O Sporting recuperou – graças a uma excelente segunda parte – de uma desvantagem de dois golos para empatar (2-2) na primeira-mão das meias-finais da Taça de Portugal.
O Sporting recuperou – graças a uma excelente segunda parte – de uma desvantagem de dois golos para empatar (2-2) na primeira-mão das meias-finais da Taça de Portugal.
Domingos Paciência promoveu, em relação à partida frente ao FC Porto, as entradas no «onze» de Jeffrén e de Matias Fernandez, por troca com Carrillo e Diego Capel. Os restantes titulares foram: Rui Patrício, João Pereira, Polga, Onyewu, Insúa; Renato Neto, Elias, Schaars e Wolfswinkel.
O Nacional apresentou-se em 4x4x2 «losango» com os dois avançados mais preocupados a fechar os avanços dos laterais «leoninos», actuando sem ponta-de-lança, o que deixou Polga e Onyewu sem jogador para marcar. Este facto, aliado à consequente concentração madeirense no meio-campo – pois contava com mais um elemento no «miolo» - levou a que o Sporting voltasse a ter pouca posse de bola entre as linhas contrárias, optando pelos lançamentos longos para os corredores laterais, sem conseguir acelerar o jogo.
Após 20 minutos sem situações de golo, o Sporting aproximou-se da baliza nacionalista em lances de bola parada, com Matias Fernandez (23 m), no minuto seguinte, Bojinov – que substituiu o lesionado van Wolfswinkel, aos 10 minutos – e Insúa (26 m), a rematarem ao lado do alvo pretendido pelas bancadas de Alvalade.
O Sporting continuava sempre com a bola em sua posse, mas, em contra a corrente do jogo, Rondón (35 m) – cinco minutos depois de ter tido a primeira oportunidade para marcar – inaugurou o marcador, ao ser mais lesto do que Renato Neto, num livre lateral, cabeceando para o fundo da baliza de Rui Patrício.
Domingos Paciência transformou, aos 41 minutos, o 4x3x3 inicial num 4x4x2 «clássico», substituindo Renato Neto por Carrillo, mas foi o Nacional que voltou a marcar, nos descontos da primeira parte, quando Polga perdeu a bola para Candeias, que avançou sozinho para a baliza de Rui Patrício e marcou o segundo golo da sua equipa.
O treinador «leonino» esgotou as substituições com a entrada de Capel, ao intervalo, e a equipa entrou «com tudo», com Matias (46 m) e Bojinov (47 m) a estarem muito perto de reduzir a desvantagem, mas sem a eficácia pretendida.
O Sporting aumentou a velocidade nas trocas de bola, estando, aos 60 minutos, novamente perto de marcar, quando Carrilo e Bojinov, após assistência de Capel, a não conseguirem desviar para dentro da baliza quando estavam em boa posição.
Márcio Madeira, que entrou ao intervalo, viu o segundo amarelo aos 66 minutos e, em superioridade numérica, o Sporting continuou a «carregar» sobre a defensiva contrária – alternando trocas de bola na zona central, com iniciativas nos corredores – com Elias, aos 74 minutos, a ser o mais rápido a responder ao cruzamento de Schaars para reduzir a desvantagem.
Com 15 minutos ainda por jogar, os perto de 18 mil adeptos presentes em Alvalade «puxaram» pelos jogadores, e Elias, quatro minutos depois do golo, esteve perto de «bisar», mas o seu cabeceamento a ser superiormente defendido por Vladan. Onyewu, aos 78, introduziu a bola na baliza madeirense, mas o fiscal de linha invalidou por fora-de-jogo no momento do cruzamento.
O guarda-redes montenegrino tornou-se no principal obstáculo aos «leões», defendendo, com estilo (80 m), o remate forte de Matias Fernandez. Foram 45 minutos de grande pressão «verde e branca», com o Sporting a chegar ao empate no último minuto de descontos, quando Schaars, num livre lateral, enviou directamente a bola na baliza de Vladan.
Apesar do empate, a equipa de Domingos Paciência tem 90 minutos na Choupana para inverter, na segunda-mão (8 de Fevereiro), este resultado e garantir mais uma presença no Jamor.
SPORTING, 2
(1) Rui Patrício, (47) João Pereira, (4) Polga, (5) Onyewu e (48) Insúa; (31) Renato Neto, (77) Elias, (8) Schaars, (14) Matias, (17) Jeffrén e (9) van Wolfswinkel. Treinador: Domingos Paciência. Substituições: 10 m – Saiu van Wolfswinkel e entrou Bojinov (7); 41 m – Saiu Renato Neto e entrou Carrillo (18); 45 m – Saiu Jeffrén e entrou Diego Capel (11). Suplentes não utilizados: (12) Marcelo, (6) Evaldo, (19) Arias e (28) André Martins. Disciplina: cartões amarelos a João Pereira (34 m), Onyewu (69 m) e Schaars (84 m). Golos: Elias (69 m) e Schaars (90 m).
Nacional, 2
(42) Vladan; (2) Claudemir, (33) Neto, (4) Danielson, (55) Stojanovic; (21) Madrid, (6) Todorovic, (8) Skolnik, (10) Diego Barcellos; (11) Candeias e (18) Rondón. Treinador: Pedro Caixinha. Substituições: 45m – Saiu Stojanovic e entrou Márcio Madeira; 61 m – Saiu Candeias e entrou Edgar Costa (20); 69 m – Saiu Skolnik e entrou Elizeu (66). Suplentes não utilizados: (12) Marcelo Valverde, (14) Juliano e (23) Oliver. Disciplina: cartões amarelos a Stojanovic (31 m), Skolnik (53 m), Márcio Madeira (55 e 65 m), Vladan (57 m), Diego Barcellos (71 m), Todorovic (84 m), Neto (90 m), Claudemir (90 m), Danielson (90 m). Cartão vermelho a Márcio Madeira (65 m). Golos: Rondón (35 m) e Candeias (45 m).
Futebol – 1.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal.
2012-01-11 Estádio José Alvalade.
Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre).
Árbitros auxiliares: Luís Marcelino e Jorge Cruz.
Resultado ao intervalo: 0-2.
Texto: Jorge Vicente
Foto: Pedro Cruz
