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Foto José Cruz

"Não importa o clássico, só o nosso jogo interessa"

Por Jornal Sporting
14 Abr, 2018

Jorge Jesus quer concentração para a complicada deslocação a Belém, não poupando elogios ao adversário

O treinador da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal lançou o encontro de amanhã, frente ao Belenenses, orientado por uma técnica que Jorge Jesus conhece bem e à qual não poupou elogios: "Os clássicos, independentemente das classificações, são sempre difíceis para um grande, neste caso ganhar em Belém. FC Porto e Benfica não conseguiram fazê-lo. É um dado para percebermos que será difícil. O Belenenses, com o Silas e o Zé, mudaram um pouco a sua estrutura táctica, mostrando sinais evidentes da evolução que tiveram. Fico feliz porque vou encontrar mais um equipa técnica que foram meus jogadores em Belém, capitão e sub-capitão. Passei várias mensagens para que continuassem e é mais uma dupla que trabalhou comigo e que vai ter êxito. Como jogadores, eram muito inteligentes tacticamente", começou por dizer.

Em relação às baixas clínicas registadas, Jesus acredita que o único que poderá recuperar a tempo de jogar no Restelo é Fábio Coentrão. William Carvalho e o central francês Jérémy Mathieu estarão, assim, fora do lote de disponíveis. "Não temos assim tantos que possamos prescindir dos melhores. "Tem sido o ano todo. Estamos a chegar a meio do mês de Abril. Em Portugal, quem quiser ter objectivos de Champions e Liga Europa, esqueça. Ainda estamos a disputar dois títulos, Taça e Campeonato. Há 40 anos que o Sporting não estava nas frentes todas e foi para isso que vim para cá. É isso que estamos a fazer. Vamos ver se chegamos ao fim e se ainda ganhamos alguma destas competições".

Sobre a importância do clássico que, duas horas antes, se vai desenrolar no estádio da Luz, Jorge Jesus desvalorizou o desfecho. "Não importa olhar para o resultado do Benfica-FC Porto. Só o nosso jogo interessa. Vai ser difícil para os dois, mas nós também vamos ter um jogo complicado. Que importa pensar no resultado do adversário se tenho é de pensar no nosso? Teoricamente, pensamos que ganhar um é melhor e na prática não é. Qualquer resultado vai favorecer-nos porque alguém tem de perder pontos. O que importa é ganhar em Belém".

O técnico leonino pronunciou-se, ainda, sobre o sistema de três centrais, ao qual recorreu para defrontar os colchoneros na passada quinta-feira, alongando-se até na apreciação a Petrovic, um dos pilares defensivos no referido encontro. "Cada jogo tem a sua história, de estratégia e táctica. Em Portugal, tem-se alguma dificuldade em perceber, principalmente os analistas da táctica, e pensa-se que jogar com três centrais é mais defensivo do que os outros. Mentira. Estão completamente enganados. É difícil de se trabalhar. Não é para todos os treinadores e jogadores. Se tivesse Mathieu voltava a apostar? Talvez. Tem a ver com uma ideia ofensiva do jogo. Tem a ver com o espaço que se dá em função do adversário e não se está habituado a jogar assim em Portugal. Se calhar continuava a jogar assim. É um jogador que, nesse sistema, adapta-se bem porque conhece a posição de central. Com a saída de Tobias [Figueiredo] para Inglaterra, tem sido ele a jogar como central. Quando fui buscar o Fejsa, os meus olhos também ficaram no Petrovic. Não tem jogado tanto como gostava, mas adapta-se bem a esse sistema de jogo", rematou.