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Foto César Santos

Leão tropeça e deixa fugir liderança

Por Jornal Sporting
23 Set, 2017

Sporting CP não foi além do empate a uma bola depois de estar a perder com um Moreirense que muito lutou

Foi na 7.ª jornada da Liga NOS, neste sábado à noite, que a equipa verde e branca perdeu os primeiros pontos, com um empate (1-1) naturalmente mais satisfatório para a equipa da casa do que para os leões, que deixam assim o FC Porto – próximo adversário no Campeonato Nacional – sozinhos no topo da tabela classificativa.

Começou dividido, provavelmente como Manuel Machado ambicionaria na sua preparação, o jogo entre Sporting CP e Moreirense: muitas bolas divididas, muitos duelos e menos espaços do que os leões precisavam. Tozé, o melhor da equipa da casa, foi quem primeiro tentou a sua sorte que, com um pouco mais de engenho, poderia ter inaugurado o marcador, mas foi ao lado o remate de meia-distância do jogador português.

Na resposta, a equipa leonina sentiu sempre dificuldades a ligar a defesa ao ataque, com William – o melhor do colectivo de Alvalade – a encontrar poucas vezes os seus colegas no meio-campo ofensivo, mais por falta de soluções soltas de marcação do que por incapacidade técnica para lhes entregar o esférico. Alan Ruiz, um dos que mais tentava contrariar esta tendência, numa das raras vezes em que teve a oportunidade, rematou em jeito, mas também ele falhou o alvo por centímetros. Com o jogo a pouco mudar face às circunstâncias iniciais, foi o Moreirense a voltar a criar perigo, aos 20’, numa transição rápida para o ataque em que Tozé (sempre ele!) isolou Ronaldo Peña, mas com este a perder o tempo de remate perante uma excelente mancha de Rui Patrício.

Visivelmente insatisfeito com o rumo que o encontro estava a tomar, Jorge Jesus gesticulou, gritou, ordenou, mas pouco mais viu dos seus pupilos do que um maior controlo territorial do espaço, que deu esperança aos muitos leões que acompanharam a equipa a Moreira de Cónegos, mas se traduziu em quase nada. De livre, aos 26’, Bruno Fernandes, o homem dos grandes golos, testou Jhonatan, mas este defendeu sem dificuldades; aos 40’, William rodopiou sobre dois adversários à entrada da área, tabelou com um colega e serviu Bas Dost, mas este não conseguiu a finalização.

As maiores emoções da primeira parte estavam, no entanto, reservadas para os últimos minutos. Primeiro, Alan Ruiz viu um golo ser-lhe anulado por falta de Bas Dost sobre o guarda-redes e, instantes depois, a equipa de Manuel Machado chegou ao golo, fruto de um ressalto que sobrou para Rafael Costa, que não perdoou.

No regresso dos balneários, já com Doumbia no lugar de Alan Ruiz, a equipa de Jorge Jesus apresentou-se mais ofensiva, mas sobretudo num ritmo mais alto, fazendo circular a bola de forma mais assertiva e colocando mais dificuldades à organização defensiva de Manuel Machado. Dessa forma foi aos 60’, numa jogada de insistência após um canto que Bruno César recolocou a bola na área, na direcção de William Carvalho, que controlou sem pressão e como se no meio-campo estivesse e fez o remate que originou o auto-golo de Abarhoun. Com o empate e a equipa dos leões balanceada para a frente e com dois avançados a ocupar sobretudo as zonas de finalização, o Sporting CP criou mais perigo, mas também ficou mais exposto, tornando o jogo mais partido. Talvez para prevenir isso mesmo, Jorge Jesus colocou Battaglia por Bruno Fernandes, um médio capaz de cobrir espaços maiores e conferir outra frescura ao centro do terreno.

Já com um futebol mais directo e à procura de Bas Dost na primeira bola, foi precisamente numa jogada desse tipo que, aos 65’, a equipa forasteira mais perto esteve de se adiantar, vendo Gelson Martins, isolado, a acertar na barra. Até final, houve mais coração do que cabeça e, pese embora o querer demonstrando pelos pupilos de Jorge Jesus, o Sporting CP não chegou ao segundo golo, apesar dos muitos momentos de perigo protagonizados.