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O tempo passa. A paixão permanece

Por Juvenal Carvalho
26 maio, 2022

Na minha primeira coluna de opinião, escrita para o nosso Jornal com o título “Eclectismo a Imagem de Marca do Leão”, decorria então o mês de Março do ano de 2012, e na presidência do Clube estava o Eng. Luís Godinho Lopes, de quem fui crítico da sua liderança de forma pública, factor esse que não foi impeditivo de ter sido convidado para escrever semanalmente estas linhas, a convite de Rúben Coelho, não com o intuito de me calar, porque estou e estarei sempre acima de toda e qualquer pessoa, e sempre só pelo símbolo, com os meus defeitos e virtudes − essa coisa inerente ao ser humano, mas sim para falar de Sporting desassombradamente  e, sem vaidade alguma, para abrir o coração e emprestar o conhecimento que as passagens pelo Clube me deram, aliada à emotividade Leonina que é − será sempre o meu apanágio.

E porque fui buscar estes caracteres iniciais, perguntarão alguns de vocês?  Foi mesmo pelo simples facto de que ao pensar no que haveria de ser o tema desta semana para esta coluna de opinião, rebobinei o passado e recordei essa minha primeira coluna de opinião, que a enviei então para a redacção de coração cheio.

Sim, estava nervoso, recordo perfeitamente o momento, pese a passagem de uma década no calendário. Apesar de já anteriormente ter escrito para o Jornal mais espaçadamente no tempo, a responsabilidade de tentar agradar aos leitores semanalmente e sobretudo não me tornar fastidioso, era enorme.

E o que foi essa minha primeira coluna de opinião. Foi toda ela para reportar em poucas linhas a minha vivência do nosso Sporting. Do que vivi em menino em que fugia aos pais para ir para Alvalade ver tudo − literalmente tudo −, passando para a fase adulta em que tive o privilégio de não só ter sido dirigente do basquetebol (a minha paixão), do andebol e do futebol na área da formação, como ainda presidente durante oito anos do Núcleo do Sporting de Paço de Arcos. Foi, acreditem com emoção e com um sentimento de menino embevecido a quem deram uma prenda, que ao comprar o nosso Jornal, e o começar a folhear, parece que a página da minha coluna de opinião tinha íman e a li vezes sem conta.

É tão bom que o Sporting CP me continue a despertar esta paixão, e não o abandonar nas derrotas, sobretudo. Porque de conquistas − esta semana no futsal mais uma − temos uma história repleta.

Nestes dez anos, com uma interrupção que aceitei plenamente porque as pessoas que o presidem têm toda a legitimidade para escolher quem querem para seus colaboradores, aprendi muito e continuo a escrever com a mesma alegria. De Sporting e com a alma cheia. Nestes dez anos ganhei amigos, e perdi infelizmente outros que tanto gostava e que tanto me ensinaram. Conheci muitos Sportinguistas. Tenho até o privilégio de escrever estas linhas em ano de centenário do nosso Jornal. Tudo isto ainda me faz beliscar para confirmar se é verdade. 

Até quando escreverei, não sei por não conseguir prever o futuro. O que sei é que me dá um prazer tremendo este momento semanal em que chego até vós, seja em forma de papel ou na versão digital. E com outro texto, para a semana cá estou outra vez, como na música dos Supporting. Porque gosto. Porque amo o Sporting CP. E sobretudo porque, gostando uns mais outros menos dos meus escritos, estes dez anos enriqueceram-me muito como Sportinguista, e vocês são os "culpados".