio, pois sábado há um novo opositor para defrontar. Frente ao Basileia (sábado às 18h30, hora portuguesa), espera-se um Sporting CP mais fresco e capaz de encontrar a pontualidade dos golos.