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Foto César Santos

Quarto(s) com vista para o Jamor

Por Jornal Sporting
10 Jan, 2018

Cova da Piedade bem tentou bater o pé, mas o Sporting segue firme pela 45.ª vez para as meias-finais da Taça de Portugal

O Sporting teve de puxar dos galões no Bonfim para contrariar a vontade do Cova da Piedade em fazer história na Taça de Portugal, propícia como é hábito a tomba-gigantes, mas acabou mesmo por carimbar a sua 45.ª presença na discussão por um lugar no Jamor (2-1).

Com quatro alterações em relação ao onze inicial que defrontou o Marítimo em Alvalade no passado fim-de-semana – William Carvalho, Bruno Fernandes, Gelson Martins e Bas Dost deram o lugar a Battaglia, Bruno César, Acuña e Doumbia –, a equipa leonina entrou apostada em tentar resolver a partida o mais cedo possível. Logo aos 9', Podence descobriu Doumbia em zona frontal, que aproveitou a oportunidade para tirar as medidas à baliza defendida pelo guardião Joyce. Com um remate forte e colocado, a bola não passou muito longe do alvo.

A resposta não tardou (12’), via contra-ataque, já que Evaldo, solto de marcação, assistiu Robson no interior da área, que acertou em cheio no ferro da baliza leonina – Rui Patrício bem se esticou, mas pouco ou nada poderia fazer, tal a colocação do disparo.

Com várias iniciativas pelo corredor esquerdo (preferencialmente), onde as combinações entre Fábio Coentrão e Acuña causavam maior perigo, os leões teimavam em empurrar o Cova da Piedade para a sua baliza. Tal como aos 19’, quando uma recuperação a meio-campo levou Podence a ter tempo e espaço para tirar pó às luvas do guarda-redes adversário do ‘meio da rua’.

O problema é que com o avançar do cronómetro começaram a surgir as primeiras adversidades. Sem capacidade de construção de jogo na zona central do terreno, onde a formação de Almada teimou em bater o pé, ocupando os espaços existentes com competência, o Sporting ainda teve de se preocupar com os contra-ataques contrários, já que Hugo Firmino e Chu não deram descanso a Coentrão, Ristovski e companhia no primeiro tempo.

Forçados a ocupar as alas, e vendo a maior parte dos cruzamentos tirados por Acuña e Bruno César para a área ‘cortados’ pela defensiva piedense, os leões até poderiam ter ido em desvantagem para o balneário, já que Firmino voltou a ver o travessão negar o golo do conjunto do segundo escalão. Foi aos 39’, quando Chu foi à linha cruzar rasteiro e atrasado, com Robson a falhar o remate e o camisola 70, descaído na quina da área, a atirar com estrondo à barra.

No banco de suplentes, o míster Jorge Jesus não se mostrava nada, mas mesmo nada satisfeito. Prova disso foram as entradas imediatas após o intervalo de Bruno Fernandes e Bas Dost por Bryan Ruiz e Bruno César, aumentando o poder de fogo da sua equipa. Alterações que tiveram efeitos práticos. Com mais intensidade, e já depois de Doumbia também ter tentado a sua sorte (51’), o número oito leonino inaugurou mesmo o marcador com a ajuda de Evaldo, num ‘remate-ressalto’ que sobrevoou Joyce e só parou no fundo das redes (54’).

Agitaram-se os adeptos de Alvalade nas bancadas, mas por pouco tempo, já que uma mãe de André Pinto dentro da pequena área resultou num penálti assinalado a favor do Cova da Piedade (58’). Chamado a converter, Cleo restabeleceu a igualdade (1-1), que também não se fez ‘velha’. Com mais ‘pernas’ e, sobretudo, mais qualidade, os leões voltaram a encostar o adversário às cordas, aproveitando a sua natural quebra física. Pedia-se uma reacção e Bas Dost (quem mais?) respondeu à letra. Acuña bateu o canto, Battaglia penteou e o goleador holandês encostou para o 2-1 final que empurrou o Sporting para as ‘meias’ da Taça (78’).

Objectivos intactos e alerta à navegação: o Jamor está à vista.