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Ganhar é o nosso desígnio

Por Juvenal Carvalho
19 Jan, 2023

Escrevi aqui, na coluna de opinião da semana passada, que o "meu" dérbi, aquele que faz parar o país, me tirava do sério e que tudo o que o antecedia era de ansiedade. E foi. Nada mudou no que escrevi.

O que não estava preparado era para um fim-de-semana tão intenso nas emoções vividas. Daqueles 'à Sporting', que mexem com conquistas, e elas chegaram naturalmente, passados que estão apenas quinze dias desde a entrada do ano de 2023.

Se o dérbi no futebol trouxe intensidade, imprevisibilidade, e a paixão de todo um histórico entre ambos, e com ele um empate a dois golos que não me deu a felicidade e a tal noite mal dormida a rebobinar os lances, porque gosto sempre que o Sporting CP ganhe, a verdade é que o fim-de-semana foi de emoções muito fortes. Não só para mim, mas para tantos de vós. E começou logo na sexta-feira, no futsal, com o 'João Rocha' esgotado para assistir ao melhor dérbi do mundo da modalidade que mais uma vez caiu para nós, naquela sorte que dá muito trabalho para alcançar o êxito. A sorte de ter Nuno Dias na liderança de um grupo habituado a ganhar naturalmente, quase como respira. 

A noite foi épica e o 6-4 final com o pavilhão ao rubro prenunciava um fim-de-semana muito positivo para as nossas cores.

E assim foi. No "meu" basquetebol, porque se não escondo o amor incondicional ao todo que é o Clube, menos posso deixar de referir a minha ligação afectiva de muitos anos a esta modalidade, os ares do Norte fizeram bem aos comandados de Pedro Nuno Monteiro, que somaram à conquista da Supertaça no início da época a Taça Hugo dos Santos, ao vencer respectivamente na meia-final o FC Porto (97-84) e na final a AD Ovarense (79-71). Chegou assim a conquista do oitavo troféu em onze possíveis desde o regresso em 2019. E também aqui nada é por acaso, mas sim com a marca indelével da competência. Com ele veio também a dedicatória do coordenador da secção Nuno Baião − de quem fui seu dirigente na equipa sénior ainda tão jovem − e do "capitão" Diogo Ventura − que carácter, que humildade − desta conquista a Edgar Vital, que faleceu à precisamente um ano. Onde estiver, estará feliz pelo reconhecimento. O exemplo de que ter memória é ter história. E o nosso Clube tem uma história imensa. Mas as emoções − e as conquistas −, que mesmo não estando presente acompanhei por informações de responsável da secção, não ficaram por aqui. Chegou também mais um troféu para o ténis de mesa, que depois da conquista da Supertaça no início da época, venceu a 34.ª Taça de Portugal da sua história. E que história, que marca um domínio de décadas nesta modalidade.

Estão assim conquistados os primeiros troféus de modalidades colectivas em 2023, sendo que no plano individual também o êxito esteve na ordem do dia, com o nosso marchador João Vieira a sagrar-se campeão nacional na prova de 35km estrada. Outros chegarão. Será incontornável. Afinal, é este o nosso desígnio e tantas vezes com a superação a ser o registo. O registo que nos leva a tantos êxitos.