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Uma História. Uma ‘Religião’

Por Juvenal Carvalho
30 Jan, 2020

O Sporting CP tem mesmo uma História que não se apagará jamais

Nos tempos actuais, o que mais se fala é da devassa de um Mundo cada vez mais deficitário nos valores. No desrespeito entre pessoas. Na corrupção em que estão mergulhados vários sectores da nossa sociedade, e em que o desporto, e sobretudo o futebol, obviamente, não são excepção; é na História – na História imensa do nosso SCP – que muitas vezes me refugio para encontrar no alento do passado, algo que me faça tentar acreditar no futuro.

Cresci, e isto de ter passado o meio século de vida traz-nos ensinamentos e memórias positivas… a crescer – passe o pleonasmo, com um Sporting Clube de Portugal de pioneirismo. De ideias muito à frente. De ser mais do que o Clube de Carlos Lopes, de Joaquim Agostinho, de Manuel Fernandes, de António Livramento e de tantas outras lendas do Desporto português. De ser essencialmente o pioneiro em tanta questão desportiva, e sobretudo de valores sociais que perduram no tempo.

Sou, como costumo dizer à boca cheia, muito mais de um todo do que de idolatrar pessoas. Mas existe no Sporting CP a valia do reconhecimento e da gratidão, e eu não abdico disso. E para mim, nos tempos de João Rocha – Presidente entre 1973 e 1986 – que apanharam os meus anos de menino e de adolescente, vivi momentos inolvidáveis e o Sporting CP era para mim como que uma autêntica ‘religião’.

Com quanto orgulho eu vi, além de um somatório incrível de títulos e de eclectismo sem paralelo, com um número de atletas em todas as modalidades que jamais tivemos, o Clube ser pioneiro em tanta coisa. Jamais me esquecerei, e a História não se apaga, da viagem à China em 1978, nos tempos em que os dois países ainda não tinham sequer relações diplomáticas. Da viagem a Angola, no pós-independência deste país, com várias modalidades do Clube a deslocarem-se a Luanda, para gáudio de tantos Leões africanos. Da recepção, em 1984, do então presidente dos EUA, Ronald Reagan, na Casa Branca, ao presidente João Rocha acompanhado do campeão Carlos Lopes.

Apagar estes tempos não consigo. O Sporting CP tem mesmo uma História que não se apagará jamais. Que nós, os actuais, e os vindouros, interiorizemos tudo isto. Este pioneirismo. Este reconhecimento. Esta imagem de marca de uma Instituição como o Sporting CP, não poderá ser apagada jamais. Não temos que estar todos a pensar e a defender um caminho de ‘carneirismo’. O que temos é de defender o essencial. E o essencial chama-se Sporting Clube de Portugal. Tudo o resto é acessório e passa. 

Até nós!