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Opinião

Invictos

Por Pedro Almeida Cabral
23 Nov, 2023

Depois da visita vitoriosa ao FC Porto, a nossa equipa de andebol atravessou a 2.ª Circular para defrontar o SL Benfica. Como no jogo anterior, a expectativa era grande. Mas íamos moralizados e muito. Havíamos ganho por 25-26 no reduto portista, com inteira justiça, interrompendo um prolongado ciclo sem triunfar em casa do FC Porto, que já durava desde 2018. Esta nova vitória perante o SL Benfica, por 29-36, demonstrou as razões de termos 12 jogos no campeonato com 12 vitórias, a que correspondem os respectivos 36 pontos. Fechamos a primeira volta da primeira fase do campeonato invictos. E isso só se deve ao andebol consistente e completo que estamos a jogar.

A primeira parte do jogo contra os benfiquistas demonstrou um Sporting Clube de Portugal interessado em manter um ritmo alto e resolver o jogo cedo. Quase sempre em vantagem, valeram as sete defesas do nosso guardião Kristensen. Ainda assim, o SL Benfica conseguiu equilibrar a partida e o intervalo chegou com o marcador em 16-18. Na segunda parte, o domínio do Sporting CP acentuou-se e a vantagem dilatou-se com naturalidade, sobretudo nos minutos finais. A sociedade dos irmãos Costa carburou e bem: foram 19 golos, onze de Kiko e oito de Martim. Kiko, como é habitual, vive até estes jogos com mais intensidade, tendo sido decisivo e matador nos seis livres de sete metros que concretizou. Salvador Salvador também se destacou com cinco golos, tal como Kristensen e Maciel, que, no conjunto, defenderam 13 remates contra a nossa baliza.

No final, Ricardo Costa, um treinador sempre com os pés na terra, fez questão de dizer o óbvio: estas vitórias não deram título nenhum e nenhum dos rivais está fora da corrida. É esta atitude de respeito pelo jogo e pelos adversários que deve caracterizar o Sporting CP. Falta ainda a segunda volta do campeonato e a segunda fase. Triunfos em casa dos rivais são sempre bons indicadores, mas há ainda muito andebol para jogar.

P.S: Na última terça-feira, esta mesma equipa de andebol continuou em senda vitoriosa, com uma vitória no Pavilhão João Rocha por 36-28 contra os húngaros do Tatabanya, a contar para a Liga Europeia. Os mais de dois golos de diferença dão vantagem no confronto directo com os magiares e permitem continuar a pensar na qualificação para a fase seguinte, para onde se apuram os dois primeiros do grupo. Continuamos em todas as frentes e é assim que tem de ser para um clube como o Sporting CP.

Ainda o jogo da Luz... e também Capel e as redes sociais!

Por Tito Arantes Fontes
23 Nov, 2023

Jogo da Luz − Muita gente me questionou a falta da crónica na semana passada; nenhum mistério, excesso de “trabalho advocatício”. No final desse jogo lembrei-me muito da minha querida Mãe, uma grande Leoa! Dizia-me ela coisa que ouvi desde pequenino… uma coisa misteriosa, que ela me dizia existir… era − nas suas palavras, que sempre repetiu até ao fim da sua vida − a “vaca” do Benfica. Foi o que sucedeu. E não, não foi “lindo”. E não foi “lindo” porque já vi o Benfica jogar contra nós muito bem… e há uns dez dias “eles” não jogaram nada, mesmo contra “dez” não jogaram nada! Aliás, como eles próprios reconheciam, pois preparavam-se a olhos vistos para “tratar da vida” do seu treinador… salvo pela tal “vaca” no final! E essa é para nós uma boa notícia que retiramos desse jogo… a continuidade desse técnico à frente desse nosso rival! No mais, continuamos em primeiro lugar, já fomos a Braga e à Luz… temos uma bela equipa, temos um “senhor treinador”, uns dirigentes capacitados e estamos a jogar bom futebol, tendo jogado de modo autoritário e seguro na Luz, quer com onze (e nesta fase − após jogada e passe “açucarado” do Edwards − que grande golo, Gyökeres!), quer com dez jogadores (força Gonçalo Inácio!). Ou seja, continuemos, façamos bem o nosso trabalho… as contas do campeonato fazem-se daqui a seis meses, em Maio de 2024! Anotámos, isso sim e no entretanto, os festejos em êxtase daquela gente… por nada ganharem, além da conquista dos três pontos, contra nós, que jogámos com apenas dez jogadores a quase totalidade da segunda parte!

Ainda o jogo da Luz − Todos sabemos que em Portugal há coisas anacrónicas, incompreensíveis até… as transmissões dos jogos na Luz em “circuito fechado” são uma delas! Em todos os campos do país, desde logo no Dragão e em Alvalade, transmite a SPORT TV… na Luz aparece um canal de nome BTV… é um canal clubístico, claramente tendencioso, que presta um serviço para uma “franja de gente” e não um verdadeiro “serviço público”. E claro que é redundante dizer que não subscrevo tal canal, nunca subscrevi… e oxalá tenha a clarividência de assim continuar! Assim, nestes jogos, procuro sempre casa ou local amigo para ver a partida… foi o que sucedeu, não me parecendo que seja curial que jogos desta importância sejam televisionados e comentados de modo tão clubístico, seleccionando os lances e os ângulos de repetição, escamoteando outros, sempre acompanhado infelizmente de palavras desapropriadas e claramente tendenciosas (e com isto não estou a dizer que os comentários da SPORT TV são uma maravilha, pois − como muitas vezes sucede − não são). Não se compreende! E é um sacrifício a que a maioria da “população futebolística” do país fica incompreensivelmente sujeita!

Diego Capel É sempre bom e gratificante ouvir e ler o que este nosso antigo jogador, internacional espanhol, diz sobre o Sporting CP e a sua passagem pelo nosso querido e amado Clube. Todos nos recordamos de Capel e da sua entrega ao jogo, do seu pundonor, do seu indiscutível valor… foi assim que ele nos conquistou e é por isso que também nós tivemos pena do modo como sucedeu a sua partida… sim, Capel, também muitos de nós, Sócios do Sporting CP, sentimos que falta “ao vivo e a cores” esse abraço final! Tu mereces e nós também! Oxalá ainda seja possível organizar esse momento. É que, como dizes e bem… “nunca esqueceremos as noites de Alvalade!”.

Redes Sociais − Divulgados esta semana os números das interacções dos clubes portugueses… o Sporting CP surge − sem surpresa nossa − como primeiro clube português, o único com mais de 10,4 milhões desses momentos no somatório de Facebook + Instagram + Twitter (actual “X”) + YouTube + TikTok! Os nossos rivais ficam muito longe, um com pouco mais de nove milhões e o outro nem aí chega. Continuemos na afirmação do nosso Clube!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!

P.S 1 − Uma palavra de alento para o nosso jovem jogador recentemente operado. Força, Fresneda! Contamos contigo!

P.S 2 − Esta semana surgiu a notícia do 24.ª aniversário do Núcleo do Sporting CP de Sydney… nos confins do mundo, na Austrália! Foi evento que contou com a presença do “nosso” Nelson. Sei bem como se vive nesse país a paixão pelo Clube, pois tenho lá irmã com prole… todos Leões, todos habitualmente frequentadores de Alvalade, quando estão cá em Portugal (o que felizmente sucede muitas vezes). Uma saudação muito especial para os Leões australianos!

P.S 3 − E nesta semana apareceu também a notícia do “requiem” final do famigerado “Processo Cashball”. O CD da FPF − por uma vez na vida − decidiu bem e tudo mandou arquivar. Ponto final parágrafo! Afinal − em várias instâncias judiciais e disciplinares − não se provou nada. O “cashball” não existia, nunca existiu!

Todos somos Stromp

Por Juvenal Carvalho
23 Nov, 2023

Na passada semana foi divulgada a lista dos galardoados com o Prémio Stromp. Um ritual que ocorre desde o ano de 1963, passados estão assim no tempo seis décadas em que 1001 Sportinguistas, honrosa e garbosamente, foram distinguidos com aquele Prémio que nenhum de nós tem a ousadia de dizer que não gostava de ver o seu nome nele inscrito, e que tem como patrono Francisco Stromp, o nosso eterno associado número 3, e aquele que, entre outras frases de fervor Leonino, um dia disse: 'Não é o Sporting que se orgulha do nosso valor. Nós é que nos devemos sentir honrados de ter esta camisola vestida'. Frase que passou de geração em geração. Que se eternizou ao longo dos tempos.

O Grupo Stromp, que integra no seu seio lídimas figuras do universo Sporting e que é presidido por Tito Arantes Fontes, meu companheiro de viagem semanal neste nosso Jornal, vai pois entregar, no próximo dia 12 de Dezembro, no Hotel Sheraton, em Lisboa, mais 40 galardões a Leões que se distinguiram ao longo do ano. Que dedicaram horas, ou que ganharam troféus nacionais ou internacionais. 

É um momento que, repito, deverá fazer arrepiar o menos sensível dos Sportinguistas. Receber o "Stromp" é algo que não se apagará jamais na memória dos galardoados. Tenho diversos amigos entre eles. Sei o que sentiram e o que muitos me disseram, que é quase impossível descrever por palavras, só mesmo sentindo o momento. 

Ao longo dos tempos, quanto altruísmo feito de uma dedicação plena a juntar a um profissionalismo marcado por inúmeras conquistas, foi premiado. 

Mas isto de agradar a gregos e a troianos, como aquele velho ditado, é impossível. Também eu, porque isto de nomear pessoas é sempre tema sensível, já dei por mim a discordar de umas quantas nomeações. Não por inveja − defeito que felizmente não tenho, mas por achar que haveriam nomes mais capazes. Isto de ter o privilégio de ter uma coluna de opinião, é mesmo para dá-la com o sentimento, e esse é, só e apenas, pelo símbolo. Não por 'amiguismo', ou por outra forma qualquer.

Mas este ano, um galardão chamou-me a atenção, parabenizando desde já todos aqueles que foram premiados.

Falo do Prémio Saudade. Porque quem não tem memória, não tem história. E o Grupo Stromp tem ambas. Foi atribuído ao meu amigo Adérito Ribeiro. Um Homem e um Sportinguista dos bons. Transmontano de boa cepa, de pensamento firme e de voz grossa, que não deixava recados por dar. Pelo Sporting, tudo. Quanto dinheiro do seu bolso serviu para ajudar o Clube, sem fazer disso bandeira. Apenas porque era assim. Amava o seu/nosso Clube. Partiu recentemente e já sinto saudades das conversas com ele. Eram puras, genuínas. Feitas de Sportinguismo. Quanto com ele aprendi, até socialmente. 

Por Sportinguistas como o Sr. Adérito, que honrou como poucos a causa, é que todos somos Stromp!

"A arte é uma emoção suplementar que é somada a uma técnica hábil"

Por Mafalda Barbosa
23 Nov, 2023

Editorial da edição n.º 3951 do Jornal Sporting

É o desporto uma arte?

Cada um terá a sua opinião. Charles Chaplin considerava que “a arte é uma emoção suplementar que é somada a uma técnica hábil”. 

Desporto é emoção e técnica. Ginástica rítmica é, provavelmente, um dos seus expoentes máximos ao combinar estética, criatividade, esforço e dedicação.

É um “desporto-arte” que, felizmente, está de regresso ao Sporting CP na vertente de competição. Uma disciplina olímpica que dá continuidade ao eclectismo do Clube.

As primeiras competições remontam a meados dos anos 20, do século passado, na extinta União Soviética. Em 1961 a Federação Internacional de Ginástica reconheceu a ginástica rítmica como uma disciplina gímnica e dois anos depois teve lugar, em Budapeste, o primeiro Campeonato do Mundo. Em 1984, atingiu o estatuto de modalidade olímpica nos Jogos Olímpicos de Los Angeles.

A ginástica rítmica resulta da combinação entre as formas clássicas de dança, o desporto e o exercício. Uma espécie de espectáculo de dança, ginástica artística e actividade desportiva. A simbiose perfeita entre desporto e arte.

União entre desporto, arte e inclusão foi o que presenciaram cinco atletas do Sporting CP durante uma visita à Oficina de Artes da CERCIMA.

Os Leões ficaram a conhecer de perto um projecto que utiliza a arte para promover o bem-estar e a saúde mental.

Uma iniciativa da Fundação Sporting que dá continuidade à sua missão solidária de aproximar o Clube da comunidade.

Desporto, arte e inclusão, uma trilogia escrita a verde e branco.

Only Lions Roar as Lions

Por Mafalda Barbosa
16 Nov, 2023

Editorial da edição n.º 3950 do Jornal Sporting

Rugido (ru·gi·do)*: grito do leão; som estridente e prolongado; som cavernoso.

Pode ser ouvido até oito quilómetros de distância.

É uma das principais características de um leão. Um rugido de carácter e de determinação pode silenciar tudo e todos. Importa sempre relembrar que “Only Lions Roar as Lions”².

É com essa mesma determinação que está de regresso, já esta sexta-feira, a gala Rugidos de Leão.

Será a 41.ª edição de um evento que respira Sportinguismo e que testemunha o fervor e a paixão da família Sportinguista. Uma demonstração de união e orgulho em torno do Sporting Clube de Portugal.

Desde 1981 que o evento distingue as figuras que se notabilizaram ao serviço do Sporting CP e tem testemunhado os feitos do Clube ao longo de uma História que tanto nos orgulha e cujo futuro queremos que seja notável.

Num presente feito de exigência e empenho, acreditamos que será uma noite de excelência verde e branca e de pura demonstração do que é ser Sporting CP.

Mais um momento para reforçar os valores e o ADN Leoninos.

É também com orgulho que congratulamos e divulgamos em primeira mão os galardoados da edição deste ano dos Prémios Stromp [ver pág. 19]. A cerimónia, que distingue anualmente figuras ilustres do universo verde e branco, está marcada para dia 12 de Dezembro, no Hotel Sheraton, em Lisboa.

Que no futuro possamos continuar a escrever novas páginas de uma História preenchida com feitos incríveis de uma glória inigualável.

Que todos possamos contribuir para um Clube que dignifica o desporto em particular e a sociedade em geral. Reconhecendo a dedicação e a excelência de todos os que defendem e valorizam a sua missão, valores e ADN.

Parabéns a todos os premiados!

 

¹ "rugido", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023.
² claim da campanha de lançamento do equipamento de saída época 2023/2024

Nós acreditamos em vocês!

Por Juvenal Carvalho
16 Nov, 2023

Se há jogos e adversário com quem não gosto nada de perder, esses são com o eterno rival. 

Fico mesmo, o aumento da idade não modificou em nada esse meu estado de espírito, muito incomodado.

Mais incomodado fiquei quando, embora os jogos só se ganhem após o apito final do árbitro, e aquilo que parecia ser uma vitória nossa, no período de descontos, nos viria inacreditavelmente a fugir, com dois golos de rajada do adversário.

E neste caso, o senhor do apito foi mesmo daquelas pessoas que me merecem menos credibilidade no conspurcado futebol português, e parece mesmo premonitório que quando nos aparece, as coisas podem não correr bem. Mais uma vez assim aconteceu.

Acabado o jogo, foi com o sentimento de um Leão que não se verga, que atónito parecia não estar a acreditar no que via. Mas nunca abalado no orgulho e inabalavelmente com a convicção de que estarei sempre − mas sempre e em que momento for, ao lado destes rapazes.  

O que seriam seis pontos de diferença para os rivais, num ápice se transformaram numa igualdade pontual. 

Mas mais a frio, resta-nos olhar em frente e acreditar. Afinal, estão decorridas onze jornadas e estamos em igualdade pontual na liderança. Será agora tempo, até porque a prova será interrompida e as competições retomam apenas no dia 25 de Novembro, para a recepção ao Dumiense/CJP II para a Taça de Portugal, de recarregar baterias.

Jogo a jogo. O caminho será ainda longo. Mas estou convicto, porque já deram provas disso, os nossos rapazes, liderados por Rúben Amorim, não se irão deixar abater. Será mesmo tempo de reflexão, mas sobretudo de união. 

Se perder custa muito, a forma como aconteceu irá inevitavelmente custar a esquecer. Mas outra coisa não restará que não vestir o "fato macaco" e sermos Leões no que resta. No Campeonato, mas também nas Taças de Portugal e da Liga e ainda na UEFA Europa League.

Não vale baixar os braços e não é esse o nosso ADN. Sonhar não custa. E eu sonho com conquistas. Até porque este grupo de trabalho merece que nós acreditemos. 

Mas não é só o grupo de trabalho do futebol que merece que nele acreditemos. Também nas modalidades de pavilhão, que embora ainda em fase relativamente inicial, estão todas, excepto o voleibol e mesmo esta modalidade me parece mais consolidada e que acredito pode aparecer, numa fase mais adiantada da época e com mais entrosamento, a disputar o título, na liderança dos seus campeonatos, merecem de nós crença. E no passado fim-de-semana foi mesmo com uma inabalável crença, mas sobretudo com muita classe, que o andebol venceu no sempre difícil Dragão Arena, em jogo com foros de dramático, que caiu e bem para o nosso lado. Também o futsal, o hóquei em patins e o basquetebol seguem na frente. 

Uma certeza tenho: nos relvados ou nos pavilhões. Nas pistas ou nas piscinas... onde for, um Leão só se curva para beijar o símbolo. Nós acreditamos em vocês!

Rugido a Norte

Por Pedro Almeida Cabral
16 Nov, 2023

Foi com grande expectativa que a equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal se deslocou ao recinto do FC Porto para jogar um dos mais aguardados clássicos do Campeonato Nacional de andebol deste ano. Com um sete em crescendo e a jogar um andebol consistente, o Sporting CP sabia de antemão que só a vitória interessava. Mesmo que o formato do campeonato tenha mudado e agora se dispute uma segunda volta mais curta em grupos de quatro, ganhar agora ao FC Porto fora de casa seria sempre um passo decisivo na luta pelo título. E foi exactamente isso que sucedeu, com um merecido triunfo por 25-26. Mais do que a vitória, conta também a interrupção de um prolongado ciclo que já durava desde 2018 sem trazermos os três pontos do Dragão Arena.

Desde o início do jogo que o Sporting CP entrou mais acutilante, com fome de vencer. A equipa portista foi ficando para trás, na condição de perseguidora, como tem sido habitual na primeira parte dos últimos clássicos. Foi assim, com naturalidade, que chegámos ao intervalo com uma vantagem de quatro golos, 12-16 no marcador. A segunda parte trouxe outra intensidade ao jogo. O FC Porto soube explorar bem o ataque e abrir brechas na muralha Leonina. No final, caminhava-se para um empate, mau grado a portentosa exibição do nosso guardião Kristensen, que em todo o jogo fez dez defesas. Mas o Sporting CP terminou o jogo como começou: focado na vitória. Foi no minuto final que Martim Costa fechou o resultado final, com o 25-26. No último segundo, o FC Porto ainda ameaçou o empate, mas a consistência defensiva Leonina impediu o golo, com mais uma parada de Kristensen. De resto, Maciel também defendeu dois livres directos e os irmãos Costa estiveram no seu nível habitual, Martim com nove golos e Kiko com sete, a fazerem as despesas do jogo.

Seguimos em frente com um registo imaculado: onze vitórias em onze jogos. Segue-se mais uma visita, desta feita ao SL Benfica, para procurar chegar à 12.ª vitória. Seria mais um passo importante na caminhada deste campeonato. Sei bem que jogaremos este dérbi com tudo o que temos para jogar! 

Liderar pelo exemplo

Por Mafalda Barbosa
09 Nov, 2023

Editorial da edição n.º 3949 do Jornal Sporting

Há 117 anos foi criado um clube de pessoas e para pessoas. Ao dia de hoje continuamos a ver escritas novas páginas da sua História.

O Relatório de Sustentabilidade do Sporting CP, divulgado esta semana, é disso exemplo, ao ser o primeiro do universo verde e branco que segue as directrizes da Global Reporting Initiative (GRI)*.

Assume o ADN do Clube e procura partilhar com todos o que está a ser feito ao nível da sustentabilidade e responsabilidade social. E demonstra a preocupação e determinação do Sporting CP em promover boas práticas, conservar o meio ambiente e promover o bem-estar da comunidade.

Como disse Joe Biden, no seu discurso de tomada de posse enquanto presidente dos EUA, “Lideramos não pelo exemplo do nosso poder, mas pelo poder do nosso exemplo”.

No Sporting CP lideramos pelo exemplo e este documento assim o demonstra:

Um Clube com Propósito que se rege por princípios assentes no respeito, ética e integridade dentro e fora do campo.

Um Clube de Pessoas preocupado com o bem-estar e qualidade de vida daqueles que são condição para o seu sucesso.

Um Clube para Todos que defende a inclusão e lidera pelo exemplo através da força agregadora da sua Marca. Constrói elos entre a comunidade e promove o respeito e a solidariedade.

Um Clube Verde que desenvolve a sua actividade com preocupação em reduzir a pegada de carbono e consequentes impactos ambientais.

E porque somos um Clube de Todos e Para Todos, recentemente, escrevemos mais uma página no capítulo da inovação e pioneirismo, o The Green Box.

Um camarote, no Estádio José Alvalade, feito à medida para melhorar a experiência de jogo a pessoas com deficiência, surdas e com neuro divergência. O projecto resulta do protocolo que a Fundação Sporting estabeleceu com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e que visa a realização de projectos de inovação e desenvolvimento social. 

Juntem-se a nós nesta Nova Era. Por um futuro mais sustentável!

*Organização internacional de padrões independentes que ajuda empresas, governos e outras organizações a compreender e comunicar os seus impactos em questões como as alterações climáticas, os direitos humanos e a corrupção.

Sem Estrelinha

Por Pedro Almeida Cabral
09 Nov, 2023

Na noite do passado domingo, pudemos assistir a um grande jogo de futebol. O histórico Estrela da Amadora regressou ao nosso Estádio para defrontar o Sporting Clube de Portugal. O jogo foi entusiasmante, houve voltas e reviravoltas e no final ganhou o Sporting CP, como deve sempre ser. Uma vitória que valeu a liderança ainda mais isolada do Campeonato Nacional. Desde que a vitória passou a valer três pontos, em 1995, nunca tínhamos chegado à 10.ª jornada com três pontos de vantagem sobre o segundo classificado, este ano, o SL Benfica.

Uma entrada tímida revelou surpresa face à organização defensiva do Estrela. As investidas no último terço do campo revelavam-se difíceis e só numa brava incursão de Gyökeres, que galgou espaços e cruzou para Daniel Bragança, chegámos ao golo, num remate bem colocado do esquerdino. Uma recompensa merecida para quem atravessou tão longo calvário por lesão. Na segunda parte, o infortúnio pesou sobre Coates, que fez um penálti azarado. E, logo a seguir, cambalhota no resultado, com um golo em contra-ataque do Estrela. Amorim soube mexer na equipa e refrescou a defesa para ganhar acutilância no ataque. Edwards na melhor jogada que fez ao serviço do Sporting CP deixou vários adversários para trás, qual Maradona, e marcou o golo que empatou o jogo. Não satisfeito, passado pouco tempo, assistiu Paulinho para este de cabeça fazer o 3-2 final.

Do início ao fim, o conjunto Leonino foi uno e solidário e soube reagir às adversidades. Em época recente, falou-se muito na estrelinha de Rúben Amorim que fazia acontecer golos ao cair do pano que davam vitórias decisivas. Nunca acreditei que o acaso comandasse os destinos de um jogo de futebol. Valem muito mais o entrosamento colectivo e a destreza táctica do treinador. Ainda assim, a expressão ficou. Mas se houve algo que não houve neste jogo foi essa estrelinha. A equipa nunca se desconcentrou e acreditou que poderia recuperar da desvantagem do 2-1 para ganhar o jogo. Não houve hesitação nem vacilo, nem se guardou a recuperação para os minutos de compensação. De resto, nem de um pequeno Estrela da Amadora se pode falar. Foi um Estrela sem diminutivos que discutiu o resultado e que promete continuar a lutar por vitórias no campeonato.

A jogar como jogámos se vai ao longe. Vamos à Luz no domingo. Não poderíamos visitar o SL Benfica com melhor embalo. Vimos de seis vitórias seguidas no campeonato e, como disse Edwards na entrevista do homem do jogo, “Nós nunca desistimos”. E eu sei e todos os Sportinguistas sabem que vai ser mais um jogo em que nunca vamos desistir de lutar pela vitória.

Marcus Edwards... 'à Maradona'!

Por Juvenal Carvalho
09 Nov, 2023

Sou um apaixonado por jogadores virtuosos, que também são por vezes tão incompreendidos. Logo, sou um incondicional fã de Marcus Edwards. Como anteriormente tinha sido, rebobino no tempo para recordar em criança os primeiros que idolatrei, por fazerem coisas maravilhosas, de um talento sem limites, Samuel Fraguito e Salif Keita. 

Também ao longo dos anos fui de vários outros, pela sua infindável capacidade técnica, de que destaco dos demais António Oliveira e Pedro Barbosa. 

Gosto mesmo dos fantasistas, aqueles que se diferenciam e que fazem literalmente o encanto dos apaixonados do futebol, deixando completamente arrebatados os que nos estádios, ou através da televisão, presenciam verdadeiras obras de arte com pinceladas de classe. Numa história de tantos talentos que o nosso clube tem tido ao longo da sua centenária história, dirão que me referi a poucos jogadores, daqueles que encantavam plateias. Claro que sim, mas estes, pelo virtuosismo, fascinaram-me tanto quanto as defesas de Vítor Damas, Ferenc Mészáros e Peter Schmeichel, ou as actuais de Antonio Adán, ou como os golos de Manuel Fernandes, Rui Jordão, Mário Jardel, ou os de agora de Viktor Gyökeres. Cada um no seu lugar. Cada um com a sua responsabilidade no relvado.

E obviamente que esta entrada do meu texto é para chegar a um momento. Mais concretamente ao minuto 71 do jogo de domingo passado frente ao Estrela da Amadora. Quando Marcus Edwards − qual Diego Armando Maradona, colou a bola ao seu pé esquerdo e driblou todos os adversários que tinha pela frente, anichando-a nas redes. O Estádio José Alvalade veio abaixo. Os 38.404 espectadores presentes jamais esquecerão o golo que viram fazer o prodigioso jogador britânico. O golo vai passar em todo o Mundo pela sua beleza. Marcus Edwards vai estar num mais do que merecido destaque. Um golo daqueles que apetece dizer: 'ufaaa… quanta classe'.

Claro que se não houvesse, como diz aquele velho ditado português, 'Alma até Almeida', e o colectivo não funcionasse, valendo uma vitória tão épica quanto sofrida, este golo valeria apenas pela nota artística. Mas não, valeu muito mais. Foi este aquele momento que abriu o caminho para a consumação da reviravolta que seria protagonizada pela cabeça de Paulinho poucos minutos depois.  

Mas seria injusto não falar da Onda Verde que perdura e que somos todos nós. Que passa para o relvado. Que não se deixa abater e incentiva nos momentos menos bons. Existe no ar um sentimento de partilha que augura algo de bom. Respira-se Sporting Clube de Portugal. 

E já hoje, em casa, ante os polacos do Raków, e no domingo, no reduto do eterno rival, temos que continuar unos e indivisíveis. Temos mesmo que ser uma muralha inexpugnável. Façamos nas bancadas a nossa parte. Lá dentro, com a nossa ajuda, jogamos todos, os rapazes que envergam o símbolo do Leão rampante, estou convicto que farão tudo, e de tudo, para nos deixarem felizes.

Em suma. Com ou sem génio. Com ou sem nota artística. Mas sobretudo com sangue, suor e lágrimas, façamos do que aí vem, para já no imediato, algo que nos orgulhe.

Com esforço, dedicação e devoção... a glória fica mais perto. 

Nós acreditamos em vocês!

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