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Foto José Cruz

Se algo pode correr mal, Miguel Silva faz com que corra pior

Por Jornal Sporting
26 Jul, 2017

Sporting CP derrotado por 3-0 frente ao V. Guimarães. Reacção na etapa complementar revelou-se ineficaz

O jogo já tinha ‘dobrado’ os vinte minutos quando Jonathan Silva sentiu a lei de Murphy a pairar sobre o Estádio Municipal de Rio Maior. “Se algo pode correr mal, vai correr mal”. Antes de esmurraçar a atmosfera, o lateral argentino tinha falhado um passe aparentemente fácil a não mais de um metro de distância do colega de equipa. Por esta altura, o Sporting CP perdia por 1-0 depois de Estupiñan ter visado a baliza de Beto sem culpas para o guarda-redes – curiosamente, tinha sido Jonathan a perder a disputa de bola frente ao jogador vimaranense (13’). Mas a teoria do engenheiro aerospacial norte-americano não ficou por aqui, até porque Miguel Silva não deixou. Numa noite inspiradíssima, Miguel negou não um, não dois, mas cinco golos aos leões, permitindo ao V. Guimarães ir mantendo as vantagens.

Quando leva chapéu costuma não chover? A culpa é da tal lei de Murphy de que falámos em cima. Iuri Medeiros deve ter-se lembrado dela quando, aos 12’, viu o jovem guardião contrário dar o ‘toque de midas’ na bola com a ponta da luva após conseguir ultrapassá-lo. Se tivesse rematado logo sairia um remate mal preparado, como quis preparar da melhor forma, Miguel acabou por lhe tirar o ‘pão da boca’. Pois é… A verdade é que, no lance seguinte, o adversário abriu o activo.

A sua fila é sempre a mais lenta? A culpa é da tal lei de Murphy de que falámos em cima. Petrovic deve ter-se lembrado dela quando, aos 20’, quis corresponder ao cruzamento de Doumbia e acabou por esbarrar aparatosamente com Miguel Silva. Se não se tivesse feito à jogada o guarda-redes teria ficado na baliza, como tentou chegar mais cedo esteve perto de se lesionar. E lesionou-se mesmo, pois ainda antes do árbitro Humberto Teixeira ter apitado para o intervalo, João Palhinha entrou para o lugar do médio sérvio, que pediu a substituição várias vezes. Pois é… A verdade é que, no lance seguinte, o adversário aumentou a vantagem por intermédio de Hurtado (22’), depois de novo erro de Jonathan no timing de ataque ao esférico.

O pão cai sempre com o lado da manteiga virado para baixo? A culpa é… (o resto já sabe). Matheus Oliveira, aos 38’, e Doumbia, aos 39’, devem ter-se lembrado dela quando assistiram a mais duas enormes intervenções de… Miguel Silva, o homem da noite. Fez a mancha no primeiro momento e uma defesa ‘impossível’ no segundo, revelando-se mesmo a ‘manteiga no pão’ para os verdes e brancos. No meio de tanto ‘azar’, até nos esquecemos de sublinhar que Coates foi expulso minutos após o 2-0, algo que ‘enriquece’ o fado do Sporting neste encontro amigável.

A 'cereja no topo' desta lei de Murphy foi o retrato da etapa complementar. Uma formação leonina altamente dominadora, muito por culpa das mexidas efectuadas por Jorge Jesus no meio-campo e no ataque: Gelson Martins, Acuña, Battaglia e Bruno Fernandes substituíram Iuri Medeiros, Matheus Oliveira, William Carvalho e Adrien, respectivamente. Logo a abrir, Acuña deu o melhor seguimento ao cruzamento de Gelson, mas viu o pé de Miguel Silva (claro) negar-lhe a estreia a marcar. Mais tarde, Daniel Podence assistiu Doumbia de forma categórica, que fintou o ‘muro intransponível’, foi empurrado pelas costas, caiu na área e o juiz da partida nada assinalou (64’). Finalmente, Raphinha encostou para o terceiro, fixando o resultado final favorável aos nortenhos (40’). Isto na única vez em que, na segunda parte, o Vitória colocou a ‘cabecinha de fora’. As leis de Murphy existem mesmo e talvez Jorge Jesus não se tenha lembrado delas quando quis experimentar um 3x4x3 com Bruno César a lateral-direito e Petrovic a central.