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Foto D.R.

Cruz pesada

Por Jornal Sporting
10 Ago, 2017

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3636

A liberdade de expressão é um direito inalienável com que todos nos devemos congratular. Assim a opinião é, e deve ser, livre podendo cada um expressá-la independentemente da sua cor, credo, religião, opção política ou clubística. No entanto, uma opinião livre de ser manifestada de acordo com o mesmo princípio está sujeita a eventual contraditório, podendo ser objecto de discórdia, não pelo direito de ser proferida mas sim pelo seu conteúdo.

Nos últimos dias temos assistido à tomada de posição através de comunicados ou por escritos por parte de responsáveis do nosso Clube a propósito de opiniões manifestadas em órgãos de comunicação social, por colunistas afectos ao Sporting, com temas relacionados sobre a época desportiva que agora se iniciou, e bem, com a conquista dos primeiros três pontos em disputa.

Nas opiniões manifestadas há que distinguir aquelas que são o traduzir de uma visão e com as quais podemos ou não concordar, assistindo-nos igualmente o direito de sobre ela nos manifestarmos, tendo sempre como objectivo a defesa dos superiores interesses do Sporting Clube de Portugal. Outro tipo bem diferente é a maledicência, a mentira e a calúnia a par da criação de um clima de suspeição sobre o capote de opinião. Aqui por não se tratar apenas de mera opinião, há que tomar medidas firmes face às insinuações maldosas e continuadas que têm como único objectivo desestabilizar o Clube, por interesse pessoal e do grupo de interesses onde se inserem, alinhando no jogo de terrorismo comunicacional dos rivais.

Esta situação é tanto mais grave quanto se trata de um antigo dirigente que vem agora criticar e lançar insinuações maldosas sobre a informação divulgada pelo Clube sobre as contratações, quando nunca ouvimos durante o mandato de outras Direcções a sua preocupação com situações aí bastante preocupantes. Curioso também é o facto de no tempo em que esteve nos órgãos sociais do Clube nunca ter sido divulgada tanta informação e detalhada sobre as contratações como é actualmente.

Toda esta situação ainda nos toca mais porque desde que actual Direcção tomou posse, um dos pontos em que sempre se destacou foi a política de transparência e rigor da informação relativa a transferências, contratos e comissões – quando existem – e outros negócios de activos da Sporting SAD que, além da CMVM, são publicadas em primeira mão e em exclusivo precisamente aqui, no jornal oficial do Sporting Clube de Portugal.

Iremos uma vez mais, no final desta janela de mercado, publicar toda a informação, à semelhança do que temos vindo a fazer, sobre as transacções efectuadas, numa prática de informação contínua, rigorosa e transparente, para que tal como nos comprometemos, a cada instante, os Sócios tenham o máximo de conteúdo para conhecerem a real situação do Clube.

Assim, em vez de andar com maledicência crónica e a propagandear um clima de suspeição seria bom que o referido colunista se preocupasse mais com a agressão que nós vivamente repudiamos ao jornalista Pedro Neves de Sousa, profissional do grupo editorial onde escreve, por parte de adeptos do nosso rival. Aqueles que não têm claques mas que me obrigaram a fazer a viagem que nunca deveria ter feito em representação do nosso Clube, falo da deslocação a Orentano para as cerimónias fúnebres de Marco Ficcini, assassinado barbaramente nas imediações da Luz.

Gostaria que se manifestasse pelo apagão mediático da agressão ao jornalista Neves de Sousa, nomeadamente no grupo onde escreve, e se interrogasse e nos esclarecesse o porquê dessa situação.

A preocupação máxima deve estar no estado de direito que parece não funcionar de igual para todos, onde leis e regulamento parecem não ser aplicados da mesma forma, nem com a mesma celeridade.

O que temos vindo a assistir é de facto preocupante pois parece que vivemos num regime de excepção dentro do estado de direito quando os interesses avermelhados estão em questão e aqui nada tem a ver com as cores políticas. De qualquer forma, sabemos que para os políticos, os dossiers relacionados com o desporto em geral e o futebol em particular “queimam-lhes as mãos”.

Terminamos com uma pergunta: até quando vão os dirigentes com responsabilidades nestas áreas continuar a assobiar para o lado e a manter este clima de impunidade para com os nossos rivais?

Boa leitura!