Jogo entre candidatos ofereceu espectáculo aos adeptos presentes no Pavilhão João Rocha

Começou com um empate a defesa do título nacional por parte do Sporting CP (3-3). O dérbi com o Benfica foi entretido, teve momentos de grande intensidade, mas as forças equilibraram-se e dividiram os pontos – obra de Pedro Gil, que bisou na segunda parte.



Os leões estiveram em desvantagem praticamente durante todo o encontro. Ainda no primeiro minuto, sem os 2267 espectadores presentes no Pavilhão João Rocha, Casanovas inaugurou o marcador para os encarnados, com um remate do próprio meio campo (Girão não deverá ter visto a bola partir). Em vantagem, o Benfica foi prolongando ao máximo o seu tempo de ataque, tentando acalmar a reacção verde e branca. No entanto, o conjunto orientado por Paulo Freitas foi sempre ameaçando o empate e Pedro Gil – o mais activo no ataque leonino - acertou duas vezes no poste da baliza de Pedro Henriques, que mostrou inspiração desde cedo. Até ao intervalo, o ritmo de jogo manteve-se regular, com ocasiões de parte a parte, mas sem alterações no resultado.



O Benfica entrou na etapa complementar com a mesma intenção de controlar as operações, mantendo o jogo na meia quadra ofensiva. Este pragmatismo da equipa de Pedro Nunes acabou por trazer o 2-0, já depois de Platero ter estado perto do empate. Girão defendeu um primeiro remate, mas Jordi Adroher apareceu na cara do golo para encostar e aumentar a diferença. O estofo dos campeões nacionais ficou patente na forma como reagiram a nova adversidade - Toni Pérez deixou o aviso (bola ao poste) e Caio foi o primeiro a bater a oposição de Pedro Henriques, que antes tinha defendido tudo.

Com o 2-1 no resultado, os leões ganharam novo ânimo, impulsionados pelas bancadas. A magia de Pedro Gil, tantas vezes vista na época anterior, não demorou a aparecer neste campeonato. O 2-2 nasceu de um lance individual brilhante do espanhol, com uma rotação sobre um adversário e um remate colocado, sem hipóteses para Pedro Henriques. Tinha chegado, finalmente, a igualdade desejada, que não duraria mais do que uns segundos. Do outro lado, na resposta imediata, Nicolía não pediu licença e atirou para o 3-2, devolvendo a vantagem às águias. Estávamos na fase mais alucinante do dérbi, que manteria a espectacularidade até final. Caio desperdiçou um penálti (falta sobre Ferran Font, um dos principais desequilibradores), mas Jordi Adroher não fez melhor na marcação de um livre directo (após cartão azul a Vítor Hugo). O Sporting CP resistiu à inferioridade numérica e ainda teve forças para ir buscar o empate - Pedro Gil roubou a bola a um adversário, arrancou e fuzilou a baliza de Pedro Henriques. Não podendo ganhar, os campeões nacionais não deixaram que o Benfica levasse os três pontos do Pavilhão João Rocha.