Bruno de Carvalho foi orador na conferência em Londres
Depois das reuniões de trabalho na Suíça com a UEFA e a FIFA, Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting, marcou hoje presença como orador na SportsPro, conferência internacional que se realizou em Londres subordinada ao tema “As equipas: abordagens comerciais de quatro perspectivas, desafios e oportunidades”. No final, foi distribuído pelos órgãos de comunicação presentes um comunicado de imprensa que resume os argumentos defendidos pelo Clube no evento e discutidos durante a semana.
Na missiva, é explicado que o Sporting apresentou um documento, intitulado “Agenda do Futebol – as melhores práticas para o melhor desporto”, que continha variadas propostas com o objectivo de melhorar o futebol a nível internacional, e que foi discutido com o líder da FIFA, Joseph Blatter, e com o secretário geral da UEFA, Gianni Infantino, e respectivas equipas.
- Zero riscos para os Fundos, máximo risco para os clubes. Os montantes envolvidos nas transferências de jogadores onde se incluem vários Fundos de Investimento estão imunes a qualquer risco e não tomam em consideração os custos que o clube acarreta na contratação de um jogador, nomeadamente custos de transacção, salários, pagamentos à Segurança Social, prémios, direitos de imagem ou comissões com intermediários. O conhecimento de toda a informação em relação ao donos do Fundo é também essencial para evitar ligações a casas de apostas e para impedir tentativas de jogos combinados.
- Protecção aos clubes formadores. Os clubes formadores deverão ser protegidos não só nos Regulamentos de Transferência de jogadores mas também através de medidas como a possibilidade de assinar o primeiro contrato de trabalho por um período de cinco anos com jogadores das suas academias; a estipulação de um novo Período de Protecção para os atletas Sub-23; ou o aumento da percentagem de compensação recebida pelos clubes formadores.
- Mais tecnologia, melhor futebol. À semelhança do que acontece com outros desportos mundiais como o râguebi ou o ténis, o uso das novas tecnologias deve ser uma realidade no futebol. Como as equipas de arbitragem são compostas pelo menos por quatro elementos, o quarto árbitro poderia rever os lances recorrendo a imagens televisivas em situações como grandes penalidades mal assinaladas ou golos marcados em posição irregular.
- Impostos e competitividade. Sem deixar de tomar em linha de conta a actual recessão económica, vale a pena focar a perda de competitividade dos clubes portugueses face aos estrangeiros na contratação de jogadores ou na capacidade de manutenção nas suas equipas. Face às cargas fiscais díspares, existem dois caminhos a seguir: ou o reajusto interno dos impostos taxados com uma categoria especial para não-residentes, ou harmonizar o nível de taxas aplicadas por toda a União Europeia, tornando o futebol mais competitivo.
Por fim, a missiva revela que, “aceitando o desafio de continuar a trabalhar para o futuro do futebol”, o Clube decidiu promover uma Conferência Internacional com o tema “O futuro internacional do futebol – ameaças e desafios” em Dezembro de 2014.