Jorge Jesus fez a antevisão ao jogo frente à Juventus e reagiu ao minuto de silêncio aceite pela UEFA a pedido do Sporting CP

Na análise ao encontro da terceira jornada do grupo D da Champions League, o técnico Jorge Jesus deixou vários elogios à Juventus, formação que colocou no top5 europeu. Ainda assim, foi de forma ambiciosa que o treinador leonino anteviu o duelo no Allianz Stadium, destacando a confiança que mantém no seu plantel.

“Já demonstrámos que temos equipa para jogar com uma das cinco melhores da Europa – por sinal, duas estão no nosso grupo [Barcelona e Juventus]. Precisamos de identidade nestas competições e confiamos no nosso trabalho e nos nossos jogadores, acreditando que temos capacidade para demonstrar argumentos que talvez desconheçam”, começou por referir.

Quanto ao momento menos positivo ao nível dos resultados por parte dos comandados de Maximiano Allegri na Série A (empate a dois golos frente ao Astana e derrota em casa contra a Lazio - 2-1), Jorge Jesus desvalorizou a situação. “Cada jogo tem a sua história, sendo que nem sempre os treinadores conseguem colocar as suas ideias em prática. A Juventus, em três anos, foi duas vezes vice-campeã europeia. Não precisa de apresentações. É uma formação carregada de grandes jogadores, mas nós também os temos”, continuou, deixando depois uma mensagem aos cerca de 2.000 Sportinguistas que viajaram até Turim.

“Podes considerar que a grandeza de um Clube se mede pelos títulos. Tudo bem. Mas não só. Também se mede pela sua massa associativa. Ao virem até Itália, os adeptos demonstram que têm confiança na equipa e nós temos de fazer o que nos compete: disputar o jogo até ao fim”, vincou.

A situação dos incêndios que tem devastado Portugal não deixou o Clube indiferente. Nesse sentido, o Sporting CP pediu autorização à UEFA para que fosse cumprido um minuto de silêncio em memória de todas as vítimas provocadas pela catástrofe. Esta manhã, o organismo internacional acedeu ao pedido, factor que motivou uma reacção do míster.

“Ainda bem que a UEFA teve esse reconhecimento. Não há um português que esteja à margem do que se tem passado. O nosso coração dói. A única coisa que posso dizer aos políticos é que sejam mais práticos e menos teóricos. A ciência é muito importante em todas as vertentes, mas parece-me que em Portugal se dá valor à ciência e se esquece a ciência da prática. Vamos ouvir as pessoas que sabem como antecipar o que aconteceu”, concluiu.