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Clube

93 anos de excelência

Por sporting
31 Mar, 2015

Jornal Sporting celebra o seu aniversário

Foi no dia 31 de Março de 1922 que Júlio de Araújo criou o então Boletim do Sporting, com o objectivo de defender os interesses do Clube. Desde então, foram mais de 3.500 edições a divulgar e a seguir todos os momentos de glória do Sporting. Não perca a surpresa preparada na próxima edição do Jornal Sporting, nas bancas a partir de quinta-feira, dia 2 de Abril.

Open Day das modalidades

Por sporting
27 Mar, 2015

Sporting abre treinos de várias modalidades a sócios e adeptos

No dia do lançamento da primeira pedra do Pavilhão João Rocha, o Sporting abriu as portas de várias modalidades aos seus Sócios e adeptos, que tiveram a oportunidade de experimentar não só as diversas modalidades como, nalguns casos, treinar ao lado dos atletas. “Foi uma experiência emocionante. Não tenho palavras para descrever”, começa por referir João Pereira, um dos três jovens que pôde treinar com a equipa de futsal. “Apesar de acompanhar esta equipa, nunca tinha praticado e foi uma excelente oportunidade”, completou. Para além do futsal, também o tiro à bala e com arco, o xadrez, o ténis de mesa, o boxe, o taekwondo, a capoeira, a natação e a ginástica tiveram as portas dos seus treinos abertas a quem quis participar. “É muito importante ter este tipo de iniciativas. É bom dar a conhecer as nossas modalidades e cativar mais pessoas a juntar-se a nós”, considera Vítor Barbosa, treinador de ténis de mesa. A secção de tiro com arco foi uma das que teve mais procura. Por volta das seis da tarde, eram cerca de 20 as pessoas que já tinham passado pelas instalações da modalidade – e ainda chegavam mais. A técnica era difícil, mas o desempenho notável. Para os arqueiros de primeira água e para os mais experientes. “Estas iniciativas fazem com que as pessoas se interessem por mais modalidades que não apenas o futebol”, considera Hugo Batista, ex-atleta de tiro com arco que se reencontrou com a modalidade nesta iniciativa, seis anos depois. Leia a reportagem completa na próxima edição do Jornal Sporting.

“Um sonho tornado realidade”

Por sporting
27 Mar, 2015

Dia de Sporting foi ainda mais especial para os três Sócios sorteados

Já se sabia de antemão: dos cerca de 4.000 Sportinguistas presentes nas bancadas, apenas três sócios seriam escolhidos para treinar com a equipa principal no relvado de Alvalade. A sorte grande calhou a Paulo Guimarães, Cristiana Quatorze e Marco Ferreira, Sócios n.º 7.027, 22.556 e 111.342, respectivamente, que nem conseguiam acreditar no que estava a acontecer. “Não estava nada à espera, foi uma enorme surpresa”, confessou Marco Ferreira, de 18 anos. Os três ‘leões’ equiparam-se nos balneários de Alvalade, convivendo com os jogadores no túnel de acesso ao relvado, antes do início do treino. A subida ao relvado foi digna de um jogo oficial: com música própria e os nomes dos atletas anunciados no sistema de som, os jogadores alinharam-se a meio-campo, lado a lado com os Sócios ‘verde e brancos’. Desde o aquecimento até à ‘peladinha’ final, os três Associados conviveram e treinaram com os profissionais, fazendo uma pequena pausa pelo meio para descansar e recuperar energias. “Com 51 anos, já não estou habituado a este andamento, mas os jogadores ajudaram bastante. São cinco estrelas”, avançou Paulo Guimarães, visivelmente satisfeito com a experiência, pese embora o cansaço sentido. Uma ‘leoa’ no meio de ‘leões’, Cristiana Quatorze foi alvo de tratamento especial. “Estavam-me sempre a perguntar se estava cansada, para não me esforçar demasiado e tinham bastante cuidado para ‘não baterem na senhora’, como eles diziam”, explicou a Sócia de 43 anos, que já praticou futsal, atletismo, ginástica rítimica e acrobática. No final, a satisfação era geral e o entusiasmo ainda se fazia sentir. “Os jogadores são todos cinco estrelas e estar com eles foi uma experiência inesquecível”, confessou Cristiana. “É um sonho tornado realidade”, completou Paulo Guimarães. Leia a reportagem completa na próxima edição do Jornal Sporting.

Filho de peixe sabe voar

Por sporting
27 Mar, 2015

Perfil de Vítor Damas, um dos melhores guarda-redes portugueses de sempre

Todos erram. “Jogava pela Selecção júnior contra a Checoslováquia na Holanda. Bati mal o pontapé de baliza e a bola foi parar aos pés do avançado deles...”. Mas nem todos dão a volta aos erros da mesma maneira, com a mesma capacidade de reacção. Essa faceta está reservada a seres cujas características são especiais. “...Assim que ele recebeu a bola rematou. Vi a bola passar-me por cima. Sem outro recurso, voei na direcção da baliza e consegui defender”. Foi a melhor defesa de e para Vítor Damas, sem contar com o cabeceamento de Eusébio, em 1973, que ainda não tinha sido defendido no momento em que o então jovem guarda-redes fazia tal consideração. Largo do Leão, Estefânia, Lisboa. Uma pedra do lado esquerdo e outra à direita. Não era o mais pesado, bem pelo contrário. Uma excepção às regras do futebol de rua. A baliza estava-lhe sempre reservada, mesmo que fosse o ataque a sua grande ambição. Mas entre jogar a guarda-redes ou não jogar, preferiu a primeira. Daí até ao Clube do coração, foi um pequeno pulo, daqueles abstractos, que se dão com os pés no chão. “Diz o Sr. Calado que não há fruto sem raízes e é preciso que estas se solidifiquem. Ora eu quero que as minhas estejam bem presas ao chão”, dizia Damas, esperando pacientemente pela hora de chegar à equipa principal, o que conseguiu em 1966, tinha 19 anos. Até lá, o pequeno Vítor, por vezes cansado e a dizer a Travassos “já chega sôr Zé”, não confundia a elegância que portava em campo com a falta de empenho. Fizesse chuva ou sol, por vezes na lama, atirava-se à bola no pelado à porta da 10 A, da mesma forma que o fez mais tarde no Estádio. Chegou mesmo a ser considerado o melhor em campo numa derrota por 5-1 quando ainda era jovem. Para os dias de hoje, outro exemplo é pertinente para os mais novos e respectivos pais. Vítor Damas era um aluno exemplar. O futebol não o impediu disso. “Era um aluno cumpridor. O meu pai nunca me fez ameaças ou proibiu de jogar. Exigia, sim, o cumprimento das minhas obrigações. Aliás, foi ele que me ensinou a dar os primeiros toques, querendo talvez fazer de mim o jogador que ele não pôde ser”, afirmava o internacional português sobre o pai, um jogador que “não foi de nomeada apenas porque não calhou”. Ainda assim, registe o nome: António Damas de Oliveira. Casado com Maria Rita Damas, natural de Lousal, na fronteira entre os distritos de Setúbal e Beja. Junto ao rio Sado e às minas, a 15 quilómetros de Alvalade, mas do Alentejo, era aqui que Vítor Damas passava as suas férias de Verão na infância, nas calmas planícies, não havendo “lugar a grandes aventuras”. Talvez desta melancolia, combinada com a azáfama de Lisboa, tenha surgido a principal razão pela paixão que o guardião tinha por viagens. Provavelmente, a necessidade de mudar de ares. No seu ‘Espadinha’, as ‘voltinhas’ por esse Portugal fora eram frequentes. Quando lhe perguntaram se era capaz de se aventurar numa viagem interplanetária, respondeu: “Por que não? O perigo atrai-me. Não se esqueçam de que sou guarda-redes”. Para Vítor Damas, a vida era muito mais do que defender uns remates. Para além das viagens, também tinha os seus gostos naturais por películas, leitura ou música. Era apreciador de um tal Dino Segre, mais conhecido no mundo da escrita e do jornalismo por Pitigrilli, imortalizado por frases como: “os homens que amam uma só mulher são como os fósforos amorfos que têm a infelicidade de só se acenderem na própria caixinha”; mas também do cantor Tom Jones, célebre pelo tema ‘It’s not Unusual’ (‘Não é Incomum’, em português). Uma canção que até nem fica bem à grandeza de Vítor Damas, autor de diversos feitos raros, como a realização de 456 partidas de ‘leão’ ao peito, só ultrapassado por Hilário (494), ou a longevidade alcançada ao serviço da Selecção – onde, apesar de ter vestido a camisola das ‘quinas’ apenas por 29 vezes, fê-lo entre 1969 e 1986, uma diferença temporal jamais igualada por qualquer outro futebolista luso. A opção pelo Racing Santander em detrimento do FC Porto na época de 1975/1976, numa operação conjunta com o Presidente ‘verde e branco’ João Rocha, acabou por prejudicá-lo na Selecção – o então seleccionador nacional e treinador do FC Porto, José Maria Pedroto, acabou por afastá-lo das convocatórias, também suportado pela qualidade do outro guarda-redes português, Bento. Ainda assim, pela equipa nacional – onde regressou mais tarde para o Euro 84 e para o Mundial 86 – algumas estórias ficaram, como os dois beijos recebidos do ‘matulão’ capitão jugoslavo, após troca de galhardetes. Uma reacção natural nos países balcânicos, mas que deixou o guardião português “vermelho que nem um pimento”. Se fotos houvesse desse momento, com certeza fariam parte da vasta colecção que Vítor Damas tinha de recortes de jornais, “mais do que notas de Banco”, dizia, apesar de se considerar um homem poupado e, acrescente-se, corajoso – como ficou demonstrado na sua resposta a um pergunta feita no início da carreira. O que lhe mete medo? “Na vida nada me mete medo. Nem o avançado mais perigoso! O único receio que sinto é o da morte, mas essa já está além da vida”.

Chutar as couves à falta de bacalhau

Por sporting
27 Mar, 2015

Perfil de José Travassos, o mítico Zé da Europa que dava música nos Violinos

O pequeno José sempre foi um geómetra. Desde pequeno. O pai era rendeiro numa quinta na Alameda das Linhas de Torres e, durante a infância, qualquer couve que carecesse de simetria nos sucalcos das plantações era merecedora de um pontapé tal qual uma bola se tratasse (o que também lhe valeu uns quantos castigos, acrescente-se). Mais tarde, quando chegou a um treino experimental no Clube do seu coração, o Sporting, ouviu um simples “tens de comer mais batatas e bacalhau” (que nos dias de hoje se poderia traduzir por proteínas e hidratos de carbono...) a propósito da fisionomia esguia e franzina. É no meio desta miscelância gastronómica tipicamente nacional que cresce e surge um dos maiores génios do futebol português: José Travassos. Ou ‘Zé da Europa’, por ter sido o primeiro jogador do País a representar a Selecção do Velho Continente num encontro frente à Grã-Bretanha – estávamos em Agosto de 1955 quando, a banhos na Costa da Caparica, recebeu a notícia e começou a preparar-se para o duelo de forma afincada. A sua equipa ganhou (como era habitual, convenhamos) e, após o jogo em Belfast, o Sporting recebeu uma carta da União das Associações Europeias de Futebol. “Pretendemos agradecer a presença do jogador e o papel ingrato de assegurar a ligação das linhas, que desempenhou com mestria”, lia-se na missiva. “É tão brilhante com a bola nos pés como o seu inalterável penteado de brilhantina”, escreveu um jornal inglês. O futebol de Travassos era um perfume demasiado sedutor para passar ao lado da crítica nacional e europeia. E as palavras imortalizaram a acção da lenda. Nascido a 22 de Fevereiro de 1926, numa casa entre dois recintos ‘leoninos’ (Campo Grande e Lumiar), cedo demonstrou o jeito invulgar para uma arte avessa aos gostos da família, que recusava desviar parte do orçamento para a compra de uma bola. Assim, o pequeno Zé e os amigos lá iam aos treinos dos ‘leões’ pedir ao Tio Augusto para encher uma bola velha e fazer as delícias da criançada. No entanto, os tempos não eram fáceis e, com 13 anos, fez-se à vida e teve de ir trabalhar. A experiência como aprendiz de torneiro não lhe encheu as medidas e passou depois para ajudante de mecânica de automóveis, o ramo onde se sentia mais à vontade. Aí e com a bola nos pés, claro, algo que conseguiu conjugar com o trabalho na CUF, aos 16 anos, após uma autorização especial do Ministro por causa da idade. Jogava futebol, trabalhava nas oficinas e, pelo meio, ainda se destacava no atletismo, em 80 e 100 metros. No final da temporada de 1945/46, o FC Porto enamorou-se pelo seu jeito invulgar para o futebol e, aproveitando uma passagem por Lisboa, tentou garantir o seu passe. E, em parte, quase conseguiu, numa história onde Travassos andava por hotéis no Norte ‘escondido’ do interesse ‘leonino’ que, a certa altura, se tornou concreto. O jogador não resistiu ao apelo de envergar a camisola do seu Clube do coração e, aproveitando o impasse, fez chegar aos responsáveis do Sporting a sua localização. Aí, foi chamado para a inspecção militar através de um telegrama, uma forma de encobrir outra missão: afinal, o seu ‘serviço’ de tropa era jogar de ‘verde e branco’. A troco de 20 contos e um ordenado de 700 escudos por mês, passou a representar a ‘sua’ formação, tendo também um outro trabalho paralelo (mais tarde, e com ajuda do Clube, iria realizar o outro sonho extra futebol, fundando com Vasques a Cofril, que reparava aparelhos refrigerantes). O resto é história: fez parte da sinfonia imparável dos Cinco Violinos e ganhou oito Campeonatos Nacionais, duas Taças e um Campeonato de Lisboa, além de ter feito um ‘hat-trick’ no primeiro ‘derby’ com o rival Benfica (6-1). Fez 321 jogos oficiais (cerca de 450 no total) pelo Sporting, mesmo com algumas lesões no menisco à mistura, apontando 127 golos (cerca de 200 atentando em todos os encontros). Em 1959, deixou o futebol e dedicou-se a outra paixão: a caça. Não sem antes ter disparado com força no coração de Sportinguistas e amantes do desporto. O homem (e jogador) gentil e inteligente era e será um exemplo que partiu em 2002 mas ficará para sempre.

O eterno Presidente

Por sporting
27 Mar, 2015

Conheça o líder que dá nome ao futuro Pavilhão do Sporting

Impulsionador, visionário, apaixonado. Com espírito de iniciativa, sem medo de desafiar o impossível. João Rocha era um homem de causas e lutou como ninguém por uma em particular: o Sporting. “Fascina-me a ideia de erguer uma grande obra, apoiada por milhares ou milhões de pessoas e que possa representar uma viragem histórica na vida dos nosso clubes desportivos”, salientou na tomada de posse como Presidente do Clube, a 7 de Setembro de 1973. A chegada à liderança dos ‘leões’ foi a sorte de uma instituição a atravessar um complicado período a nível económico-financeiro e de sobrevivência. Os 13 anos em que esteve no cargo foram o azar dos rivais, que não tiveram armas nem engenho para lutar contra a grande potência desportiva nacional. Grande e cada vez maior. Gigante nas ambições, enorme na onda apaixonada que varreu as décadas de 70 e 80, desmesurável na panóplia de soluções pioneiras que encontrou para os problemas. E a maior de todas acabou por abortar com o 25 de Abril: a S.C.P.. Em 1974, ano em que o Sporting caminhava para uma fabulosa época em termos de futebol – Campeonato, Taça de Portugal, meias-finais da Taça dos Vencedores das Taças (eliminados na véspera da ‘Revolução dos Cravos’, em Magdeburgo) e Yazalde como Bota de Ouro após apontar 46 golos –, José Luís Sapateiro, Secretário de Estado do Tesouro da altura, já tinha concedido autorização para o nascimento da Sociedade de Construções e Planeamento S.A.R.L., com respectiva emissão de 2,5 milhões de acções ao valor nominal de 100 escudos. Seria o primeiro projecto de Clube-Empresa do País e já tinha merecido aprovação dos Sócios em Assembleia Geral, mas estagnou na turbulência política após o 25 de Abril. Ainda assim, e olhando para tudo o que foi feito de seguida, é fácil perceber que esse foi apenas mais um problema que conheceu uma solução diferente do que tinha sido inicialmente pensado. Como em tudo na sua vida, João Rocha nunca desistiu do sonho de colocar o Clube no topo de Portugal e do Mundo e, ao colo de uma veia de pioneirismo demasiado avançada para a época, deixou uma marca sem precedentes no panorama do dirigismo desportivo: dos pavilhões à pista de tartan, da Bancada Nova à Nave de Alvalade, ficou a obra de um líder que introduziu ainda conceitos e ideias de angariação de receitas como o Bingo, a Loja Verde, o primeiro departamento montado em torno do conceito de venda de publicidade e ‘merchandising’ ou o primeiro grupo organizado de adeptos, a Juventude Leonina. Hoje, parece óbvio; na altura, só um foi capaz de sonhar. E, acrescente-se, fazer nascer, colocando na prática as palavras sábias de Fernando Pessoa sobre alguém que se destaca dos demais. Sempre na primeira linha, a dar o exemplo, como se pôde ver na reportagem que o Jornal Sporting fez em Janeiro a propósito do nascimento dos pavilhões de Alvalade. Qual flautista de Hamelin, a música que João Rocha conseguiu introduzir no quotidiano do Clube – que não apenas pelos títulos, apesar de estarmos a falar em mais de 1.200 troféus conseguidos... – foi a melodia perfeita para o encantamento dos Sportinguistas com uma alma mais viva e crescente. A nível de Associados, e segundo o que o próprio mais tarde referiria em entrevista ao Jornal, o Sporting saltou de 20 mil para 136 mil Sócios. E tudo poderia simplesmente não ter existido: pouco depois da saída de Valadão Chagas da presidência, apenas um dia depois de ter sido eleito (aceitou o convite de Marcelo Caetano para Secretário de Estado da Juventude e do Desporto), João Rocha chegou a ser abordado por um grupo de adeptos para se candidatar a número um do V. Setúbal, algo que declinou pela paixão ao ‘verde e branco’ de Lisboa... e de todo o Mundo. Nesse período, e apesar dos títulos conseguidos no futebol (três Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal e uma Supertaça com algumas das melhores e mais marcantes equipas ‘leoninas’), foi no ecletismo que assentou toda a força motriz do plano. O Clube cresceu a nível de modalidades, passando de 15 para 22, dominando por completo o panorama desportivo nacional e europeu não só a nível de títulos – com destaque para os oito europeus, entre atletismo e hóquei em patins – mas também de praticantes. Um exemplo prático para se ter noção da dimensão do Sporting a nível de atletas: os 15.000 ‘leões’ que todos os dias representavam o emblema ‘verde e branco’ eram mais do que o máximo atingido em jogos da Taça da Liga esta temporada, incluindo uma meia-final da prova realizada na Luz. Sintomático da expressão esmagadora do Sporting... Nascido a 9 de Julho de 1930, em Setúbal, João Rocha estava associado à Comundo, a maior ‘trade company’ nacional na altura, além de ter cargos de relevo em bancos e demais empresas quando chegou à presidência do Sporting. Foi essa dimensão de empresário muito conhecedor do Mundo que permitiu também que os ‘leões’ fossem o primeiro Clube português a visitar a China e Angola a seguir ao 25 de Abril (1978 e 1979, respectivamente). Mas foi sobretudo a dimensão humana e de líder que catapultou o Sporting para patamares nunca antes alcançados. Todos recordam a figura e as histórias com ela partilhadas, onde o tacto e o humanismo estavam sempre presentes. Mas João Rocha preferia salientar que o Clube dava 300 mil refeições por ano no Lar do Jogador. “E tínhamos a preocupação de não falhar com ninguém”, acrescentou na última entrevista ao Jornal Sporting, em Julho de 2008. O ‘Eterno Presidente’, como foi tantas vezes lembrado, partiu há dois anos. E ainda hoje todos os atletas, Sócios, adeptos e simpatizantes tentam respeitar o pedido que fez nessa mesma entrevista: “Estou esperançado que o Sporting continue a ser a maior força desportiva nacional”.

A Cidade já tem a primeira pedra

Por sporting
27 Mar, 2015

Quatro mil Sportinguistas presentes em acto histórico

“Agora estão todos convidados para o lançamento da primeira pedra do Pavilhão”, exclamou Bruno de Carvalho ao microfone. E as cerca de quatro mil pessoas que marcaram presença no treino aberto da equipa de futebol, no Estádio José Alvalade, aplaudiram enquanto arrumavam a trouxa para aquela que seria uma autêntica romaria a recordar os bons velhos tempos das viagens entre pavilhão, Nave e campos de treino. O Multidesportivo, que recebe cerca de 1.500 atletas e 3.000 pessoas por dia, parecia pequeno para tantas pessoas orgulhosas pelo momento. Actuais dirigentes, antigos campeões. Em resumo, a família Sportinguista na versão ‘um por todos, todos por um’ que serve de motor para um Clube de regresso ao seu ADN histórico: a ganhar em tudo e a todos. O som dos tambores e o desfraldar das bandeiras davam o ritmo e apontavam o local de epicentro do fervor ‘verde e branco’. Ao pé da rotunda, arranjada na calçada e com flores, o cartaz ‘Sporting a crescer’ lá ao fundo era o mote para o projecto de toda a Cidade que vai nascer ao lado, num ‘placard’ à vista de muitos e no coração de todos. O mesmo coração onde chegaram as palavras dos discursos oficiais do acto solene. Na caixa do tempo, por baixo da primeira pedra, ficaram guardados objectos valiosos que serão ouro daqui a 50 anos, como o Jornal Sporting do anúncio do Pavilhão João Rocha, o Boletim Municipal, os diários desportivos do dia ou a lista de convidados no acto. Mas, tão ou mais importante, por cima estará a Cidade que vai resgatar a alma ‘leonina’ perdida. E, para isso, não há uma caixa do tempo nem é necessário um DeLorean para fazer a viagem num filme que tem data marcada: a Dezembro de 2016, todos os sonhos se tornarão realidade.

“Mais do que um Clube de futebol”

Por sporting
27 Mar, 2015

Discurso de Fernando Medina no lançamento da primeira pedra

Fernando Medina, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, elogiou a dimensão desportiva enquanto instituição do Sporting, regozijando-se pelo lançamento da primeira pedra de um projecto que orgulha e muito os munícipes lisboetas. “Quero saudar na figura do Presidente toda a família Sportinguista, e também na figura da filha e da neta de João Rocha. Hoje é um dia de festa para o Sporting Clube de Portugal e, por isso, da cidade de Lisboa. Depois de tanto tempo, começa o caminho do regresso a casa. Sei que os Sportinguistas não gostam quando chamam Sporting de Lisboa porque, de facto, é um Clube de Portugal, mas para a Câmara Municipal é um sinal de reconhecimento e regozijo. O Sporting é uma grande instituição e com muita história no serviço público”, salientou o responsável lisboeta. Em paralelo, Fernando Medina não deixou de recordar o ecletismo presente no ADN do Clube. “Alguém disse um dia que o futebol não é um jogo de vida ou de morte, é mais do que isso. O Sporting também é muito mais do que futebol, é um Clube eclético com dimensão internacional como no tempo da presidência de João Rocha, quando brilhavam nomes como Carlos Lopes, Fernando Mamede ou Joaquim Agostinho”, referiu. “O antigo pavilhão e a Nave foram palco de grandes momentos de glória e o nome de Pavilhão João Rocha não podia ser melhor. Quero transmitir o total empenho da Câmara Municipal de Lisboa em tudo o que dependa de nós. Todo este projecto vai ser um moderno equipamento desportivo ao nível dos melhores do Mundo. Além da dimensão do Pavilhão, existe também a área comercial da Loja e do Museu e o espaço com campos de jogos, onde esperamos que nasçam novos Ronaldos e Nanis. O papel dos clubes nesse patamar da divulgação desportiva é muito importante, até para a transmissão de valores como a cooperação, o espírito de equipa ou o ‘fair-play’ às próximas gerações”, concluiu o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Homenagens a Damas e Travassos

Por sporting
27 Mar, 2015

Ruas Vítor Damas e José Travassos inauguradas

Num dia marcante para o futuro do Clube, foi tempo também de recordar as glórias do passado. Após o discurso do lançamento da primeira pedra do Pavilhão João Rocha de Bruno de Carvalho, a comitiva seguiu para a inauguração de duas ruas da Freguesia do Lumiar, de nome Vítor Damas e José Travassos. Para além dos elementos da direcção ‘leonina’, do Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, Pedro Delgado Alves e do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, foram também convidados os filhos dos homenageados, Ana Rita Damas e António Travassos. Tomou a palavra em primeiro lugar, o Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, que sublinhou a ligação do Sporting à Freguesia. “Dia histórico para o Lumiar, onde homenageamos a maior instituição desportiva da nossa freguesia. Um Clube que continua a crescer connosco e a fazer com que o Lumiar seja uma parte integrante da vida desportiva do País e à escala internacional”. Em relação ao José Travassos e Vítor Damas, Pedro Delgado Alves aproveitou para lembrar que o primeiro não só conheceu a glória no Lumiar como também nasceu ali. “Estamos a homenagear não só um grande atleta mas um filho da freguesia. E é também uma grande felicidade homenagear Vitor Damas, que curiosamente foi treinado por Travassos. É um grande orgulho poder perpetuar a memória e projectar o futuro do Sporting na nossa freguesia”, concluiu. Ana Rita Damas agradeceu a todos a presença e lembrou as razões pelas quais o seu pai continua a ser lembrado por todos os Sportinguistas. “É com muita emoção que agradeço ao Sr. Presidente do Sporting e a toda a comunidade Sportinguista que fez com que o nome do meu pai nunca fosse esquecido. Penso que tem sido esse respeito pelo amor que tinha ao Clube, sendo um dos jogadores com mais jogos com a camisola do Sporting. Acho que ele deve estar muito feliz hoje e eu também estou muito contente por vir representá-lo”, disse a filha do antigo guardião, falecido em 2003. António Travassos seguiu a mesma linha, agradecendo ao Sporting e aos presentes a respectiva homenagem. “É com muito orgulho e emoção que agradeço ao Sporting esta homenagem. Não vou falar muito do meu pai, pois teria muito para dizer. É uma homenagem com significado especial pois foi aqui que o meu pai nasceu”, disse. Por fim, tomou a palavra Bruno de Carvalho, salientando o facto da presente direcção não esquecer as antigas glórias do Clube. “Só quem é do Sporting percebe a grandeza do Clube e as pessoas magníficas que aqui figuram e figuraram. Uma das coisas que esta direcção tem feito é lembrar-se diariamente, e não só nestes eventos, daqueles que deram tudo pela instituição”, avançou. O Presidente agradeceu também às partes integrantes no projecto. “Um agradecimento muito grande à Câmara Municipal de Lisboa, por tudo o que trabalhou no sentido de avançar com esta homenagem. Juntos, só encontrámos soluções, não encontrámos problemas. Agradeço igualmente à Junta de Freguesia do Lumiar esta importante homenagem”, finalizou.

“Hoje estamos a fazer história”

Por sporting
27 Mar, 2015

Discurso de Bruno de Carvalho no lançamento da primeira pedra

Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting, valorizou a dimensão do Clube e agradeceu a todos os Associados pelo caminho trilhado nos últimos dois anos, que culminou agora com o lançamento da primeira pedra do Pavilhão João Rocha, no discurso oficial na ocasião. Ao mesmo tempo, o líder ‘leonino’ reforçou a dimensão do conjunto ‘verde e branco’ a nível de títulos. “Muito obrigado a todos por terem demonstrado mais uma vez a força do Sporting Clube de Portugal. Não posso deixar de agradecer aos Sportinguistas por tudo o que têm feito: é um trabalho de mais de três milhões de pessoas; é de quem ama, vibra e serve o Clube para ser a maior potência desportiva nacional e um dos maiores clubes do Mundo. Quero também agradecer ao conjunto de órgãos sociais que têm trabalhado em prol do nosso Clube para que os Associados se sintam em família”, começou por referir. “Não nos escondemos no passado para deixar de projectar o futuro. Devemos olhar para o passado desportivo com orgulho e reconhecimento. João Rocha foi o Presidente com que cresci e que deu dimensão à força dos adeptos, dos Sócios, das modalidades e do ecletismo. Por isso, dar o nome ao Pavilhão é respeitar tudo o que representou e representa para o Sporting”, acrescentou numa cerimónia que contou com a filha e o neto do antigo líder ‘leonino’, entre 1973 e 1986. “O Pavilhão era uma bandeira falada há anos mas nunca vi nada em concreto. É preciso acreditar muito para se avançar com este projecto, numa altura em que o Clube ainda está a estabilizar-se, sem medo de fazer esta obra. É da mais elementar justiça para todos os Sportinguistas e para o Clube este lançamento da primeira pedra”, destacou Bruno de Carvalho, completando: “Já ouvimos um pouco de tudo. Que não passava da primeira pedra, que nem a primeira pedra seria lançada, que o tribunal e a Doyen não iam deixar. ‘Doyen’ a quem doer, o Pavilhão vai estar feito em Dezembro de 2016. Hoje dissemos claramente ao Mundo que somos Sporting. Hoje estamos a fazer história, com o Sporting a voltar ao rumo do seu ecletismo e da sua grandeza. Tudo isto só obriga a duas coisas: ser Sportinguista e ser campeão. Quem não pensar assim, não faz parte deste projecto”. “Vamos conquistar aqui muitos títulos europeus, nacionais e distritais. Que fique claro que o Sporting tem ambição, convicção, ideais, valores. E que vamos conquistar também naquele estádio títulos! Não se pode permitir que os nossos rivais, que tremem todos os dias, nos separem dos nossos objectivos. Não quero saber de pressões ou opiniões e vou responder sempre que não tenho medo de assumir que quero ser campeão. Nunca irei fugir das dificuldades ou de enfrentar batalhas para lutar por isso”, concluiu.

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