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Foto José Cruz

Francês meteu a mão no dérbi e agarrou um ponto para os leões

Por Jornal Sporting
25 Ago, 2018

Sporting CP esteve em vantagem, mas os encarnados levaram à divisão de pontos

Salin chegou a todo o lado, mas não conseguiu defender o cabeceamento de João Félix, já perto do fim, que estabeleceu o resultado final no dérbi lisboeta (1-1). Antes, um penálti de Nani, aos 63 minutos, deu esperanças aos leões, que saem da Luz em igualdade pontual com o rival (ambos com sete pontos).



Num dérbi recheado de acontecimentos – o que não significa que tenha sido especialmente bem jogado -, a figura do guarda-redes leonino emergiu como a mais decisiva em campo (e quem esperava?). Durante a primeira parte, o Benfica apenas criou oportunidades em lances de bola parada, ficando Rúben Dias (de canto) e Cervi (na sequência de um lançamento) perto de marcar, não fosse a oposição do guarda-redes verde e branco. José Peseiro preparou a equipa para pressionar a saída de bola encarnada, com Montero e Bruno Fernandes a encaixar nos centrais e um dos médios a encostar em Fejsa. A estratégia revelou-se eficaz, obrigando a turma de Rui Vitória a procurar Grimaldo e André Almeida para superar a primeira pressão contrária. Mesmo não tendo a iniciativa, o Sporting CP foi sempre uma equipa presente no meio campo ofensivo, aproveitando as perdas de bola do adversário para acelerar. Acuña, que jogou ao lado de Battaglia, mostrou que pode ser útil naquela zona do terreno e teve alguns momentos de associação com Bruno Fernandes ou Nani, além de Montero – excelente a utilizar o corpo para se impor aos centrais e dar continuidade. Raphinha, outra novidade na equipa, foi a solução utilizada para atacar o espaço, sobretudo nas costas de Grimaldo. Ao intervalo, ficava a ideia de que José Peseiro tinha conseguido surpreender Rui Vitória - provavelmente esperava que o Sporting CP se apresentasse com um bloco mais recuado.



O Benfica entrou para a segunda parte decidido a encostar os leões no seu meio-campo, sempre utilizando os corredores laterais para criar vantagens. Nesta fase, a turma de Peseiro ainda ia tendo fulgor para chegar ao ataque, não correndo muitos riscos e optando pelo jogo directo. Com menos de meia hora para o final, uma jogada frequentemente repetida na Luz originou um dos lances do encontro - Bruno Fernandes ganhou espaço para cruzar na direita e Rúben Dias fez falta sobre o solitário mas fundamental Fredy Montero. Nani, no regresso ao dérbi dos dérbis do futebol português, enganou Odysseas e colocou os verdes e brancos em vantagem. Rui Vitória lançou Seferovic e o 'menino' João Félix para reagir ao golo sofrido e, daqui em diante, só se jogou no meio-campo do Sporting CP. A estratégia imposta na primeira parte, que obrigou a deslocamentos longos por parte dos médios e dos extremos, fez-se sentir na recta final da partida, com os leões a evidenciarem menor capacidade para vencer duelos. Perante a dinâmica do ataque encarnado, José Peseiro fez entrar Petrovic para suportar os desgastados Battaglia e Acuña, incapazes de apagar 'todos os fogos'. Nas laterais, Ristovski e Jefferson iam sendo castigados pelos extremos adversários e o golo do empate confirmou essa tendência. Rafa cruzou à frente do lateral brasileiro e João Félix cabeceou nas costas do macedónio. Quem menos mereceu ir buscar a bola às redes foi Salin, que fez uma série de defesas monumentais para segurar a equipa. O ponto que os leões levam para Alvalade é de todos, mas é mais do francês que virou herói improvável do dérbi.