Vitória por 1-0 frente ao V. Setúbal bastante lisonjeira para os sadinos, por tudo aquilo que os leões atacaram

Não há como dar a volta: a vitória por 1-0 frente ao Vitória de Setúbal, em Alvalade, em jogo da 2.ª jornada da Liga NOS, foi muito (mesmo muito!) lisonjeira para os sadinos. O golo, apontado por Bas Dost através de grande penalidade – que o próprio sofreu, por falta de Nuno Pinto –, não espelha o domínio leonino avassalador no encontro. Do primeiro minuto até ao 86, a intensidade verde e branca sufocou qualquer intenção da equipa treinada por José Couceiro, que apenas por duas vezes chegou perto da baliza de Rui Patrício. A primeira no primeiro tempo através de um canto (37') e a segunda depois do intervalo (60'), sem que daí tivesse surgido qualquer perigo.

O 11 apontado por Jorge Jesus pode ter tido em atenção que, daqui a quatro dias, Alvalade volta a ser palco para novas emoções, desta feita para a Liga dos Campeões. Ainda assim, Gelson e Podence trituraram Nuno Pinto até à exaustão. O corredor direito leonino fez escoar a enorme avalanche ofensiva e numa das poucas variantes (8'), quando Acuña assistiu Gelson, o toque de habilidade do n.º 77 saiu por cima da barra, numa das inúmeras ocasiões flagrantes de golo. Foi assim quase toda a primeira parte, mas o melhor ainda estava para vir.

O segundo tempo começou com um remate de Adrien à trave (46'). A seguir, foi o que se assinalou de remates às baliza, alguns no mesmo minuto: Bas Dost assiste Podence, com Trigueira a encaixar (51'); canto de Acuña, Dost de cabeça (54'); pontapé de bicicleta de Mathieu (62'); Battaglia assiste Dost (66'); remate de Doumbia por cima (66'); novamente Doumbia por cima da barra, a passe de Dost (68'); pontapé de canto, com Dost a rematar alto (72'); Doumbia ao lado, a passe de Dost (75'); remate acrobático de Doumbia (77').

Só dava mesmo Sporting CP no jogo. Intensidade total. Com o apito final a aproximar-se a passos largos, o Vitória de Setúbal tentava por todos os meios segurar o empate. Pedro Pinto (80') chocou com o seu guarda-redes, Trigueira, numa bola bombeada e cai no chão, sem se levantar. Dois minutos perdidos até o jogo voltar ao ritmo que os homens de Alvalade estavam a impor desde o início. Por essa altura, já Bruno César, Doumbia e Bruno Fernandes tinham entrado para o lugar de Acuña, Podence e Adrien Silva, respectivamente.

A quatro minutos dos 90, o Bola de Prata da Liga NOS é derrubado por Nuno Pinto. Não houve necessidade de recorrer a vídeo-árbitro. Bruno Paixão não teve dúvidas e assinalou grande penalidade que o próprio holandês converteu. O homem dos golos que valem três pontos riu-se da pressão que o Estádio José Alvalade estava a sentir e garantiu a invencibilidade leonina no campeonato. Duas jornadas, duas vitórias. Venham os romenos!