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"Janela Aberta"

Por Jornal Sporting
20 Abr, 2017

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3620

"Janela Aberta”, não confundir com a revista de sátira que tinha um nome parecido e que, durante anos, esteve nos escaparates. Esta tinha autores bem identificados, uma linha editorial bem definida que não deixava dúvidas nem enganava ninguém. Já esta “Janela Aberta” tem contornos bem diferentes e já denunciados, mas…

A verdade é que a “Janela Aberta” continua a fazer esvoaçar a “cartilha” com as mais diversas entidades a assobiarem para o lado. Não deixa de ser curioso que o “director” da “Janela Aberta” seja mesmo proprietário da publicação, isto é, gere apenas um negócio em que edita esta publicação para um “cliente”. Não explica, porém, qual a amplitude do negócio nem divulga os nomes dos clientes, refugiando-se num sigilo profissional, num angélico respeito deontológico. 

Mas se um dos clientes está à luz de todos, concordará o leitor que, face ao que está em jogo, seria de interesse público conhecer os demais. Até porque o “director” continua a passar incompreensivelmente incólume no espaço mediático, protegido por um invisível manto protector e a ostentar o rótulo de independente. Nestas circunstâncias, é legítimo perguntar: Quem protege o autor da “Janela Aberta”? São clientes? É uma associação de interesses ocultos? São profissionais de jogo duplo? Serão alguns avençados com o rabo preso que, por um lado não podem perder o “subsídio” e, por outro, não querem ser desmascarados nos media em que actuam? Ou é um misto disto tudo?

Seja qual for a resposta, neste clima de guerrilha subversiva e com métodos poucos ortodoxos, o “gangue da cartilha” parece que sofreu de amnésia total. Uns não se lembram, outros nesta Guerra dizem não conhecer os seus interlocutores, chegando mesmo a afirmar que os emails que lhes são endereçados…são forjados!

Toda esta linha “editorial” da “Janela Aberta” tem potenciado um clima de crispação e violência, em que os últimos cânticos das claques fizeram, finalmente, soar os alarmes. Nesta história não há bons nem maus, todos os actos de violência e desrespeito são condenáveis. Mas também não podemos confundir o trigo com o joio. 

As claques que “não” existem mas que entoam os seus cânticos de forma bem audível nos jogos que as nossas equipas de andebol e futsal disputaram na Luz, evidenciaram uma crueldade reincidente e terrível. Não pode valer tudo! 

O facto é que um inocente, um adepto Sportinguista quando assistia à final da Taça de Portugal, foi assassinado através de um very light disparado por um adepto rival. Esqueçamos as cores clubísticas, aqui do que se trata é de um ser humano que foi barbaramente assassinado e deixou uma família destroçada. Não podemos por isso tolerar, custe a quem custar, que se festeje e celebre um assassinato com a complacência de responsáveis de clubes, entidades oficiais, sejam eles quais forem!

Os cânticos indecorosos da claque do clube rival não são de agora e foram veementemente condenados pelo Presidente do Sporting Clube de Portugal na época passada, após o jogo de futsal no Pavilhão da Luz. Além dos cânticos, ostentavam ainda uma tarja onde se regozijavam pelo terrível assassinato. Das entidades competentes pouco ou nada se ouviu e consequências… nenhumas. Do porta-voz do clube da Luz, em vez da condenação, uma publicação nas redes sociais em que apelidava o que se passou – e denunciado pelo Presidente Bruno de Carvalho – de “folclore”.

Vem aí o dérbi! É já no próximo sábado, trata-se apenas de um jogo e nada mais do que isso. É certo que este é um jogo especial, até porque é o “dérbi dos dérbis” e que comporta uma grande rivalidade, o que é salutar mas que não pode ultrapassar os limites do admissível.

Por isso, também nós aqui reforçamos a mensagem do Presidente Bruno de Carvalho deixada na Sporting TV, na passada segunda-feira, para que este dérbi seja uma festa. Que os nossos adeptos se preocupem apenas e tão só em serem o 12.º Jogador que galvaniza a nossa equipa para a vitória. Temos de dar uma demonstração de Sportinguismo através do nosso comportamento e atitudes, honrando os valores do nosso Clube. Se queremos melhorar o futebol, mais transparência, denunciar com legitimidade as irregularidades e o que está mal, não podemos fazer o mesmo que aqueles que condenamos. Vamos fazer do dérbi uma festa. E que ganhe o Sporting!

Boa leitura!