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1, 2, 3... 37, 38, 39!

Por Juvenal Carvalho
21 maio, 2021

São 39 os troféus e sete as modalidades que as alcançaram. Dizer isto, parece‑me por si só suficiente para aferir de uma grandeza sem paralelo no desporto nacional. Completamente inigualável enquanto clube ganhador.

O início da contagem das conquistas europeias do nosso Sporting Clube de Portugal data do já longínquo dia 15 de Maio de 1964, quando o futebol iniciou esta tão bonita saga ao vencer a Taça das Taças ante o MTK Budapest, e a trigésima nona foi no passado domingo, dia 16 de Maio de 2021 – 57 anos depois – no Luso, frente ao FC Porto, e com o hóquei em patins a ser o protagonista.

São 39 os troféus e sete as modalidades que as alcançaram. Dizer isto, parece‑me por si só suficiente para aferir de uma grandeza sem paralelo no desporto nacional. Completamente inigualável enquanto clube ganhador.

Dizer que as últimas edições do Jornal Sporting têm sido igualmente emocionantes, é também algo que todos vocês o sabem enquanto Sportinguistas.

Hoje, como felizmente se vem tornando recorrente, vou falar de mais um feito do nosso Clube, e este com a particularidade de ter cariz histórico, por termos entrado na história da modalidade por nos tornar‑nos a primeira equipa portuguesa a ser bicampeã europeia de hóquei em patins

Ao escrever estas linhas, posso dizer‑vos que, como muitos de vós, tive o privilégio, neste caso ainda muito criança, de em 1977 ter visto a “dream team” orientada por Torcato Ferreira, e com António Ramalhete, Júlio Rendeiro, João Sobrinho, Chana e António Livramento, como “cinco” estratosférico e ainda com Carmelino, José Garrido, Jorge Alves e Carlos Alberto no plantel, a fazerem a delícia dos Leões. Era autêntico “chocolate” que davam aos oponentes. Lembro‑me, como se fosse hoje, da apoteose no aeroporto aquando da chegada da equipa. Da revista que ainda guardo no meu espólio Leonino, que foi publicada em homenagem aos nossos primeiros campeões. No tempo passaram 42 anos até à conquista, no nosso “João Rocha”, da segunda vitória, com a tão bonita particularidade de ter sido em “casa”. Foi o êxtase completo então. Mas quis o destino, e de novo sob a liderança técnica de Paulo Freitas – quanta genuinidade e alegria espelhava após o final do jogo, que no passado domingo conseguimos alcançar a terceira Liga Europeia, que desde o “monstro” Ângelo Girão, a “fechar” a baliza, e passando por Zé Diogo Macedo, Matías Platero, Gonçalo Nunes, Telmo Pinto, Gonzalo Romero, João Souto, Alvarinho, Toni Pérez, Ferran Font, Alessandro Verona e o “capitão” Pedro Gil, marcaram mais uma página escrita a letras de ouro da imensa História do Sporting CP.

Não posso também deixar de destacar, nesta conquista – mais uma, o Conselho Directivo, neste caso na pessoa de Miguel Afonso, o vogal com o pelouro das modalidades, e ainda o Eng. Gilberto Borges, homem que lidera o departamento de hóquei em patins, e que tantas e tantas horas do seu tempo dedica a esta causa e que merece ser feliz e dar felicidade aos Sportinguistas.

Termino esta coluna de opinião de coração cheio, e emocionado. Foi mesmo de lágrima no canto do olho que vi a equipa de hóquei em patins, ainda a transbordar de alegria, a posar para a posteridade com uma tarja a recordar os 25 anos do assassinato bárbaro no Jamor, de Rui Mendes, um Leão natural do Luso, que certamente tão feliz estaria hoje com este momento da nossa vida, ainda para mais vivido na sua localidade de nascimento. Este bonito gesto revela apenas isto: O Sporting Clube de Portugal tem memória e tem história. Esta simplesmente arrebatadora!