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Foto César Santos

O inulável regresso às vitórias

Por Jornal Sporting
11 Fev, 2018

Sporting CP derrotou o Feirense por 2-0 com golos de William Carvalho e Fredy Montero

O volume ofensivo produzido pelo Sporting CP não corresponde - em nada - ao resultado final frente ao Feirense, em jogo a contar para a 22.ª ronda da Liga NOS. A equipa de Alvalade venceu por 2-0, com golos de William Carvalho (78') e Fredy Montero (90'), mas esses são números enganadores, que só não enganam os quase 42.000 (41.978) espectadores que estiveram no Estádio José Alvalade e todos aqueles que acompanharam a partida via TV. 

Por falar em TVs (ou no mau uso de uma), é necessário referir que, além da ineficácia verde e branca e da exímia exibição de Caio Secco, guarda-redes forasteiro, Manuel Oliveira, árbitro responsável pelo VAR, também entrou na equação que adiou o golo dos da casa. Mas já lá vamos. 
 
 
Logo a abrir (6'), Doumbia inaugurou a 'festa de oportunidades flagrantes... falhadas'. Na sequência de um livre cobrado por William, o africano surgiu em boa posição nas costas da defesa contrária, só que levou tanto tempo a 'pedir autorização a um pé para chutar com o outro' que viu o remate ser cortado para canto. Depois, seguiu-se o início de uma tarde/noite (quase) inesquecível para Caio Secco, tendo defendido o livre directo de Mathieu (8') e a consequente recarga de Bruno César; tendência reforçada quando Seydou surgiu isolado e tentou fintá-lo (12'); ou no 'voo' que respondeu ao pontapé em arco de Bryan Ruiz (14') - todas as estiradas deram, certamente, óptimas fotografias.
 
 
Aos 18', surgiu o lance da partida. Após o excelente passe em profundidade de Fredy Montero, Doumbia trabalhou bem 'encurralado' por dois adversários e fez o 1-0. No entanto, os festejos do avançado, que até 'limpou o mau olhado do corpo', terminaram ao som do apito de Luís Ferreira, por indicação do VAR. Na génese da questão está uma alegada falta de Bruno Fernandes sobre Tiago Silva. Se a discussão acerca da suposta infracção pode gerar confronto de ideias, o mesmo não é possível dizer relativamente às regras que coordenam a mais recente tecnologia. Porquê? Porque a 'falta' foi anterior ao golo de Doumbia, ou seja, houve mudança de posse - Sporting CP/Feirense/Sporting CP. Debrucem-se nos critérios...
 
 
Muitos nervos à 'flor do relvado', outros tantos à 'flor da bancada' e tudo piorou no momento em que Tiago Silva cortou a bola com a mão no interior da área - a intencionalidade do jogador é duvidosa, mas Luís Ferreira, apoiado pelo VAR, mandou seguir. Inquestionável foi a intencionalidade de Caio Secco em mais uma enorme intervenção a cabeceamento de Montero. Ainda antes do intervalo, Rui Patrício também fechou as portas da baliza a João Silva. 
 
 
Nos cinco minutos de desconto dados pelo juíz do encontro, mais três ocasiões claras (duas para os leões e uma para os orientados de Nuno Manta Santos). Caio esteva lá para voltar a negar o livre directo de Mathieu e Ruiz calibrou mal o cabeceamento na cara do 'super-homem'. Do outro lado, Luís Machado utilizou a cabeça para tirar tinta ao poste leonino - Rui Patrício estava batido. 
 
A etapa complementar chegou. Consigo, trouxe menos assertividade por parte do Sporting CP, ingrediente que não retirou emoção ao jogo. Doumbia, que tanto tentou, decerto irá sonhar com Caio, novamente melhor no duelo particular, após cabeceamento (53'). Sem medo, Jorge Jesus lançou Leão - Rafael, de seu nome -, que esteve perto de desbloquear o teimoso empate. A recarga do remate do jovem de 18 anos foi aproveitada por Gelson Martins, mas o golo viria a ser bem anulado (fora-de-jogo). A máxima do 'quem não marca, sofre' esteve à espreita depois de Edson Farias ganhar espaço numa transição e observar o esférico a bater no poste. 
 
 
 
Os astros pareciam estar alinhados para a permanência do nulo. Contudo, 'Sir' William Carvalho desfez o fado: canto do lado direito, saída em falso de Caio Secco, desvio na cara de Coates e o capitão dos leões 'atirou' para a reacção que todos desejavam. Respirou-se alívio, até porque desta vez ninguém anulou. Numa jogada de risco, o técnico do Feirense lançou dois avançados, só que o balanço da equipa para o ataque destapou espaços atrás, aproveitados por Montero, que fechou o marcador - a assistência foi de Gelson. 
 
 
Na quinta-feira, há desafio no Cazaquistão contra o Astana, para a Liga Europa. O campeonato, esse, regressa na próxima segunda-feira, data do duelo frente ao Tondela (20h), fora de portas.