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Foto José Cruz

Nocentini e tabela colectiva em contenda na inclinação do Malhão

Por Jornal Sporting
19 Fev, 2017

Ciclista italiano pretende aproveitar a dureza da subida da última etapa, com Joni e Marque de sobreaviso para melhorarem o lugar colectivo

Depois de fazer mais e melhor do que na primeira comparência do Sporting-Tavira, o sonho impera, a poucas horas de se iniciar a derradeira tirada da 43.ª edição da Volta ao Algarve. Rinaldo Nocentini parte em 10.º para uma tirada de trepadores, com Alejandro Marque (14.º) a alimentar a esperança de consolidar-se no 'top-15'.

Depois de ser a terceira melhor equipa na quarta etapa, o Sporting-Tavira ambiciona subir na geral de equipas (é oitavo) e carimbar o troféu de melhor formação da divisão continental. 

A ligação entre Loulé e o Alto da Malhão (179,2km) está dividida em duas partes bem distintas. O início fica marcado por um percurso pouco acidentado, sobrando colinas e montanha para a decisão da etapa. Mesmo sem ter nenhuma primeira categoria, há cinco contagens categorizadas. O Monte da Casinha é a primeira dificuldade, repetindo-se o trajecto por Vermelhos e pelo Alto do Malhão, esta última de segunda categoria e coincidente com a meta.

Nocentini sabe que os primeiros cinco postos estão a mais de um minuto de distância, mas fica claro que o outrora vencedor da Paris-Nice vai trabalhar para a vitória, de forma a conquistar lugares aos contra-relogistas Castroviejo (Movistar) e Tony Martin (Katusha), salientando que a dificuldade da conclusão da 'Algarvia' pode permitir escalar na geral: "Esperaremos pela última subida e o primeiro objectivo é vencer uma etapa e, assim, conseguir uma boa classificação geral".

O Alto do Malhão será o grande teste às vontades dos ciclistas, numa ascensão curta, de apenas 3km, mas com uma inclinação que oscila entre os 7,9% e os 9,6%. Um verdadeiro muro para sonhar ou para tremer. O esloveno Roglic (Lotto Jumbo) leva a liderança, mas os 22 segundos sobre Kwiatkowski (Sky) são pouco confortáveis para serem defendidos por companheiros mais habituados a rolar no plano.

Daí que o director-desportivo, Vidal Fitas, adiantasse a utilização de outros competidores para a estratégia desta tarde: "Os primeiros classificados estão separados por 30/40 segundos. Temos um ciclista nos dez primeiros, mas acredito que podemos melhorar a classificação. Espero que o Nocentini esteja num dia bom, de forma a disputar a etapa. Qualquer director que vença uma etapa fica feliz, esse seria o objectivo máximo. Queremos jogar com os interesses das outras equipas em destronar a camisola amarela, com os trepadores a poderem tirar partido se estiverem com forças. O camisola amarela pode não ter uma equipa tão boa para o 'segurar'.

O belga Tony Gallopin (Lotto Soudal) e Luis León Sánchez (Astana) estão dentro da corrida, a 55' e 59' de distância do esloveno. Daniel Martin e a sua Quick-Step Floors serão dos primeiros a mexer na corrida e o irlandês é dos grandíssimos candidatos a vencer e, assim, bisar no Algarve, depois do triunfo de quinta-feira na Fóia.

Com Amaro Antunes à frente na classificação, Nocentini terá o propósito de conquistar segundos ao atleta da W52/FC Porto, motivando Alejandro Marque para uma boa classificação geral colectiva, que, como Vidal Fitas salientou: "é uma opção válida e que tem condições para aproveitar". Também Joni Brandão, ainda longe da condição que apresentará na Volta a Portugal, pode ser uma carta decisiva para cumprir o desígnio de melhor equipa continental.

Ultrapassar o muro do Malhão é o grande teste ao esforço colectivo dos trepadores leoninos, ambiciosos para conquistar a Glória.