Jorge Jesus falou de justiça quanto à presença do Sporting CP na final da Taça de Portugal

Entrega, entrega, entrega e entrega. Foi precisamente isso que Jorge Jesus, treinador do Sporting Clube de Portugal, destacou relativamente à sua equipa após a passagem à final da Taça de Portugal. O esforço dos jogadores foi recompensado e o técnico não podia mostrar-se mais orgulhoso.

“Estes jogadores mereceram ir à final. Vocês não imaginam o esforço que esta equipa está a fazer. Disse que o FC Porto fez um joguinho, mas não em termos de exibição. Referi esse aspecto porque fizeram duas partidas num curto espaço de tempo [contra o Benfica, no fim-de-semana, e frente ao Sporting CP, esta quarta-feira] enquanto nós andamos a fazê-lo há seis, sete, oito semanas. Só que esta equipa tem um coração muito grande. Quer vencer títulos e vamos para a segunda final. Vencemos a primeira. Agora, queremos muito ganhar no Jamor”, começou por sublinhar, analisando de seguida o clássico de Alvalade, em que os verdes e brancos saíram em vantagem (1-0) ao fim dos 90 minutos, com um golo de Sebastián Coates (85’), e acabaram por vencer nas grandes penalidades (5-4).

“Essencialmente, estiveram aqui duas grandes equipas, que durante os 120 minutos quiseram ganhar. Um pouco mais o Sporting CP, porque o FC Porto tinha a vantagem de 1-0 e, na primeira parte, procurou perder algum tempo na reposição da bola. Os atletas do Sporting CP foram muito inteligentes. Disse-lhes que não era importante marcarmos nos primeiros minutos, pois o importante era marcar primeiro”, referiu.

Questionado acerca do ‘segredo’ para o seu conjunto tornar a superiorizar-se na decisão na marca dos 11 metros, Jorge Jesus não mostrou ter dúvidas. “O segredo é o treino e o trabalho. Dizem que é uma lotaria, mas para mim nunca foi. Podemos ter mais ou menos sorte, tal como no treino, mas há trabalho durante o ano todo”, continuou.

Para último, o técnico leonino, voltou a vincar o enorme carinho que nutre pela prova-rainha. “O Jamor diz-me muito sentimentalmente. Ganhar pelo Sporting CP seria especial. Fui habituado, de menino, a ir ver finais ao Jamor. Fazia da Amadora até lá, a pé, com amigos. Há um espectáculo antes jogo. Trata-se de uma jornada bonita para as famílias, que se juntam naquele espaço onde fazem sardinha assada e outras comidas na hora. É uma festa! No entanto, há que vincar que não existem favoritos nas finais. Foi uma sensação muito boa, festejámos, mas a partir de hoje acabou. Temos de colocar o foco no Boavista”, concluiu.