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Foto Mário Vasa

"O Sporting CP defende critérios rigorosos e claros"

Por Jornal Sporting
07 Dez, 2017

Rui Caeiro contestou a posição da FPA quanto à chamada de uma atleta do Benfica para o Europeu de crosse, defendendo ainda uma "lógica de meritocracia"

Sob protesto. É desta forma, nua e crua, que os atletas do Sporting CP convocados para o Europeu de corta-mato vão apresentar-se em prova, no próximo domingo, contestando a convocatória de Marta Pen (do Benfica), que não participou na prova de observação, realizada a 19 de Novembro em Amora, e mesmo assim foi seleccionada.

Um processo que motivou o envio de uma exposição por escrito à Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), onde ficou bem patente o desacordo por parte dos responsáveis leoninos. E não só, já que os próprios atletas leoninos, nove no total - o que expressa o domínio total verde e branca na competição de selecção -, estão indignados por não terem sido cumpridos os critérios definido pela FPA.

"Ao tomar conhecimento de um conjunto de atitudes que nos pareceram menos correctas, o Sporting CP falou com a Federação, expôs os seus argumentos e, obviamente, ouviu as respectivas explicações. Em conclusão, entendemos que elas não são aceitáveis. Como tal, reunimos os nossos atletas e decidimos defendê-los e ao Clube. Entendemos, por isso, que não haviam condições para fazer uma participação que não fosse sob um protesto objectivo. Com base nessa decisão que tomámos, enviámos ainda uma exposição à Federação e estamos numa expectativa de saber qual vai ser a sua posição em relação às atitudes que tomou", começou por dizer aos órgãos de informação do Clube Rui Caeiro, elemento do Conselho Directivo com a tutela para as modalidades.

Outro dos pontos em análise na exposição verde e branca foi a "rápida" naturalização do cubano Pablo Pichardo, outro atleta do Benfica (triplo salto), que chegou a Portugal apenas em Abril deste ano. Outro processo que causou desagrado em Alvalade, já que Nelson Évora, Naide Gomes e Francis Obikwelu tiveram de esperar vários anos para obterem a nacionalidade portuguesa.

"O Sporting CP defende princípios, critérios rigorosos e claros. Obviamente que esta naturalização de aviário, que foi feita à pressa e de forma totalmente desenquadrada com aquilo que tem sido uma prática recorrente ao longo dos últimos anos, não nos pareceu razoável. Percebemos agora que é a maneira que entenderam começar a fazer as coisas. Uma prática que vai, pelos vistos, começar a ser aquela que vai imperar. Portanto, à face disso só podemos mostrar o nosso desacordo e expressá-lo publicamente, tal como o fizemos com a carta enviada à Federação", explicou ainda o dirigente leonino, que espera que os critérios definidos "não sejam alterados por qualquer capricho ou vontades de pessoas ou instituições".

"Defendemos decisões claras e uma lógica de meritocracia em relação aos atletas, sejam de Portugal, do Sporting CP ou de outras cores. Uma posição que é partilhada pelos atletas, que querem perceber quais são os critérios e de que maneira são selecionados. Acima de tudo, que esses critérios não sejam alterados por qualquer capricho ou vontades de pessoas ou instituições", concluiu.