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Foto José Cruz

Silvestre e restantes sprinters têm a última cartada

Por Jornal Sporting
18 Fev, 2017

Quarta etapa finaliza o protagonismo dos velocistas, cientes de que a última oportunidade pode esfumaçar-se numa fuga

Os sprinters da Volta ao Algarve têm amanhã o último dia de brilho, ao som de cânticos entusiastas pelo caminho rumo a uma meta difícil. 

A quarta etapa liga Almodôvar a Tavira, num total de 203,4km de extensão, a mais longa tirada da 'Algarvia'. Prevê-se uma chegada ao sprint, sim, mas não está posta de parte uma fuga ou um final de etapa decidido em pelotão reduzido. Só há uma contagem de montanha (de quarta categoria), mas a 20km da meta há uma subida que pode condicionar alguns velocistas. Além de os últimos 100km terem algumas inclinações, tanto a descer como a subir, ainda não houve fugas a vingar, o que motivará as equipas sem velocistas a arriscarem uma saída do grande grupo. O espanhol Jesus Ezquerra pode ser um trunfo nesse âmbito, subsistindo bem na montanha para usufruir da capacidade de aceleração em grupos reduzidos.

 Fábio Silvestre é, no entanto, a aposta maior para o Sporting-Tavira brilhar perante os seus milhares de aficionados e alcançar um registo dentro dos 10 melhores da etapa. O comboio das grandes equipas fará novamente a diferença em final profundamente técnico. A colocação voltará a ser chave, uma vez que, nos últimos 1.500 metros, existem duas rotundas para percorrer, terminando a tirada numa recta antecedida por uma apertada viragem à direita, perigosa para quedas a alta velocidade. Não basta que Marque o leve até aos últimos 300 metros. Silvestre deve antecipar o movimento de um dos favoritos e intrometer-se na discussão. O estatuto não ganha corridas, há-que acreditar na surpresa. E, como nos adiantou em conversa após o contra-relógio, poupou-se para estar em condições para melhorar o 23.º lugar da tirada inaugural.

O colombiano Fernando Gaviria (Quick-Step) inaugurou a 'Algarvia' com um triunfo, mas o alemão Andre Greipel (Lotto Soudal) não exulta com segundos lugares e procurará a desforra. Estes são os dois grandes colossos para amanhã, contando com duas fortíssimas equipas para os resguardar. Numa segunda linha estão os franceses Nacer Bouhanni (Cofidis), Arnaud Démare (FDJ) e o holandês Dylan Groenewegen (Lotto Jumbo). Bouhanni pode beneficiar da explosão final, ele que fechou o pódio em Lagos. Démare fez um extraordinário contra-relógio e aumenta níveis para revalidar a Milão-SanRemo, o que o torna candidato numa chegada para resistentes. O atleta dos Países Baixos, por sua vez, é um dos mais promissores da especialidade e tem uma equipa que o tem sustentado, capaz até de liderar a corrida neste momento, por intermédio do esloveno Roglic.

O alemão John Degenkolb (Trek) fez quinto em Lagos, mas tem andado discreto. Já a Dimension Data pode jogar com dois ases. Boasson Hagen para um ataque feroz que baralhe os 'comboios' adversários ou Cavendish, que, mesmo afirmando que esteve no Algarve para rodar, pode vencer pela 145.º(!) vez na carreira de profissional.