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Foto José Cruz

Ohhhhhhh, para o Jamor eu vou...

Por Jornal Sporting
19 Abr, 2018

Sporting derrotou FC Porto no jogo e eliminou o dragão da prova rainha. Nada mais justo, pois os leões foram a única equipa a desejar vencer o encontro. Comunhão com as bancadas transformou um desafio de futebol numa das mais belas noites da época

É bem verdade que tudo importa como acaba e não como começa, mas a realidade supera sempre a ficção. Importou, igualmente, a forma como a decisão de quem passava à final da Taça de Portugal, apenas encontrada pela marcação de penáltis, uma vez que foi precisamente o estreante Marcano a decidir o que o Sporting, durante os 120 minutos anteriores, já havia justificado.

Apesar de no primeiro tempo ter-se registado um equilíbrio com um certo ascendente para os dragões – ainda que não tenham efectuado um só remate à baliza de Rui Patrício –, o intervalo trouxe um leão mais aguerrido. Nem outra coisa seria de esperar. O Sporting precisava de um golo para contrabalançar o que tinha sofrido no Dragão e o tempo corria a favor dos azuis. Cientes disso, foram queimando tempo como quem desdenha dos ponteiros do relógio, sabendo que, corressem mais depressa ou mais devagar, sem golos seria sempre em seu favor. No entanto, a paciência e a persistência leoninas deram os seus frutos a seis minutos do apito final. Coates colocou tudo no ponto de partida. Bom, no que ao resultado diz respeito, claro. A garra e a entrega, literalmente alanvacadas por um Estádio José Alvalade delirante por ver traduzido em alegria e emoção todo o entusiasmo que parecia dançar entre as bancadas e o relvado, com um FC Porto totalmente abatido pelo golo do central uruguaio.

O consequente prolongamento parecia um duro castigo para quem já leva 55 jogos oficiais esta época, mas a verdade é que não há cansaço que vença a força de espírito e essa estava toda do lado dos verdes e brancos. Aliás, nos 30 minutos do prolongamento, só o Sporting mostrou, realmente, que queria reolver tudo sem necessidade de se sofrer – porque é sempre um sofrimento a decisão por penáltis, caia para onde tiver de cair... – na 'lotaria' dos castigos de 11 metros. E tentaram evitar, a todo o custo, que assim fosse encontrado o desfecho desta histórica meia-final da prova rainha. O adversário segue em primeiro lugar da Liga NOS, mas este é o Leão que derrotou com uma exibição de mestre relojoeiro o Atlético de Madrid, n.º 2 do ranking da UEFA; derrotou o complicado Belenenses no Restelo; já para não falar que é, também, o mesmo Leão que desde a deslocação à capital espanhola está a jogar de 72 em 72 horas.

Vieram então os penáltis. Marcano falhou, com a bola a embater no poste esquerdo da baliza Vítor Damas, agora defendida por Rui Patrício. Bruno Fernandes; Bryan Ruiz; Jérémy Mathieu; Sebastián Coates – que classe no pontapé certeiro! –; e, para o final, para fazer voar os sonhos de toda a família leonina até ao Jamor... El Avioncito!

Vulcão em erupção ao som de 'Ohhhhh, para o Jamor eu vou, para o Jamor eu vou...'