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Foto José Cruz

Tondela não beliscou invencibilidade leonina

Por Jornal Sporting
17 Set, 2017

Mathieu e Bruno Fernandes garantiram a sexta vitória em seis jornadas num percurso imaculado até ao momento. Gestão de esforço na base das alterações no 11 titular

Percebeu-se desde cedo que o Sporting não iria resolver a visita do Tondela a Alvalade, em jogo da sexta jornada da Liga NOS, como habitualmente a equipa tem feito: um sufoco para os adversários. Ainda assim, depois dos minutos iniciais, os leões descansaram as bancadas, fruto de uma falta de Claude Gonçalves sobre Iuri Medeiros, à entrada da área, e cujo livre directo o central Jérémy Mathieu cobrou de forma exemplar. Sem qualquer hipótese para o guarda-redes Cláudio Ramos.

Uma belíssima homenagem involuntária do francês aos adeptos, que inaugurou o marcador aos 12 minutos, 'matando' desde logo a eventual ansiedade de ver o tempo correr com um nulo que nada beneficiava as intenções dos verdes e brancos. No entanto, nem assim o Tondela arriscou mais na frente. Estava – e assim continuou – a fechar bem os espaços às movimentações leoninas, com o Sporting a pressionar o adversário logo no seu meio-campo. O primeiro lance de perigo da formação orientada por Pepa veio apenas já perto do intervalo (37'), igualmente por intermédio de livre, mas Murito atirou por cima.

O descanso não surgiu sem antes Mathieu, de novo por livre directo, tentar mais uma vez a sorte.

O segundo tempo só foi diferente a partir do momento em que os dois técnicos mexeram nas suas peças. Pepa já tinha sido obrigado a tirar Ansell (31') e colocar Júnior Pius, mas foi Jorge Jesus quem deu o mote para a batalha dos bancos. Primeiro (53'), o técnico leonino colocou Battaglia retirando Alan Ruiz, fazendo com que Bruno Fernandes ocupasse o seu lugar natural. Depois (60'), foi a vez de Iuri Medeiros dar lugar a Gelson Martins. Só nestas duas mudanças a diferença foi visível a olho nu. De tal forma que o novo maestro de Alvalade voltou a brindar a família com um golaço... à Bruno Fernandes (73'). Novo tiro de fora da área, no que já vai sendo a sua imagem de marca. E se era necessário encontrar espaços, por mais ínfimos que fossem, de poder apontar à baliza do Tondela.

Só então a equipa soltou-se verdadeiramente. Acuña (79') também tentou de longe, mas sem efeito; cruzamento de Piccini (80') da direita, com Bas Dost a falhar a emenda; dois pontapés de canto, por Bruno Fernandes, deram duas oportunidades a William Carvalho – que exibição! – de marcar. Duas hipóteses no mesmo minuto (83').

O resultado estava feito e, ao contrário dos últimos encontros, não houve batimentos cardíacos acelerados pelas contingências do encontro. Não há vitórias maiores do que outras, mas é nestes regressos da Liga dos Campeões, exigentes sob todos os pontos de vista – sobretudo quando esteve em causa uma deslocação precisamente à outra ponta da Europa –, que estão os perigos à espreitas. As curvas com risco de despiste. Nada a temer, caros leões. O caminho está a ser feito com a conta, o peso e a medida de quem sabe o que é preciso. Seis jornadas com outras tantas vitórias. Há mais a pedir?