Jorge Jesus mostrou-se feliz pela resposta dos seus pupilos em campo e garantiu que vão continuar a defender os interesses do Sporting CP

"O importante é sempre ganhar". As palavras são do míster Jorge Jesus, no rescaldo do triunfo do Sporting CP frente ao Paços de Ferreira (2-0) em Alvalade. Uma vitória marcada por um misto de sentimentos, dentro e fora das quatro linhas. 

"É verdade que tivemos uma semana turbulenta, complicada, mas nós tivemos a consciência – jogadores, treinador e equipa técnica –, que temos uma função: trabalhar em nome de um emblema que se chama Sporting CP. Um Clube com história e identidade", sublinhou o treinador leonino, prosseguindo no discurso: "Quem faz crescer todos os clubes são os jogadores, mas as pessoas têm de se convencer que os jogadores são o barómetro do emblema. Os jogadores quiseram demonstrar que estão unidos".

De seguida, Jorge Jesus analisou a partida, destacando a importância dos três pontos. "Senti uma equipa fisicamente carregada, emocionalmente desconfiada, depois do segundo golo a equipa começou a soltar-se mais. A fadiga mental é complicada, mas este grupo é muito unido. Ninguém os vai derrubar. Sabem que jogam para um emblema e que esta é a profissão deles. Mas foi importante esta nossa vitória face a tudo o que aconteceu", explicou, relembrando que os leões não tiveram um adversário fácil na Liga Europa, onde surgiu toda a polémica.

"Jogaram contra o Atlético que era uma grande equipa, verdade que perdemos 2x0, mas nós jogámos contra quem? Contra o Basileia? Tem de se perceber tudo isto. Agradeço esta forma afirmativa dos adeptos do Sporting CP. Estamos aqui para defender os interesses do Sporting CP", frisou.

Numa altura sensível como esta, o treinador verde e branco deixou bem claro que, apesar de ter vivido uma situação inédita na sua carreira, sempre teve a defesa do Clube no pensamento. Por isso é que se colocou ao lado dos seus jogadores, de forma a apresentar-se na máxima força frente ao Paços de Ferreira. "Não foi fácil, já passei por muitas situações, mas por esta não. Tive de perceber que tinha de defender o Clube, foi isso que fiz... Estive sempre do lado dos jogadores. Sabia que o mais importante era haver jogo hoje. O que lhes disse é que ia escolher os melhores e que só não jogaríamos se estivesse a polícia dentro de campo", concluiu.