​Leoas com deslocação a casa do SC Braga marcada para este domingo (11h00)

A equipa feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal desloca-se este domingo (11h00) ao Estádio Municipal 1.º de Maio, casa do SC Braga, para disputar a 16.ª jornada da Liga BPI.

Na antevisão ao duelo, que vai colocar frente-a-frente as duas equipas que partilham o segundo lugar, com 35 pontos, a treinadora Mariana Cabral preferiu direccionar os holofotes para as suas jogadoras, que vêm de dois triunfos sem qualquer golo sofrido contra Amora FC e SCU Torreense, após a paragem de cerca de um mês para os compromissos das selecções nacionais.

"Sabemos que neste momento temos de estar focadas em nós, na nossa equipa. Reintegrámos as jogadoras, reforçámos algumas coisas que não estavam tão frescas, o que é normal, e integrámos também algumas jovens da formação, que são os nossos reforços”, começou por afirmar a técnica aos meios de comunicação do emblema verde e branco, prosseguindo depois.

“Estreámos a Rita Almeida no último jogo com 16 anos e a Maísa [Correia], que já se tinha estreado, 'bisou' e foi a melhor em campo, sendo que tem também 16 anos. Temos uma equipa muito jovem e, portanto, temos de crescer. Estamos a melhorar e a evoluir e é nesse caminho que temos de continuar", sublinhou a treinadora.

Quanto ao encontro frente às bracarenses, que na primeira volta conseguiram vencer por 1-2 em Alcochete, Mariana Cabral disse esperar "um jogo muito disputado”, mas garantiu que as jogadoras estão “completamente prontas" e indicou a receita necessária para alcançar o triunfo.

“Terá de ser um Sporting CP muito fiel a si próprio. Não nos podemos desviar daquilo que mais nos dá vantagem, ou seja, dominar o jogo, ter a bola e não passar muito tempo sem ela. É isso que vamos tentar fazer", realçou, destacando ainda assim a “excelente equipa” do adversário: "O SC Braga tem os mesmos pontos que nós na tabela e, por isso, vai ser um jogo importante".

A líder verde e branca considerou também que este encontro, apesar de poder isolar uma das equipas na segunda posição da tabela classificativa, não será decisivo, até porque “ainda há muito campeonato para jogar” e, por isso, o Sporting CP pensa apenas “num jogo de cada vez”.

"Vamos a Braga com a ideia de ganhar, mas os jogos têm sido muito equilibrados nesta segunda volta. As equipas precisam de pontos, todas elas, e cada jogo é um jogo. Temos de ir muito focadas naquilo que podemos fazer, porque a vitória em qualquer jogo, até final, não será fácil".

Já a extremo Leonina Ana Teles, mostrou-se satisfeita com o bom momento que a equipa atravessa, depois das vitórias alcançadas frente a Amora FC e SCU Torreense. "Fizemos bons jogos, experimentámos coisas novas, estreámos jovens e acho que foram duas vitórias importantes antes de um jogo como este. Estamos preparadas para o SC Braga”, sublinhou.

A jovem de 22 anos, que chegou ao Sporting CP na época passada vinda das minhotas, garantiu que as jogadoras estão “muito unidas e determinadas”, esperando um “bom jogo”. “Os jogos em Braga nunca são fáceis. O adversário é muito aguerrido e o campo é grande, mas podemos fazer o nosso jogo. O que importa são as nossas ideias, estamos focadas em nós", assegurou.

Ana Teles comentou ainda o facto de as duas equipas estarem em igualdade pontual. “Quando estamos no Sporting CP queremos sempre estar à frente. Ganhando ultrapassamos o SC Braga e é esse o nosso objectivo”, disse a atacante, abordando em seguida as cinco assistências que leva na presente temporada, duas delas no último jogo. “Esta época consegui ganhar um bocadinho mais o meu espaço e afirmar-me na equipa, tenho ajudado sobretudo com assistências. O mais importante é que o meu rendimento seja sempre em prol da equipa".

​Treinadora realçou a forte presença de jogadoras da formação contra o Amora FC

Confirmado o triunfo sobre o Amora FC por 3-0, em partida da 15.ª jornada da Liga BPI, a treinadora Leonina Mariana Cabral analisou a partida, considerando ter visto um “jogo positivo” da sua equipa, especialmente pela forma como esta conseguiu “criar muitas situações de golo”.

“Não estivemos tão bem a concretizar as oportunidades, pois ainda demorámos algum tempo a conseguir marcar, mas o mais importante e o que me deixou mais feliz hoje foi ver a qualidade da nossa formação e ver a Maísa Correia marcar dois golos. Foi a primeira vez que marcou pela equipa principal esta época, depois de já se ter estreado”, começou por afirmar à Sporting TV.

“Também foi bom ver a Rita Almeida estrear-se na equipa A, uma jovem que está no Sporting CP desde as sub-13. É importante o ADN do Clube estar representado pela formação e foi bom juntar esses factores e ver a equipa corresponder”, frisou a técnica, destacando a estreia da reforço Leah Scarpelli, que “chegou numa altura de pré-época pois esteve muito tempo parada”. 

Mariana Cabral foi depois convidada a olhar para os próximos jogos, que vão colocar as Leoas frente-a-frente com SC Braga e SL Benfica, mas preferiu direccionar o foco para a sua equipa.

“Olhamos muito mais para nós do que para fora e para o próximo adversário. Precisamos de melhorar, o Sporting CP precisa de crescer e de integrar estas jovens que são os nossos reforços, até porque temos algumas jogadoras que não estão aptas. Ainda assim, há outras de qualidade que têm dado boa resposta e estamos preparadas para o próximo jogo. Nesta segunda volta queremos conquistar o máximo de pontos possível e isso passa por conseguir vencer em Braga”.

Já Maísa Correia, jogadora de apenas 16 anos que entrou aos 65 minutos e ainda foi a tempo de bisar, na estreia a marcar na presente temporada pela equipa principal, mostrou-se satisfeita.

“A equipa esteve bem durante a primeira parte, tivemos bastantes oportunidades mas não conseguimos concretizar. Já na segunda metade, mantivemos o ritmo e fizemos mais golos”, apontou a jovem Leonina, muito feliz pelos dois golos que assinou. “Não tenho palavras, é um orgulho marcar por este Clube. Senti-me muito bem e é sempre bom poder ajudar a equipa”. 

​Leoas vencem Amora FC por 3-0 em jogo de sentido único

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu o lanterna-vermelha Amora FC por 3-0, este domingo, em encontro da 15.ª Jornada da Liga BPI.

Sem poder contar com as lesionadas Brenda Pérez e Cláudia Neto, e com as habituais titulares Diana Silva e Ana Borges no banco, as Leoas apresentaram-se no Estádio Aurélio Pereira, em Alcochete, com três alterações no onze. Destaque para a estreia de início da central de 20 anos Sofia Silva, além das entradas de Ana Capeta e também da avançada de 17 anos Maria Ferreira.

No frente-a-frente com um adversário que somara apenas uma vitória em 14 jogos, conseguida na última jornada frente ao CA Ouriense, e que tinha saído derrotado no jogo da primeira volta por 0-8, esperava-se um Sporting CP dominador e foi isso mesmo que se viu. A formação verde e branca fixou-se desde cedo no meio-campo ofensivo, perante o bloco recuado do Amora FC.

Numa primeira parte de sentido único, em que a guarda-redes Hannah Seabert foi uma mera espectadora, as Leoas beneficiaram de inúmeras oportunidades. Na primeira, Chandra Davidson teve tudo para facturar numa bola perdida na área na sequência de um canto, mas rematou por cima, ao que se seguiram novas tentativas de Ana Capeta, por duas vezes, e Rita Fontemanha.

Aos 36 minutos, depois de várias ameaças, chegou mesmo o golo. Lançada nas costas da defesa contrária por Ana Teles, Ana Capeta contornou a guarda-redes Andreia Neves e, com toda a calma do mundo, atirou para o fundo das redes. Foi o décimo golo da internacional portuguesa esta época, ela que conseguiu ultrapassar pela primeira vez a muralha defensiva do Amora FC.

Na recta final da primeira parte, a toada dominadora por parte do Sporting CP manteve-se, sem que as opositoras se mostrassem muito incomodadas. Assim, foi sem surpresa que, já depois de Ana Teles também ter tirado as medidas à baliza, a turma da casa ficou perto do 2-0 quase em cima do intervalo, com Maria Ferreira a aparecer na área e a cabecear a centímetros do poste.

No regresso para a segunda parte, nada mudou. As Leoas continuaram a dominar em toda a linha, sem dificuldades de maior, e somaram várias oportunidades para dilatar a vantagem. Logo no arranque, a central Bruna Lourenço quase confirmou o segundo golo da manhã, na sequência de um canto, mas o cabeceamento esbarrou em Eleia Vieira, que fez o corte já em cima da linha.

À passagem da hora de jogo, surgiram as primeiras alterações. Maísa Correia (16 anos) e Maiara Niehues (18 anos) foram lançadas, após Eleia Vieira ter negado novamente o segundo golo das Leoas em cima da linha, sendo que foi Maísa Correia a fazer o 2-0. Aos 71 minutos, a jovem finalizou um cruzamento de Chandra Davidson, estreando-se a marcar pela equipa A esta época.

Depois, foi a vez de Inês Gonçalves, Rita Almeida (16 anos) e a reforço de Inverno norte-americana Leah Scarpelli também irem a jogo, com as duas últimas a cumprirem assim a estreia de Leão ao peito. O 3-0 chegaria de forma natural logo a seguir, aos 82 minutos, com Ana Teles a dar nova assistência, para o cabeceamento de Maísa, que bisou e fechou o marcador em 3-0.

As Leoas, que mantêm assim a segunda posição com os mesmos 35 pontos do SC Braga, voltam a jogar dentro de uma semana, no dia 19 de Março, na visita às bracarenses, para a 16.ª ronda.

Sporting CP: Hannah Seabert [GR], Sofia Silva, Bruna Lourenço, Fátima Dutra (Leah Scarpelli, 74’), Joana Martins (Rita Almeida, 81’), Rita Fontemanha [C] (Maiara Niehues, 65’), Andreia Bravo, Ana Teles, Chandra Davidson, Ana Capeta (Inês Gonçalves, 74’) e Maria Ferreira (Maísa Correia, 65’).

Sporting CP recebe este domingo (11h00) o Amora FC

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal recebe, este domingo, às 11h00, o Amora FC em jogo da 15.ª jornada da Liga BPI.

A formação adversária ocupa a 12.ª posição da tabela, tendo apenas uma vitória, alcançada na última jornada, mas Mariana Cabral não espera facilidades acreditando que seja um jogo semelhante ao da ronda anterior diante do SCU Torreense.

“Esse jogo não foi fácil e acho que a sequência de jogos que vamos ter até ao final vai ser assim: vão ser sempre jogos difíceis e competitivos porque todas as equipas precisam de pontos e o campeonato está a acabar. Além disso, o Amora FC também mudou de treinador, tem reforços e será uma equipa diferente daquela que encontrámos na primeira volta. Com o SCU Torreense deixámos o jogo ir para um sítio que não queríamos, fomos pouco eficazes, e temos de corrigir isso para não voltar a acontecer. Temos de ser mais eficazes nas ocasiões que criamos, também para vencermos o jogo”, começou por dizer a treinadora na antevisão à partida, reforçando: “O jogo da primeira volta não serve de exemplo pelas mudanças que houve e porque o Amora FC agora tem jogadoras como a Mafalda Marujo e a Sara Granja, jogadoras com experiência e maturidade, que acrescentam qualidade. A equipa está renovada, com fôlego novo e diferente da primeira volta. Estamos alertadas e avisadas para isso e vamos levar este jogo com a máxima seriedade para vencermos”.

“O Amora FC não tem obrigações nenhumas, já nós somos o Sporting CP e temos sempre a obrigação e a exigência de sermos sempre melhores, termos mais qualidade, criarmos mais ocasiões e marcarmos mais e é nisso que estamos focadas”, sentenciou Mariana Cabral.

Andreia Bravo também fez a antevisão ao encontro, partilhando da opinião da treinadora verde e branca: “O Amora FC reforçou-se e vem motivado depois da vitória, mas nós temos de fazer o nosso trabalho e dar o nosso melhor”.

A médio, formada no Sporting CP, soma 15 jogos na equipa principal Leonina e diz-se a evoluir, justificando que tem de continuar assim para continuar a merecer a confiança da equipa técnica: “A época está a correr bem, tenho trabalhado bem e evoluído muito com as minhas colegas e é um privilégio partilhar o balneário e o campo com jogadoras como a Cláudia Neto, a Ana Borges ou a Ana Capeta. Cabe-me continuar a trabalhar para continuar a jogar e a ajudar a equipa”.

​Técnica satisfeita após a vitória diante do SCU Torreense

No rescaldo do triunfo deste domingo sobre o SCU Torreense (1-0), em jogo da 14.ª jornada da Liga BPI, a treinadora Leonina Mariana Cabral analisou a partida, considerando que as Leoas “entraram bem no jogo e fizeram uma primeira parte mais bem conseguida do que a segunda”.

“Tivemos oportunidades de golo, mas demorámos a ser eficazes e isso dá sempre algum alento aos adversários, que quando vêm cá tentam fechar a baliza e evitar ao máximo o golo. Depois do 1-0 voltámos a ter mais ocasiões, mas não foi fácil sem o 2-0 pois não conseguimos fechar definitivamente o jogo e o resultado ficou sempre em aberto”, começou por dizer à Sporting TV.

“As jogadoras estiveram muito bem, sendo que algumas ainda estão cansadas das selecções nacionais. Neste período de paragem carregámos um pouco na intensidade dos treinos e elas ressentiram-se um pouco disso, mas foi calculado. As jogadoras estiveram bem”, acrescentou.

Mariana Cabral recordou depois que o facto de o SCU Torreense ter apresentado diversos reforços e uma equipa técnica nova, factor que dificultou a preparação da equipa para este jogo.

“Não sabíamos o que íamos encontrar, mas estivemos bem tendo em conta o contexto. Conseguimos ter algumas coisas boas, outras na segunda parte nem tanto, mas mesmo no que não foi tão bom demonstrámos muito mais maturidade e calma do que noutros jogos em casa em que acabámos por sofrer no último minuto, algo que já nos aconteceu três vezes esta época”.

A treinadora destacou ainda alguns desempenhos individuais. “Tivemos excelentes exibições de jogadoras como a Fátima Dutra, que esteve muito bem, e a Hannah Seabert também, que acabou por ter uma defesa muito importante no final do jogo”, frisou, antes de referir que o objectivo da equipa passa agora por “fazer uma segunda volta melhor em relação à primeira.”

A fechar, Mariana Cabral abordou a paragem de cerca de um mês que terminou agora, apontando que esta “ajudou a equipa em termos psicológicos” para enfrentar o que aí vem.

“Fizemos um reset e voltámos ao início, ao que precisamos de fazer em termos ofensivos e defensivos, além da integração das nossas jovens, o que é muito importante. Tivemos mais de metade do plantel nas selecções e foi necessário ter aqui o ADN Sporting, que é a sua formação. A Maria Ferreira entrou muito bem e a Andreia Bravo tem sido titular, sendo que todas estas jovens fazem parte do projecto do Clube, que é a aposta na sua formação, tal como temos feito”.

Já Fátima Dutra, ala Leonina que marcou o golo da vitória, mostrou-se satisfeita com o desfecho do encontro. “Estivemos melhor na primeiro parte do que na segunda, mas o resultado positivo é sempre muito importante. Parabéns à equipa, que deu o máximo até ao final”, afirmou a brasileira, que apesar de visivelmente feliz pelo golo, preferiu valorizar o trabalho colectivo.

“É sempre muito importante marcar e poder ajudar a equipa. Fico feliz pelo golo, mas a jogada começou lá atrás e, portanto, foi um trabalho de toda a equipa, eu só finalizei”, sublinhou. 

​Leoas batem SCU Torreense com golo de Fátima Dutra (1-0)

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu este domingo o SCU Torreense por 1-0, no Estádio Aurélio Pereira, em jogo da 14.ª ronda da Liga BPI.

No regresso à competição após cerca de um mês de paragem, em que metade do plantel esteve ao serviço das respectivas selecções, as Leoas apresentaram-se no relvado de Alcochete com duas alterações em relação ao último onze. Rita Fontemanha e Alícia Correia regressaram às opções iniciais, enquanto Isabel Cardoso, defesa de apenas 18 anos, estreou-se nas convocadas.

Numa tarde em que a chuva disse presente, a equipa de arbitragem e as capitãs entraram em campo com camisolas alusivas à campanha ‘O assédio não tem lugar no Desporto – Denuncia’, apoiada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), momento que antecedeu uma primeira metade equilibrada, com o Sporting CP a ter mais posse de bola mas sem criar muitas ocasiões.

Ana Teles foi a primeira a criar perigo logo aos dois minutos, num remate à meia-volta que passou ligeiramente por cima da barra, só que depois o conjunto de Torres Vedras conseguiu fechar os caminhos para a sua baliza e também podia ter marcado, já com 25 minutos, na sequência de um contra-ataque que terminou com uma excelente parada de Hannah Seabert.

Apesar dos bons argumentos defensivos das visitantes, que contaram com várias ex-Leoas (Ana Rita Oliveira, Matilde Figueiras, Margarida Sousa, Neuza Besugo e Mariana Rosa, esta última emprestada), o maior ascendente verde e branco acabou por justificar o 1-0, aos 31 minutos, por Fátima Dutra. A ala iniciou a jogada junto ao meio-campo, combinou com Diana Silva e esta devolveu à brasileira, que entrou de rompante na área e atirou certeiro, marcando à ex-equipa.

A vencer por 1-0, as Leoas intensificaram a pressão e podiam ter dilatado a vantagem até ao tempo de intervalo. Primeiro, Chandra Davidson apareceu junto à linha de fundo a rematar ao poste, e depois foi Diana Silva a disparar para defesa segura da guarda-redes rival. Ainda assim, o SCU Torreense também conseguiu criar perigo, com Lara Pintassilgo a testar Hannah Seabert.

No regresso dos balneários, voltou a assistir-se a um duelo muito discutido de parte a parte, com a única ocasião nos primeiros 15 minutos a pertencer a Diana Silva, que disparou à figura após contra-ataque na direita de Chandra Davidson (também ex-SCU Torreense), ela que pouco depois foi a eleita para a primeira alteração, acabando substituída no ataque por Ana Capeta.

O encontro era disputado maioritariamente no meio-campo e sem grandes desequilíbrios, no entanto o Sporting CP controlava as operações e esteve sempre mais perto de marcar. Já com Maria Ferreira em campo, Ana Capeta atirou forte mas ao lado, e Diana Silva falhou o desvio à boca da baliza após cruzamento da direita, antes de nova situação em que cabeceou para fora.

Já no decorrer do tempo de compensação, o SCU Torreense também assustou com um potente remate de fora da área, na única oportunidade de que dispôs em toda a etapa complementar, mas a guarda-redes verde e branca Hannah Seabert agigantou-se entre os postes e segurou a vantagem mínima, que se manteve até final, ficando confirmada a conquista dos três pontos.

As Leoas, que com este resultado voltaram a igualar o SC Braga no segundo lugar da tabela com 32 pontos, voltam a jogar no próximo sábado, dia 11 de Março, em casa frente ao Amora FC.

Sporting CP: Hannah Seabert [GR], Ana Borges [C], Bruna Lourenço, Alícia Correia, Joana Martins (Maria Ferreira, 73’) Rita Fontemanha, Andreia Bravo, Fátima Dutra, Ana Teles, Chandra Davidson (Ana Capeta, 61’) e Diana Silva (Inês Gonçalves, 90+1’).

​Leoas recebem o SCU Torreense este domingo no regresso à competição

Ana Borges, Diana Silva e Ana Capeta falaram aos meios Leoninos

Foi escrita mais uma página de História no futebol feminino em Portugal: pela primeira vez, a selecção nacional marcará presença na fase final de um Campeonato do Mundo. O sonho vai tornar-se realidade, este Verão, num Mundial organizado pela Austrália e pela Nova Zelândia e no qual Portugal já sabe que estará inserido no grupo E com Vietnam, Países Baixos e Estados Unidos da América, actuais bicampeãs em título. 

Para lá chegar, a equipa portuguesa teve de percorrer um exigente percurso de 13 jogos e ao longo do qual foram seis as jogadoras do Sporting CP que contribuíram para o feito inédito: Bruna Lourenço, Alícia Correia, Joana Martins, Ana Borges, Ana Capeta e Diana Silva, sendo que as três últimas estiveram ainda no jogo decisivo em que, na passada quarta-feira, Portugal garantiu o apuramento com uma vitória, já em período de descontos, por 2-1 frente aos Camarões.

Já de regresso a Lisboa, as seis Leoas foram homenageadas em pelo Estádio José Alvalade, antes do apito inicial no encontro entre Sporting CP e GD Estoril Praia da última segunda-feira, e receberam um galardão das mãos de Frederico Varandas, presidente do Conselho Directivo.

Por sua vez, Ana Borges, Diana Silva e Ana Capeta foram as porta-vozes Leoninas para abordar este momento histórico e falaram aos meios de comunicação do Sporting CP, quer para destacar a relevância do feito, quer para enaltecer o papel do emblema de Alvalade na evolução do futebol feminino em Portugal.

Ora, para Ana Borges, capitã das Leoas e a jogadora mais internacional de sempre por Portugal (155 internacionalizações), este momento significa o "culminar" do trabalho feito por muita gente, por várias entidades e diversas gerações de jogadoras.

"Fomos a equipa que em todo o mundo fez mais jogos para chegar ao Mundial. Já estivemos em dois Campeonatos da Europa e faltava-nos o Campeonato do Mundo, ou seja, estar entre as melhores do mundo. É uma mais-valia para o nosso país e é o fruto do trabalho que está a ser feito aqui pelos clubes, pela Federação [Portuguesa de Futebol] e as Associações [de Futebol]. Ao fim e ao cabo, é o culminar de mais uma grande época", reflectiu, continuando. 

"É também o trabalho das gerações passadas. Se não fossem elas, se calhar nem estaríamos aqui. Claro está que as gerações futuras vão ter ainda uma maior responsabilidade. As anteriores abriram-nos as portas, nós abrimo-las um pouco mais e agora no futuro têm de ser elas", sublinhou.

Ana Borges foi uma das Leoas que esteve no jogo decisivo, na Nova Zelândia, e admitiu que “ainda não acredita” no que foi alcançado, antes de recordar todas as emoções do encontro: "Fez-se eterno, porque pudemos acabar com o jogo logo nos primeiros minutos, mas também não seríamos nós se não dessemos aquele 1-1 aos 89 minutos. Depois, quando a árbitra apitou para o fim, acho que a festa foi ainda maior, porque sofremos. Sofremos para estar lá, mas isso faz parte do futebol".

Por outro lado, a experiente ala Leonina de 32 anos sublinhou o peso do Sporting CP no desenvolvimento de várias das jogadoras que actualmente compõe a selecção. "Somos seis neste momento, mas se olharmos para a selecção nacional são muitas as que já passaram por aqui. É fruto do trabalho que está a ser feito no Sporting CP e nada disto seria possível se nós não tivéssemos, no nosso dia-a-dia, esse trabalho, essa vontade e essa disponibilidade com a equipa e os treinadores. No Sporting CP somos 25 [jogadoras] e se não forem elas a ajudarem-nos a treinar também não estaríamos preparadas para isto", reconheceu, por fim.

Também Diana Silva, avançada Leonina, realçou que "este percurso não foram só estes 13 jogos, é um trabalho de vários anos e de muita gente".

"É com muita felicidade que posso dizer que vou a um Mundial e é a primeira vez. É um orgulho imenso pertencer a este grupo que vai poder estar num Mundial. Mais do que um sonho, agora isto torna-se um objectivo para nós e para as atletas que se seguem. Espero que daqui para a frente podamos ir cada vez mais longe", atirou a goleadora, que contribuiu com cinco tentos na fase de qualificação, destacando-se como uma das melhores.

Depois, além de enaltecer e agradecer a homenagem feita pelo Sporting CP, em Alvalade, às seis Leoas internacionais, Diana Silva reforçou o “bom trabalho” que tem sido feito no emblema verde e branco desde que iniciou o projecto feminino em 2016.

"Foi com muita alegria que recebemos a notícia de que íamos ser homenageadas pelo Sporting CP e ficamos muito felizes pelo gesto", disse, acrescentando: "O Sporting CP é um clube que apostou e aposta no futebol feminino e está a ter frutos. São muitas as atletas do Sporting CP e que por cá passaram que agora representam a selecção e isso é sinal de que está a ser feito um bom trabalho".

Por sua vez, a avançada Ana Capeta começou por fazer um balanço da exigente fase de qualificação atravessada por Portugal. "Foram jogos complicados e fomos a selecção que fez mais jogos para chegar ao Campeonato do Mundo, mas acima de tudo o grupo colocou máximo empenho e este era um sonho de todas as jogadoras", destacou, antes de expressar “a emoção muito grande” que a tomou aquando do apito final.

"Fiquei mesmo muito feliz, não só por mim, mas também por todas as colegas de gerações anteriores que sempre lutaram por algo assim. Isto é bom para todas e trabalhamos cada dia para sermos cada vez melhores e termos cada vez melhores condições", frisou Ana Capeta, que também fez questão de referir que "o Sporting CP tem feito um excelente trabalho”. 

“Tem apostado na formação e nós temos plena noção de quantas jogadoras do Clube representam as várias selecções. É sinal de que estamos a apostar forte e coisas melhores estão por vir", apontou, finalmente.

Dirigente comentou apuramento para o Mundial

No seguimento da qualificação da selecção nacional feminina de futebol para o Campeonato do Mundo, Tomaz Morais reagiu e mostrou-se muito satisfeito com o feito alcançado pelo grupo onde se incluem Ana Borges, Ana Capeta e Diana Silva, jogadoras do Sporting Clube de Portugal.

"É, realmente, extraordinário. É um momento incrível, inédito e fantástico. Dou os parabéns à Federação Portuguesa de futebol, à selecção, ao staff técnico, ao seu corpo de dirigentes e, acima de tudo, às jogadoras, que têm feito um percurso incrível e que conseguiram este feito num momento em que o futebol feminino vai ganhando cada vez mais força em Portugal. Este momento representa um crescimento gradual, sustentado. A qualidade que se vê hoje, não só na formação como também nas equipas seniores, é cada vez maior e culmina nesta qualificação histórica. Vai trazer mais responsabilidade, mas é um momento de festa e de alegria. Todos os clubes e todos aqueles que pouco ou muito dão à causa do futebol feminino têm de estar contentes e festejar bem porque merecem. Precisamos disto no desporto português", começou por dizer o director do futebol de formação do Sporting CP aos meios de comunicação Leoninos.

Tomaz Morais revelou que esteve "a acompanhar o jogo e a sofrer, principalmente com as três jogadoras do Sporting CP", das quais falou: "A Ana Borges é capitã e figura mítica do Sporting CP, que respeitamos muito. Sei a vontade que ela tinha que Portugal conseguisse este passo que faltava. Ela personalizava muito essa vontade. A Diana Silva e a Ana Capeta são jogadoras extraordinárias e merecem por inteiro. Representam-nos nesta qualificação e representam tudo o que o Sporting CP tem vindo a fazer no crescimento do futebol feminino, tanto na formação como a nível estrutural para que elas se divirtam. As três foram dignas representantes do Sporting CP neste feito e fico muito satisfeito por elas. Espero que elas também estejam no Mundial e que outras jogadoras do Sporting CP o possam ambicionar. Que treinem, que se dediquem e que se esforcem para terem o seu lugar".

Lembrando também as várias gerações de jogadoras que trabalharam para que, hoje, esta equipa consiga um lugar na elite máxima da modalidade ("É um dia especial para elas porque é através do legado delas que Portugal consegue estar presente no Mundial"), Tomaz Morais falou sobre o impacto que o apuramento pode ter para o futebol feminino.

"Com o número de praticantes a subir claramente e com a imagem do futebol feminino a passar de uma forma muito boa, este Mundial pode elevar ainda mais o crescimento da modalidade em si naquilo que é a procura, o interesse, a chegada de novos sponsors e de mais receitas para os clubes investirem. Tudo isso tem de crescer e claro que a presença num Mundial é um meio muito importante. Aqui, no Sporting CP, vamos ter isso em consideração", referiu.

Por fim, Tomaz Morais reforçou que se olha "com carinho e orgulho para o crescimento do futebol feminino", mas que todos querem "muito mais". "Isso também passa por sabermos desfrutar deste momento, principalmente as jogadoras. É magnífica como as vemos com muita entrega e intensidade em cada jogo. São quem mais merece juntamente com toda a estrutura envolvente. Fizeram história", concluiu.

Declarações depois do dérbi feminino

No final da derrota da equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal contra o SL Benfica por 2-4, Pedro Alegria analisou o encontro.

"Na primeira parte, quase anulávamos a desvantagem [na eliminatória] tendo em conta as oportunidades que tivemos. O SL Benfica marcou e voltou a marcar no início da segunda parte. Empatámos de seguida e sabíamos que ia ser difícil. Tivemos uma semana complicada com jogadoras condicionadas, o que não facilitou o nosso trabalho. A nossa resposta foi boa e estamos cada vez mais competentes em minimizar coisas em que não estávamos tão bem. Não nos importávamos de jogar todas as semanas com equipas mais fortes", começou por dizer o treinador aos jornalistas, continuando.

"Se tivéssemos sido mais eficazes tinha sido um resultado de hóquei em patins. O SL Benfica foi muito mais eficaz do que nós e pagámos caro por isso. Vamos tentar corrigir o que fizemos de mal e melhorar numa época que não tem sido fácil. A nossa resiliência tem de estar sempre no topo porque estamos no Sporting CP e não podemos nem queremos facilitar com nada", contou.

Por fim, Pedro Alegria destacou que das 25 jogadoras do plantel, 13 estão convocadas para as selecções nos compromissos que se avizinham, "o que demonstra o desenvolvimento que o Sporting CP quer para o futebol feminino". "É um crescimento sustentado e vamos dar cartas novamente", garantiu.

A capitã Ana Borges também esteve na zona mista e fez um balanço do dérbi.

"Sabíamos que era difícil, mas fomos sempre à procura do resultado. Tivemos muitas jogadoras condicionadas ao longo da semana. O resultado foi demasiado alargado para o que foi o jogo, mas é futebol. Demos uma resposta muito melhor do que na primeira mão. (...) Temos de guardar o bom e corrigir o que de mal fizemos. (...) Há que pensar no próximo jogo", frisou.