Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

Foto César Santos

"Voto claro na valorização de activos"

Por Jornal Sporting
02 Out, 2016

No discurso de abertura da Assembleia Geral do Sporting CP, Bruno de Carvalho lembrou que a tristeza do momento não pode interferir no juízo às contas em análise, da época 2015/2016

No discurso de abertura da Assembleia Geral que decorre no 3.º piso do Pavilhão Multiusos do Estádio José Alvalade, Bruno Carvalho começou por explicar que apesar deste não ser, considerado por muitos, o melhor momento para a realização de uma reunião magna, depois do empate em Guimarães, há que primar pela transparência. “É nestas alturas que temos de dar a cara., mesmo depois de um assombro que nenhum de nós esperava ou merecia. E de quem é a culpa? Da defesa? Da equipa toda? Do treinador? Do árbitro? Não vale a pena procurar culpados, basta o desalento. Direi que a culpa é minha. Não podemos ser só os líderes para as coisas boas. Temos de ter coragem e com cabeça fria tirar as ilações”.

O líder leonino pediu ainda que ficasse claro, dentro e fora do Clube, que apesar da reflexão necessária, mantém confiança total  no trabalho sério dos que querem colocar o Sporting no lugar de onde nunca devia ter saído. Compreende o estado de espírito da família Sportinguista, mas pede para que o apoio continue com a mesma paixão e fé. “Serão por isso recompensados”, garantiu Bruno de Carvalho.

“Quanto a mim, aceitarei as críticas e ataques que queriam fazer. O caminho para a excelência continua a ser perseguido. Continuarei a exigir isso até ao último dia que aqui estarei. Trabalhar para a recriação da alma de campeão que nos abandonou há mais de uma década. Tem que voltar. Vivemos uma maratona e não vamos desistir de a vencer. Não permitirei nenhuma atitude contra a equipa. Este é o preço a pagar para um clube com estatuto campeão.

Depois desta introdução, veio a entrada ao ponto de discussão da Assembleia Geral: as contas. Bruno de Carvalho começou por explicar, fazendo a ponte para a reunião magna da SAD, na passada sexta-feira, que os jogadores formados no Clube não têm valor activo, apresentando os casos de Rui Patrício, Adrien, Ricardo Esgaio, Matheus Pereira, entre outros como exemplo. O responsável máximos dos Leões também relembrou os jogos da época em que não permitiram a entrada do Sporting na Liga dos Campeões. “Erros grosseiros e golos marcados com a mão, com falhas directas e indirectas que significaram uma perda de 20 milhões de euros. Quanto ao famoso caso Doyen, quero dizer que temos o apoio oficial da UEFA, para não falar da punição que veio da FIFA. Ainda assim, temos uma provisão de 15 milhões para a possibilidade de perdermos o recurso. Que diferença seriam as contas apresentadas na SAD”, acrescenta.

Bruno de Carvalho termina o discurso aos sócios na abertura da AG reconhecendo que o desempenho da equipa de futebol costuma ter influência, embora nada tenha a ver. “Votando favoravelmente este orçamento, dão um voto claro na valorização dos activos, com venda pelo valor real e nos momentos certos e não para tonar as contas bonitas. É neste momentos de tristeza que devemos tomar as decisões certas e não por impulso. É altura para fazer o tira-teimas: de querer um Sporting CP complexado, bipolar e sem personalidade campeão ou mostrar que estamos de voltar. Que somos feitos de uma raça que nunca vergará. Que nunca deixará este de ser o grande e inigualável Sporting Clube de Portugal”, remata.