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Como a Primeira Vez

Por Pedro Almeida Cabral
29 Set, 2022

E o Leão meteu a quinta! A abrir a temporada de futsal, conquistámos pela quinta vez seguida a Supertaça de futsal, frente ao histórico rival, SL Benfica. Desde 2017 que este troféu nos pertence (embora não se tenha realizado em 2020). Nos últimos anos, o domínio do futsal do Sporting CP tem sido, nada mais nada menos, que avassalador. Além dos triunfos maiores das duas UEFA Futsal Champions League, 2019 e 2021, chegámos também ao bicampeonato nacional de 2021-2022. Temos ainda três Taças de Portugal seguidas, de 2019 a 2022 (a edição de 2021 foi cancelada) e duas Taças da Liga também uma atrás da outra, de 2021 e 2022. Este pecúlio faz com que esta Supertaça recém-conquistada seja o oitavo título a nível nacional ganho consecutivamente pelo Sporting CP. São duas temporadas seguidas a ganhar tudo a nível interno. Não é para todos. Mas é para o Sporting CP.

O jogo disputado no fim-de-semana teve muita coisa. Desde grandes golos, a belas jogadas desenhadas, passando por incerteza no resultado. Mas teve, sobretudo, um justíssimo vencedor. Golos só na segunda parte. O primeiro foi um oportuno remate de João Matos a inaugurar a contagem a nosso favor. Após o empate do SL Benfica, Erick, num livre ensaiado, subiu a parada para o segundo. E, Estebán, a espreitar uma nesga desde a nossa grande área, rematou colocado para o 3-1. Porém, o SL Benfica haveria de empatar. Já no prolongamento mais um golo para cada lado, com o nosso a ser marcado por Sokolov, num belo tiro à beira da baliza, que deixa água na boca para a época que agora começou. Este equilíbrio a quatro golos teria de ser decidido nos penáltis. Para enfrentar os marcadores benfiquistas, Bernardo Paçó saiu do banco. Logo no primeiro remate, Rocha, acusando a pressão, desperdiçou. Depois, Bernardo Paçó encheu o espaço entre os postes e não deixou Arthur e Diego Antunes concretizarem. Vitória justa para quem a mais procurou.

Qual o segredo para tanta conquista perante tão apetrechado rival? Há-de ser o trabalho sério e constante, o estudo permanente do jogo, a construção cuidada dos plantéis e, como não podia deixar de ser, o apoio entusiástico de Sócios e adeptos. Decisivo também será o trabalho do nosso treinador Nuno Dias, provavelmente o melhor treinador de futsal do mundo, que consegue, ano após ano, reinventar equipas e superar-se a cada competição. Mas talvez o ingrediente secreto seja visível nas comemorações de cada título. Bernardo Paçó, escasso instante após defender o último penálti, apontou para o símbolo do Leão rampante e sorriu. Após tantos títulos, Bernardo Paçó festejou este como se tivesse sido o primeiro. A superioridade técnica dá vitórias. Aliada ao rigor táctico resulta em títulos. Mas anos e anos a ganhar só acontecem porque nunca damos nada por ganho e atiramo-nos a cada competição como se fosse a primeira vez que entramos na quadra. Tal como Bernardo Paçó nos mostrou nas suas celebrações.