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Foto César Santos

Calma, Bas Dost resolve

Por Jornal Sporting
28 Out, 2017

Avançado holandês marcou aos 85' o único golo da partida no Estádio dos Arcos, carimbando um importante triunfo para o Sporting CP

É aquilo a que se chama na gíria a velha máxima do futebol: 'quem não marca, sofre'. Algo simples, fatal como o destino. Neste caso, fatal como Bas Dost - ou letal, se preferir (já leva 45 golos com a camisola verde e branca). Nós explicamos, caro leitor. É que numa partida que teve uma ponta final imprópria para cardíacos, devido à incerteza no resultado, Guedes chegou a ter nos pés aos 83' o golo do Rio Ave, mas atirou de forma incrível por cima da baliza de (São) Patrício (uma autêntica 'parede' ao longo dos 90 minutos). Na jogada seguinte, o goleador holandês respondeu com uma cabeçada fulminante a um cruzamento de Battaglia, que só parou (a bola, claro) nas redes da baliza de Cássio (85'). Um golo de raiva, que motivou festa rija dos Sportinguistas presentes nas bancadas do Estádio dos Arcos. Pudera, 1-0 no bolso para o Sporting CP, que anulou o domínio do adversário de forma pragmática, 'viola arrumada no saco' e siga para Lisboa com os três pontos. O resto, é música...

Comecemos pelo início. Com uma pressão a todo o campo, tentando sair a jogar a partir de trás, sendo o próprio guarda-redes Cássio o primeiro elemento de construção, cedo o Rio Ave assumiu as operações do encontro, perante um leão demasiado... tímido. Muito por culpa, também, da clara desvantagem no corredor central, já que os vilacondenses, com três homens no miolo, conseguiram 'dominar' a formação de Jorge Jesus, que se apresentou em Vila do Conde com Podence no apoio a Bas Dost - Battaglia começou no banco de suplentes.

Nesse sentido, os primeiros sinais de perigo foram dados por Rúben Ribeiro, que em apenas 20 minutos apontou a mira por quatro ocasiões à baliza defendida por Rui Patrício. Ainda assim, com mais vontade do que pontaria, diga-se. Se o jogo, por si só, já não 'corria de feição', pior ficou quando aos 27' Jérémy Mathieu lesionou-se e teve de ser substituído por André Pinto no eixo central da defensiva verde e branca.

Procurando ganhar a bola de forma rápida, o Sporting CP só à passagem da meia hora deu um 'ar da sua graça' (32'), quando Acuña interceptou um passe de Iuri Ribeiro e rematou sem aviso para a baliza contrária. A bola passou um pouco por cima da barra. A resposta do Rio Ave não tardou, já que João Novais, após uma boa jogada de entendimento no ataque, obrigou Rui Patrício a uma defesa fantástica, após um cabeceamento à queima-roupa.

Com pouco critério na circulação de bola e, com vários passes falhados, a formação leonina apenas assustou o conjunto contrário no primeiro tempo através de remates de fora de área ou de bolas paradas. Como aos 41', quando um canto na direita quase deu origem ao primeiro golo do Sporting CP, não fosse Bas Dost e André Pinto terem-se 'atrapalhado' na cara de Cássio.

Ao intervalo, Jorge Jesus tinha razões para estar preocupado. Talvez por isso, para a segunda parte promoveu a subida ao relvado de Battaglia por troca com Podence - Bruno Fernandes subiu no terreno, enquanto que o médio argentino tinha o papel de servir de 'tampão' a meio-campo. Uma troca que, por pouco, não teve resultados práticos imediatos, já que o camisola oito dos leões, solto de marcação, descobriu Bas Dost na área adversária, mas o holandês não conseguiu chegar a tempo de emendar o cruzamento.

Sem tempo a perder, o Rio Ave não se fez de rogado e voltou a assustar. Barreto levantou a cabeça e atirou uma 'bomba' que Patrício teve de ir buscar ao ângulo (47'). Pouco tempo depois, foi Guedes quem não aproveitou um excelente cruzamento de João Novais e, solto de marcação, permitiu o corte a Piccini (58').

Mesmo sem criar grandes oportunidades, os leões até chegaram ao golo contra a corrente do jogo (68'), mas o vídeo-árbitro anulou o lance por fora de jogo de Bruno Fernandes, que já festejava aquele que seria o primeiro da noite - um lance bem invalidado.

Sem perder tempo, o Rio Ave dispôs de mais duas oportunidades para inaugurar o marcador, mas tanto Rúben Ribeiro (um perigo à solta) como Guedes não conseguiram acertar no alvo (75' e 83'). Foi nesta altura que entrou em campo a velha máxima do futebol, como explicámos no início, por intermédio do inevitável Bas Dost, a acalmar o coração de milhares de Sportinguistas em Vila do Conde (1-0).

Sim, não era só o Liedson, Dost também resolve - valeu os três pontos para os leões pela terceira vez esta época (V. Setúbal, Feirense e agora Rio Ave). E de que maneira!