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Foto José Cruz

As 50 certezas de Bas Dost

Por Jornal Sporting
01 Dez, 2017

Vitória pela margem mínima (1-0) frente ao Belenenses com atitude e segurança máximas dos leões

Poderia haver quem sentisse algum nervoso miudinho em relação à visita do Belenenses a Alvalade, precisamente numa altura em que, fruto de outros resultados, a liderança da principal competição nacional está periclitante para quem a ocupa. Era preciso garantir mais três pontos na caminhada que se quer de sucesso e para isso Jorge Jesus entendeu que, dando a titularidade a Podence – até porque Battaglia vinha de um período de recuperação –, o objectivo poderia estar mais perto de ser alcançado. Uma decisão que se revelou acertada, uma vez que o jovem talentoso formado na Academia reforçou o perigo que Gelson Martins já preconizava no corredor direito e o excelente entendimento entre ambos potenciou ainda mais as dores de cabeça a Florent e Saré.

O primeiro coelho saiu da cartola do camisola n.º 17 logo aos dois minutos, embora Bas Dost tenha rematado por cima. O Belenenses respondeu por intermédio de Florent (6'), mas Rui Patrício encaixou tranquilamente, tal como fez mais tarde (17') à tentativa de Pereirinha. Numa das incursões de Podence pela área, Florent trava-o em falta e o holandês, chamado a converter o respetivo castigo máximo, não desperdiçou a oportunidade, até porque o golo foi o 50.º de leão ao peito, naquela que é a sua segunda época, que ainda vai no início. É a incontornável certeza do ataque verde e branco

O 'alívio' do primeiro golo (13') – que tem fama de ser o mais difícil de sair – em nada alterou o comportamento dos leões, que desde o apito inicial tiveram a atitude e a segurança de quem sabe o que tem de fazer para ser feliz. Podence continuou a fazer estragos e num passe para Acuña a trocar os flancos ao jogo, permitiu ao argentino apontar à baliza de Muriel, embora a bola tenha saído por cima da trave. Até ao intervalo, destaque para um momento de Coates à autêntico ponta-de-lança, em dribles e finalização idêntica à de Acuña (por cima).

O segundo tempo começou com o ataque o Belenenses, com Florent a subir pelo corredor esquerdo, que parecia perigoso mas o acompanhamento de Piccini ao lance foi irrepreensível, acabando por ceder pontapé de canto, sem que daí saísse qualquer efeito prático para os homens do Restelo. O Sporting CP manteve o registo do primeiro tempo, de concentração a toda a prova, até porque a vantagem mínima é sempre um resultado traiçoeiro... apenas quando a estratégia não contempla as devidas precauções. Repete-se até à exaustão que atacar pode ser a melhor defesa e não fosse a hesitação de Podence em entrar de relâmpago a passe de Gelson (53') e essa contemporização fê-lo errar o alvo.

Não faltaram, até final, lances com fortes probabilidades de os leões ampliarem o resultado: Bruno Fernandes (62'); William Carvalho (78'); e Bas Dost por duas vezes. A primeira (86') teve Nuno Tomás a negar o golo em cima da linha; a segunda (87'), num cruzamento da direita para a cabeça de Coates, a bola caiu ao segundo poste, mas o holandêrs atirou ao lado.

O 1-0 é só curto no resultado. A exibição esteve na linha do grau de dificuldade do jogo e mostrou um grupo a saber muito bem o que fazer com e sem bola, autoritário, perigoso e nunca contente com a pouca expressão dos números.

"De que vale fazer contas ao clássico se não vencermos o Belenenses?", perguntava Jorge Jesus no lançamento da recepção ao emblema da cruz de Cristo. As contas dizem respeito à liderança da Liga NOS, já que no Dragão, FC Porto e Benfica medem forças – enquanto se escreve esta crónica –, e é lá que a calculadora produzirá os seus efeitos para a contabilidade final desta 13.ª jornada. No reino do leão, a cabeça está já em Barcelona.