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Foto César Santos

À meia dúzia o bilhete da final foi mais barato

Por Jornal Sporting
20 Abr, 2018

Sporting CP garantiu o ingresso que dá acesso à discussão do título na UEFA Futsal Cup ao vencer o ETO Gyor por 6-1

Não há duas sem três, já dizia o provérbio. E com razão, pelo menos para o Sporting CP, que voltou a garantir esta sexta-feira o apuramento para a final da UEFA Futsal Cup, ao bater o ETO Gyor por 6-1, nas meias-finais da competição. Num encontro com duas partes distintas no pavilhão Príncipe Filipe, em Saragoça, os leões arrancaram a todo o gás, garantindo ao intervalo uma diferença de 5-0 no marcador, optando por gerir a vantagem, de forma inteligente, no segundo tempo. A discussão do título europeu está marcada para domingo, na mesma quadra, às 19h (hora de Portugal continental).

Apoio além-fronteiras

Os jogadores leoninos na quadra, o Grupo de Apoio às Modalidades do Sporting CP na bancada. É uma verdade inquestionável, tal como a conta matemática 1+1 são 2. Ou seja, não falham. Estão sempre presentes, mesmo que a final-four da UEFA Futsal Cup se dispute em Saragoça, a mais de 1.000 quilómetros do Pavilhão João Rocha, como é o caso.

"Nós acreditamos em vocês", gritaram a plenos pulmões centenas de Sportinguistas, minutos antes do pontapé de saída na partida, dando o estímulo que faltava para juntar à ambição de um título europeu que já tarda em chegar ao Museu do Clube.

"Uma curva belíssima, uma curva fantástica", ouviu-se também nas colunas de som do recinto desportivo, em altura de aquecimento das equipas, o que não deixou nenhum jogador do Sporting CP indiferente dentro da quadra. "Vamos, vamosssss!", gritaram quase em simultâneo João Matos e Pedro Cary, a meio de um exercício de activação. O aviso estava dado.

"Balizaaa, balizzaa", insistia o campitão leonino, batendo palmas de forma intensa para assinalar a mudança de ritmo. "Bem defendido", ripostou Marcão na baliza verde e branca, após a simulação de uma situação de 1x1 defendida de forma exemplar. O foco era total e nem a 'kiss cam' no cubo do pavilhão, que provocou muitas gargalhadas nas bancadas, desconcentrou os comandados de Nuno Dias.

Mão cheia ao intervalo

17h. Cardinal sai com bola. Pé direito, um bom prenúncio – como se viria a revelar. Ainda nem um minuto de jogo decorrido e o camisola 19 já tinha testado a atenção de Marcell, o guardião contrário. No fundo, o primeiro aviso para aquele que seria o primeiro golo da partida, concretizado através de um remate cruzado (e certeiro) de Merlim (56 segundos de jogo).

Cary esteve perto do segundo, pouco tempo depois, após um canto estudado de Merlim. O 'mago' não acertou a assistência à primeira, mas não falhou à segunda. Desta vez para Cardinal, que com um toque de classe fez o 2-0 (3'). Festa rija, pois claro, com epicentro no banco de suplentes leonino e muitas ‘réplicas’ na bancada.

A pausa técnica pedida pelo Gyor não surpreendeu. No entanto, corrigiram posicionamentos defensivos, subiram linhas e obrigaram o Marcão a duas defesas atentas. Dieguinho respondeu com um remate já quase sem ângulo, que passou a centímetros do poste esquerdo dos húngaros. O internacional brasileiro voltou a ter duas novas oportunidades à passagem do minuto 6', mas Marcell teimava em vencer o ‘duelo’ individual.

Perante um adversário bem trancado na sua defesa, Fortino até foi obrigado a tentar desbloquear o jogo com uma bicicleta acrobática, à moda de CR7 (9'). Com tanta insistência, só podia dar no terceiro do encontro: Merlim voltou a trabalhar na ala e assistiu com mestria Cardinal, que só teve de encostar ao segundo poste, para mais um da conta pessoal (11'). Menos de um minuto depois, o mesmo Cardinal voltou a dar nas vistas, respondendo a um passe longo com uma bola na barra de cabeça.

Cavinato também não quis ficar de fora da lista de marcadores e aproveitou uma assistência de Dieguinho para rubricar o seu nome (13'). A perder por 4-0 e sem nada a perder, o Gyor optou pelo 5x4, mas nem assim tiveram sucesso, já que na baliza Marcão esteve uma autêntica 'parede humana'. Mais: Diogo ainda fez o 5-0 aos 20', aproveitando a descompensação dos húngaros com um remate fácil para uma baliza deserta.

Gerir com tranquilidade

No segundo tempo, a diferença de qualidade entre as duas equipas voltou a ficar expressa na quadra. Não por golos, mas sim pela inteligência táctica demonstrada por parte dos jogadores do Sporting CP perante a ameaça húngara. Corria o minuto 22' quando Rolón incomodou a baliza verde e branca, mas atrapalhou-se e a bola acabou por sair pela linha de fundo num lance perigoso. Um minuto depois foi Sáhó a tentar fazer o gosto ao pé, embora sem a melhor direcção.

Aos 25' Dieguinho tentou o sexto da partida, mas errou o alvo. Recorrendo ao 5x4 a partir dos 26', o Gyor tentava a todo o custo minimizar os estragos. Já com André Sousa na baliza verde e branca, por troca com Marcão, Juanra viu o seu cabeceamento embater na barra (30'). A mesma sorte de Merlim, que aos 31' deixou um defesa sentado no chão, mas viu Marcell negar-lhe o golo com uma grande defesa, ou de Pany Varela, que dois minutos depois viu o seu forte remate ser desviado para canto.

Já depois de Rolón ter enviado uma nova bola ao travessão, Sáhó acabou mesmo por fazer o golo de honra dos húngaros aos 35', após uma desatenção defensiva dos leões. Nada que Dieguinho não tenha atenuado, com o 6-1 final aos 38'. Uma vitória incontestável do Sporting CP, que aproveitou a segunda parte para gerir a equipa para a final de domingo. E bem!

Destaque ainda para Merlim, considerado o MVP desta meia-final da UEFA Futsal Cup.