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Foto José Cruz e César Santos

Olimpo à espera em Camp Nou

Por Jornal Sporting
22 Nov, 2017

Vitória frente ao Olympiacos (3-1) em Alvalade deixa tudo em aberto para a última ronda, em Barcelona

Depois de uma entrada de leão na Liga dos Campeões esta época, com uma vitória em Atenas, desta feita foi a vez do Olympiacos visitar Alvalade, quando as contas do apuramento ainda estavam baralhadas. A vitória, com dois golos consentidos nos últimos minutos no Pireu, somado ao facto de, entretanto, os gregos terem trocado de treinador, deixavam os leões em alerta para eventuais surpresas.

 Jorge Jesus, consciente disso mesmo porque o referiu na conferência de imprensa de antevisão, mostrou que o Sporting sabia exactamente o que havia para fazer, independentemente do adversário poder não ser o mesmo – e até estar mais forte defensivamente. Logo para começar (3'), Gelson Martins assistiu André Pinto no miolo da grande área grega, com o central a rematar ao poste... e Bas Dost a falhar a emenda. Estava dado o sinal mais verde e branco, com Bas Dost, pouco depois (13'), a baralhar a defensiva adversária, a vir ajudar à manobra ofensiva no corredor esquerdo, isolando assim Bruno Fernandes na zona de acção que deveria ser do holandês Bola de Prata, mas o remate do médio luso saiu por cima.

As situações de perigo leonino foram surgindo tão naturais como o futebol que ia deixando no relvado. Gelson Martins (17') amorteceu a bola para novo remate de Bruno Fernandes por cima da trave. Por uma vez, no primeiro tempo, o Olympiacos chegou a acelerar o ritmo cardíaco das bancadas quando, numa bola bombeada, surgiu Fortounis na frente, mas Jérémy Mathieu descansou André Pinto – que acompanhava igualmente o avançado grego – ao cortar de cabeça o lance. Aliás, diga-se, a dupla de centrais funcionou tão bem como se Coates estivesse em campo. O uruguaio até pode ser um perigo constante para os adversários nas bolas paradas – cantos e livres –, mas por esta altura já o camisola n.º 6 dos leões levava uma bola no ferro!

À passagem da meia-hora, invariavelmente, o Olympiacos defendia com toda a equipa atrás da linha da bola e o Sporting CP fazia o que podia para tentar quebrar esse acerto defensivo.

A cinco minutos do intervalo, Bas Dost, com assistência de Gelson Martins depois de um excelente trabalho de Piccini no corredor direito, inaugurou o marcador. E ainda muitos se voltavam a sentar dos festejos quando Bruno César, numa insistência depois de ter visto a sua primeira tentativa gorada, ampliava a vantagem.

No segundo tempo, o técnico Takis Lemonis queimou todas as substituições até aos 65', que de nada lhe valeu já que o holandês voltou a marcar precisamente no minuto seguinte (66'). Cruzamento de Bruno Fernandes da direita – já a jogarmos para a baliza Vítor Damas – e Bas Dost mais alto que os centrais a fazer o 3-0.

Resultado familiar (de Atenas), mas com o ambiente de Alvalade a ajudar à festa o desfecho só podia ser outro. Não contentes a diferença segura, os leões continuaram na luta pelo golo. Dois livres directos, um por Bruno Fernandes e outro por Mathieu, ia mantendo os gregos em sentido, com tempo ainda para o n.º 8 dos leões rubricar um lance de elevada nota artística (75'): recuperação de bola, paradinha, tira dos adversários da frente e remate... por cima.

Mesmo em cima do apito final e sem que houvesse fantasmas de qualquer espécie dado o controlo completo das operações por parte do Sporting CP, o Olympiacos reduz para 3-1 por intermédio do recém entrado Odjidja. Nada que abalasse o resultado e muito menos a segurança da formação de Alvalade. Agora é esperar que o olimpo leonino se atinja em Camp Nou.