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Foto José Cruz

Só não viu quem não tem Boavista

Por Jornal Sporting
22 Abr, 2018

Sporting CP venceu os axadrezados com um golo de Bas Dost de grande penalidade. Exibição merecia resultado mais dilatado

Era uma vez um senhor tão pitosga, mas tão pitosga que, depois de ter visto a mão de Robson dentro da grande área do Boavista, achou já não ser assim tão pitosga. Porquê? Porque conseguiu ver melhor do que Fábio Veríssimo, o árbitro que apitou o jogo no Estádio José Alvalade e que precisou de recorrer ao VAR para assinalar a grande penalidade que Bas Dost marcou ao minuto 26. Além disso, viu também o delicioso ‘túnel’ de Bruno Fernandes sobre Idris – neste caso, apostamos que o capitão das panteras continua à procura dela (da bola, claro). A única coisa que o senhor pitosga não viu foi uma oportunidade de golo da equipa de António Simão, pois apesar de ter apresentado bons processos, acabou sempre por ser ‘engolida’ pela atenta defesa leonina, que soma agora 14 desafios consecutivos sem permitir que Rui Patrício vá buscar o esférico ao fundo das redes caseiras (bling, bling: novo recorde!). Na 31.ª jornada da Liga NOS, o Sporting CP venceu os boavisteiros por 1-0, mas a excelente exibição dos verdes e brancos merecia um resultado mais dilatado.

Os leões entraram nos ‘conformes’ a partir do quarto de hora, quando uma ‘bombinha’ de Bruno Fernandes aqueceu as luvas do inspirado Vagner. É justo afirmar que o guarda-redes adversário defendeu tudo menos a ‘frieza’ de Dost, imperturbável na marca dos 11 metros (26’). Na verdade, a infracção cometida por Robson foi cometida dois minutos antes, só que esse foi o tempo que Fábio Veríssimo precisou para assinalar o óbvio – e só após indicação e visionamento do VAR Vasco Santos. Já dizia Jorge Jesus: “O vídeo-árbitro veio para ajudar o futebol, mas há coisas tão claras que não precisam de vídeo-árbitro”. Ultrapassada que estava a questão do oculista, até porque o adversário se chamava Boavista, começou a assistir-se ao festival do ‘jogo bonito’. Aos 35’, Bruno Fernandes isolou o avançado holandês com um ‘toquezinho’ de cabeça, mas Bas Dost fuzilou na direcção errada, ou seja, na direcção de Vagner. Os jogadores leoninos quiseram dar espectáculo, ora através de jogadas ao primeiro toque, ora através de um bonito futebol apoiado. Contudo, a última muralha (Vagner) mostrou serviço. Perto do intervalo, sacudiu o pontapé de Ristovski e impediu Gelson Martins de apontar um golo que levantaria os 48.320 espectadores que rumaram a Alvalade (até os do Boavista!).

A etapa complementar trouxe um Sporting CP mais desgastado, embora capaz de controlar os vários momentos da partida. Gelson, irritado com a nega do primeiro tempo, voltou a visar a baliza do guardião brasileiro (53’), mas ficou 2-0 neste duelo particular. A tentativa de Talocha, de longe, aos 67’, foi aquela que esteve mais próxima de incomodar a tranquilidade de Patrício.

Sem sobressaltos, o cronómetro avançou até ao final do encontro, com o triunfo a não fugir aos verdes e brancos. Moral da história: ainda bem que existe VAR, porque passaram-se épocas em que o senhor pitosga saiu do Estádio sem os três pontos, sem Boavista e a pensar que via melhor do aqueles que deviam ver.