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Foto José Cruz

Por um se perde, por três se ganha

Por Jornal Sporting
15 Fev, 2018

Sporting CP até entrou a perder no Astana Arena, mas uma entrada forte no segundo tempo permitiu aos leões quebrarem o gelo na capital do Cazaquistão

O título desta crónica sustenta a história do encontro. É que o Sporting CP até começou com o pé esquerdo no duelo frente ao Astana, referente à primeira mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa, mas terminou com os braços no ar, junto à linha de fundo, a festejar com dezenas de Sportinguistas presentes nas bancadas uma importante vitória (3-1). O mesmo que dizer que foi preciso os leões deixarem no balneário, ao intervalo, o fato de gala, por troca com o fato-macaco. Uma fórmula que teve resultados práticos e imediatos.

Após uma viagem de mais de 6.000 quilómetros, a mais longa em competições europeias, os comandados de Jorge Jesus, mesmo que precavidos, acabaram por acusar o desgaste da viagem nos primeiros 20 minutos, em que o conjunto adversário aproveitou para dar um ar da sua graça. Pelo meio, ainda surgiram os naturais problemas de adaptação ao piso sintéctico, bem visíveis ao nível da recepção e disputas de bola.

Talvez por todos estes factores, o Astana acabou mesmo por chegar ao golo logo aos 7', intermédio de Marin Tomasov. Tudo começou na marcação rápida de um livre lateral, que apanhou a defensiva leonina desprevenida e em contra-pé. Solto de marcação, o camisola 14 dos cazaques recebeu bem a bola e rematou sem hipóteses de defesa para Rui Patrício. Em desvantagem numa fase tão inicial do encontro, os leões revelavam inúmeros problemas na primeira fase de construção, pautadas por falta de concentração e, sobretudo, desatenções no último terço do terreno.

Com William Carvalho 'amarrado' no miolo e Bryan Ruiz muito apagado no apoio a Doumbia, foi Bruno Fernandes quem pegou na batuta da equipa leonina entre os 20' e os 30'. Gelson ajudou, quase sempre com recurso à sua velocidade, nas transições. Na baliza, Patrício teimou em negar as novas intenções de golo do Astana. A mudança de ritmo deixava antever uma segunda parte completamente diferente dos primeiros 45', o que se viria a confirmar.

Com uma entrada a todo o gás, os leões só precisaram de 15 minutos para virarem a eliminatória. Primeiro, foi Bruno Fernandes a empatar o marcador através de uma grande penalidade, a castigar uma mão dentro da área de Yuriy Logvinenko (48').

Sem perder tempo, Gelson Martins aumentou a contagem dois minutos depois (50'), após um belo trabalho individual de Acuña.

Por último, Doumbia selou o resultado final, coroando um contra-ataque exemplar da formação verde e branca (55'). Oportunidades que colocaram justiça no encontro, tal a diferença de qualidade entre as duas equipas.

Sem carregar em demasia no acelerador, e já com alguma gestão do plantel por parte do míster Jorge Jesus, o Sporting CP até podia ter dilatado a diferença, não fosse a falta de eficácia ter 'atrapalhado' quer no último passe, quer no derradeiro remate.

Ainda assim, o apito final permitiu ao Sporting CP levar na bagagem de regresso a Lisboa uma vantagem confortável, que serve de excelente indicador para a qualificação para a próxima fase.

O futuro o dirá, já na próxima quinta-feira, em Alvalade, palco da segunda mão.