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Olhar em frente

Por Miguel Braga*
28 Jan, 2021

Sobre uma ou outra voz que continua a ter dificuldades em digerir estas vitórias do Sporting CP, recordemos as palavras de Sófocles: “apenas o tempo revela o homem justo; basta um dia para pôr a nu um pérfido”

Depois da vitória frente ao FC Porto, foi a vez do Sporting CP medir forças com o SC Braga, no Estádio Municipal de Leiria, o palco da final da Allianz Cup. Antes do jogo começar, nota muito positiva para a cerimónia digital apresentada pela LIGA Portugal, dignificando o momento, fazendo esquecer, por momentos, as particularidades impostas pela pandemia que vivemos e que mudou o nosso dia-a-dia.

A vitória foi justa, inequívoca e merecida. Entrámos em campo com três jogadores com idade júnior, num total de seis made in Sporting: falamos de Nuno Mendes, Gonçalo Inácio e Tiago Tomás, por um lado, e de João Palhinha, João Mário e Jovane Cabral, por outro. Foi também a vitória de um modelo implementado no Sporting CP há cerca de dois anos e que tem na Formação uma das suas grandes apostas.

De realçar, o facto de esta ter sido uma conquista com o treinador que na época passada ganhou esta competição por outro clube e que foi uma aposta clara do Sporting CP há menos de um ano. Não vale a pena recordar o que se disse e escreveu na altura, convém sim reforçar que esta foi uma (boa) decisão impactante no presente e futuro do Sporting CP.

Esta foi também a terceira Taça conquistada na era pós-Alcochete. Um importante marco para o Clube e prova da resiliência Leonina. E agora, é altura de continuar a trabalhar. E olhar em frente e continuar a pensar única e exclusivamente no próximo jogo. É sempre este que queremos vencer. Mas regressando ainda ao palco de Leiria, uma palavra de apreço também para a exibição imaculada de Sebastián Coates, o nosso “El Patrón”, exemplo dentro e fora do campo e peça fundamental no centro da defesa desenhada pela equipa técnica. Dois momentos ainda para mais tarde recordar: os jogadores a cantarem “O Mundo sabe que” no regresso a Lisboa e a voz da experiência de Luís Neto na conferência de imprensa pós-jogo.

E tal como Rúben Amorim disse nos dias seguintes à conquista, “foi um título muito bom, com um sabor muito importante naquele dia. Hoje não sabe a nada”. E a resposta da equipa foi, mais uma vez, positiva, com uma exibição personalizada num campo sempre complicado. Além do mais, este Boavista FC tem, nos dias de hoje, ao comando da equipa, um dos treinadores portugueses mais experientes e um leque de jogadores com currículo para dar e vender, como são os casos de Javi Garcia e Adil Rami. Para a história fica mais um golo de Nuno Santos – a fazer a sua época mais goleadora, com seis golos – e uma verdadeira obra-prima do lateral todo-o-terreno, Pedro Porro, num remate intencional, forte e colocado. 

Sobre uma ou outra voz que continua a ter dificuldades em digerir estas vitórias do Sporting CP, recordemos as palavras de Sófocles: “apenas o tempo revela o homem justo; basta um dia para pôr a nu um pérfido”.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal