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Foto José Cruz

Derrota na estreia não apaga sinais positivos

Por Jornal Sporting
13 Jul, 2018

Apesar do resultado, leões deixaram sensações interessantes para o futuro

O Sporting CP estreou-se na nova temporada com uma derrota frente ao Neuchâtel Xamax, da Suíça, por 2-1. O resultado não agradou aos 1069 adeptos leoninos presentes no Stade Sous-Ville, em Baulmes, mas não é motivo para preocupações especiais - a equipa de José Peseiro treinou de manhã e tem sido submetida a grandes esforços físicos.

Montero marcou o único golo para o lado verde e branco, logo no início do encontro, na recarga a um livre de Jefferson. Na resposta imediata, o adversário suíço restabeleceu a igualdade, aproveitando uma saída não consumada de Salin (golo marcado por Tunahan Cicek). A partir daqui, a partida disputou-se maioritariamente no meio campo suíço, com várias ocasiões para os leões se colocarem novamente em vantagem. Ao intervalo, o 1-1 não traduzia o que se viu no relvado, mas evidenciava a falta de eficácia na finalização por parte da turma de Alvalade.

Na segunda metade, como o próprio Nuno Presume (treinador adjunto) admitiu, o colectivo não mostrou a mesma qualidade do que no primeiro tempo. A equipa que entrou depois do intervalo (com Viviano no lugar de Salin, Jonathan no de Jefferson, Ristovski no de Piccini e Palhinha no de Petrovic) cometeu mais erros na saída de bola e ofereceu várias possibilidades para o Neuchâtel sair em transições rápidas. Viviano ainda evitou o golo em duas ocasiões, com defesas de excelente nível, mas nada pôde fazer quando Gaëtan Karlen apareceu na sua cara, após uma perda de bola de Wendel. José Peseiro trocou os restantes elementos (jogaram Lumor, Bruno Gaspar, Domingos Duarte, Demiral, Ryan Gauld, Jovane e Castaignos) e o Sporting CP tentou empatar a partida, embora tenha sido clara a falta de soluções para o conseguir. Na melhor ocasião, Jovane atirou para a defesa do guarda-redes contrário - destaque para o toque de calcanhar de Castaignos no início do lance. Apesar da derrota, os adeptos verdes e brancos mantiveram o ânimo e entraram no relvado para tentar "roubar" uma fotografia com os jogadores.

De resto, este encontro serviu sobretudo para perceber as primeiras intenções do novo técnico. A equipa não abdicou de construir desde trás, com centrais participativos, tentando encontrar companheiros desmarcados entre linhas. O lado direito foi o preferido para desenvolver os ataques e Wendel esteve em evidência na primeira parte. Ora baixava para ajudar na construção, ora aparecia mais adiantado, combinando com Matheus Pereira. Piccini também ofereceu grande profundidade (mais do que Jefferson), contribuindo para uma dinâmica notável no corredor. Uma das melhores ocasiões resultou precisamente de uma subida do italiano, que encontrou Wendel na área. Além das trocas posicionais na direita, observou-se uma relação entre extremos que pode vir a ser um dos principais argumentos ofensivos do conjunto verde e branco. Quando a bola está no lado contrário, Raphinha e Matheus aparecem por dentro e procuram receber para criar desequilíbrios – tanto um como o outro podiam ter marcado. Ficou, portanto, um cheirinho a perfume brasileiro no primeiro jogo da pré-temporada.

Os leões voltam a jogar no próximo sábado, frente ao Nice, dando nova oportunidade aos emigrantes portugueses para ver a equipa de perto.