Mais duas Supertaças para o Museu
16 Out, 2025
Sábado, 11 de Outubro de 2025. Uma data – apenas mais uma entre muitas outras – marcada por conquistas e, por acréscimo, a conseguir engalanar ainda mais o nosso Museu... o Museu daquele que é o clube mais ganhador do desporto português e que, inequivocamente, está igualmente entre os maiores da Europa, como de forma premonitória, no já longínquo ano de 1906, o quiseram os nossos fundadores... "grande, tão grande como os maiores da Europa" – o nosso Sporting Clube de Portugal.
Depois do andebol e do futsal, chegaram a Alvalade mais duas Supertaças. Desta feita, por ordem de entrada em campo do hóquei em patins e do voleibol, fazendo o pleno de conquistas nesta competição.
O hóquei em patins, que vive na actualidade um momento fantástico, com duas conquistas épicas na mesma semana, conseguiu em Odivelas o que havia conseguido poucos dias antes, em San Juan, mais um troféu. Depois do Campeonato do Mundo de Clubes, o primeiro da História da modalidade, a Supertaça António Livramento – esta com o nome de uma lenda do hóquei em patins mundial e também, e muito, do símbolo do Leão, onde ganhou tudo o que havia para ganhar, tanto como jogador, como posteriormente como treinador.
E com quanta garra, que superou um normal desgaste físico de cinco jogos em cinco dias no Mundial e de uma viagem de milhares de quilómetros de outro continente, nem a má entrada em jogo, que ditou dois golos de desvantagem, fez demover um Leão que tanto quis que o conseguiu.
Sempre a correr atrás do resultado, seria a pouco mais de três minutos do final do tempo regulamentar que, por intermédio de Facundo Navarro, levaríamos o jogo para prolongamento. E aí chegados, com um colectivo cheio de qualidade, crença e inspirado na magia individual do "mago das pampas", Facundo Navarro, que conseguiu chegar ao hat-trick num golo soberbo, e depois com Xano Edo a "fechar" a baliza, chegaríamos a uma vitória sublime... "à Sporting". Que melhor forma de iniciar a nova época do que obter estas duas conquistas? Diria que nenhuma outra. Mas que ninguém acredite que os rapazes de Edo Bosch estão satisfeitos e se deixarão acomodar. Querem muito mais. A exigência é alta, mas o limite é não ter limites.
E se no hóquei em patins o limite é não ter limites, o que dizer do voleibol? Naturalmente, a mesma coisa. Ganhar ou ganhar, tem sido a regra da modalidade nos últimos tempos. O mote de João Coelho, que em boa hora chegou ao voleibol do Leão, é assente num projecto sustentado para somar conquistas e acabar com um domínio do eterno rival. Sem sobranceria, e com a convicção que muito há para fazer, mas baseado num trabalho de qualidade, já se pode falar numa mudança de paradigma com a tonalidade verde.
E para confirmar isso mesmo, a tarde quente de sábado, em Loulé, decorreu sob o signo do Leão.
Um Sporting CP determinado e, também, porque não dizê-lo, a patentear classe, embora seja óbvio que possamos vir a melhorar ainda mais, como afirmou no final do jogo o míster João Coelho, com o entrosamento no grupo por parte dos novos elementos e do regresso recente das selecções por parte de outros. Foi um jogo empolgante e, sem exagero algum, poderia vir a terminar em três sets, depois da nossa aproximação fantástica no terceiro parcial, mas que viria a cair ingloriamente para o adversário nas diferenças.
Mas o importante é que o Sporting CP não vacilou e conseguiu a vitória para gáudio dos muitos Leões presentes no Algarve, cujo momento alto surgiu quando Kelton Tavares no meio da rede, meteu a bola eximiamente por cima do bloco do rival e fechou o jogo. Estava destinado o caminho da taça. A do Museu do clube que é de José Alvalade e de Francisco Stromp, mas que é de todos... mesmo de todos aqueles que vivem e sentem o símbolo do Leão rampante. E tantos eles são, espalhados pelos mais diversos quadrantes mundiais.
Venham então mais estas duas Supertaças para o Museu do Sporting Clube de Portugal.
P.S 1 – O futsal perdeu apenas uma "batalha", em muito derivada da espiral de lesões que tem assolado a equipa. Ainda muita água irá correr por debaixo das pontes. Depois da Supertaça já conquistada, mais troféus virão, estou perfeitamente convicto disso.
P.S 2 – Que momento inolvidável aquele que se viveu no João Rocha no final do jogo de andebol ante os franceses do Nantes. Que apoio aos rapazes. Nestes momentos menos bons é que fazemos a diferença. Somos inigualáveis. Somos o Sporting CP.
P.S 3 – A tarde de domingo do basquetebol foi muito má no dérbi eterno. Detesto a frase “temos que levantar a cabeça”, porque o Leão só a baixa para beijar o símbolo. O que temos mesmo é que interiorizar um resultado anormalmente mau e no próximo jogo fazer mais e melhor. A época começou agora. Força, rapazes. Estamos juntos.