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Foto César Santos

Leo, o ídolo cazaque

Por Jornal Sporting
24 Abr, 2017

Sete anos ao serviço do Kairat fazem do fixo brasileiro naturalizado pelo Cazaquistão um autêntico herói nacional. Adorado

Contado pode não parecer verdade, mas factos são factos. Leo é um autêntico ídolo em Almaty. As solicitações dos adeptos, seja em que parte for, fazem recordar a visita de Cristiano Ronaldo a Alvalade. As famosas 'selfies' são incontáveis, sempre com um sorriso rasgado por parte de todos os protagonistas. Mais: a conversação natural, em russo – algumas coisas em cazaque, em muitas idênticas –, conseguem, simultaneamente, colocar o craque do futsal num pedestal digno de um herói e ao mesmo tempo ao nível de qualquer habitante de Almaty.

"Se é difícil ser cazaque? Nada. Habituei-me. Depois de sete anos, aprendi o idioma e ficou fácil. Tento manter a minha carreira na linha. Enquanto fizer isso, sei que me vão respeitar como atleta e como pessoa. Acredito mesmo que as pessoas de Almaty vão estar a torcer pelo Sporting. Não só pelo que fiz no Kairat como na selecção do Cazaquistão", conta Leo, orgulhoso do que já construiu na sua carreira.

Quem contou, ao Jornal Sporting, histórias do fixo agora a jogar de leão ao peito foi Alym Zhalelov, adjunto do director-geral do AFC Kairat. "Por incrível que pareça, no início os adeptos estiveram contra a contratação do Leo. Rematava muito, mas era quase sempre desenquadrado da baliza. Era a crítica que mais se ouvia em Almaty, entre os adeptos. Mas foi a irredutibilidade do proprietário do clube, Kairat Orazbekov, que o manteve. Depois dos primeiros jogos, virou estrela. Adorado. O ídolo das claques. É um dos nossos e até parece muçulmano: não bebe, não fuma, não ostenta grandes carros, potentes, muito mais virado para a família. Conseguiu fazer com que pessoas que nem eram adeptas do Kairat fossem à Arena Almaty só para vê-lo jogar!"

Marcão, em apenas um ano, teve uma experiência curta mas nem por isso menos intensa que Leo. Ambos foram campeões, em Lisboa (2015), ao serviço do Kairat. "Foi um ano marcante. Deixei muitos amigos, as coisas correram muito bem. Vencemos todas as competições em que participámos, inclusivamente o Mundial de clubes. Nunca esperei voltar e muito menos para uma final four e ao serviço do Sporting. Quando saí de Portugal para vir para o Cazaquistão também nunca pensei que pudesse voltar um dia a Lisboa e ainda por cima para ser campeão europeu. Espero que agora a história se repita: estar em Portugal e regressar a Almaty para ser campeão europeu”.

Este é um excerto de uma reportagem que pode ler na íntegra na próxima edição do Jornal Sporting, n.º 3621, de 26 de Abril, esta quinta-feira.