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Respeitem-nos, sff

Por Juvenal Carvalho
10 Dez, 2022

Gosto pouco de injustiças, sobretudo quando as mesmas mexem com o nosso símbolo, e que ninguém julgue que esta minha coluna de opinião de hoje é movida por qualquer sintoma de azia ou de frustração. Antes pelo contrário. É só mesmo pelo motivo com que iniciei este meu escrito: Porque detesto injustiças.

E quando me refiro a injustiças, e na era dos opinion makers, que são cada vez mais a falar de cátedra de futebol em horário nobre televisivo, mesmo que do fenómeno pouco entendam, e onde são ditas as maiores barbaridades a valorizar uns, em função da tonalidade das lentes, em detrimento de outros, e onde como Sportinguista me sinto ofendido com o que ouço, e também com o que leio.

Estou, sempre estive, acima do meu apoio à selecção nacional em função da convocatória de qualquer seleccionador, seja de que modalidade for, levar ou não atletas do Sporting CP. Gosto mesmo, e genuinamente − quem me conhece bem pode atestar o que digo − da selecção do meu país. O que já não consigo, porque não gosto de ser comido de cebolada, é tolerar as maiores barbaridades, como ironias em relação ao facto do nosso Clube não levar atletas ao Mundial do Catar, e a ter "orgasmos" com a formação dos rivais, quando, por mais que esperneiem e tentem passar para o exterior as suas leituras enviesadas e até maldosas, não conseguem apagar a história. 

E se é discutível a justiça ou a falta dela de não levar jogadores do Sporting CP ao Mundial, já não tolero que se omita a história ou que, como atrás referi, movidos por lentes rubras, digam as maiores barbaridades, sobretudo sobre o papel formativo dos clubes.

Para que conste, e se for preciso esclarecer os arautos da sapiência, aconselho-os a visitar o museu, como um dia um presidente do nosso Clube fez a um presidente de um clube adversário que na sua pequenez se sentia um 'gigante' quando fazia paralelismos com o nosso Clube. Foi lá e percebeu a realidade, vergado pelos números.

A estes, que falam do brilho da formação dos nossos adversários − que inquestionavelmente terão o seu mérito − esquecem-se do papel de todo o sempre do Sporting CP ao formar "só" dois melhores do Mundo como Luís Figo e Cristiano Ronaldo, bem como tantos outros, esquecendo até que no único troféu conquistado pela selecção a nível sénior foram baptizados de "Aurélios" os atletas da nossa "cantera", que tão determinantes foram nesse êxito. 

E não estou rigorosamente a falar de passado. Tantos desses fazem ainda furor por essa Europa fora. Valorizem nos outros o que tem que ser valorizado. Não me incomoda. Muito mais me incomoda que se omita, propositada ou selectivamente, aquele que é o clube que mais e melhor tem fornecido jogadores à selecção nacional. E esse é, desde há muitos anos, o Sporting Clube de Portugal. Para alguns deles deixo-lhes aqui uma nota.  A História não se apaga. Digam o que quiserem. Porque a realidade verga-os pelas evidências. Tenham respeito. Claro que não generalizo, mas este escrito é endereçado a vários. Uns nem sei como se chamam, por irrelevantes, só sei o que dizem. E o que dizem é, além de ridículo, desrespeitoso para um clube como o nosso, que é reconhecido no exterior, e não por acaso, como um dos que mais e melhor forma a nível mundial. As mentiras repetidas muitas vezes não passam a ser verdade. Para que conste.