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Opinião

A bem da verdade, a bem do futebol!

Por Tito Arantes Fontes
11 Dez, 2025

CAMPEONATO NACIONAL I – Ultrapassado está o jogo da Luz. Como de costume, a enorme maioria do país foi privada de ver a partida, pois a mesma só passou mesmo no “circuito fechado e privativo” do clube visitado. E, obviamente, eu – como tantos milhões de aquém e além-mar – não vou, não quero, subscrever o canal deles, feito para eles, comentado por eles. Valha a verdade nem quero olhar para esse canal. Nunca, jamais! Eu e – repito – muito boa gente, a maioria dos portugueses, desde logo muito Sportinguista. É uma singularidade bem lusitana, esta, a de se permitir que haja um clube – sempre o mesmo – que tem direito a “excentricidades” deste quilate. Enfim, coisas do nosso Portugal! Falo, pois, nesta coluna com base nos excertos que consegui apanhar nos telejornais e nalguns programas desportivos dos “canais normais”, não “engajados”, em sinal aberto ou mediante subscrição.

CAMPEONATO NACIONAL II – O jogo em si terminou empatado em golos, com um para cada lado. O Sporting CP com quase 60% de posse de bola, ou seja, o habitual quando jogamos no campeonato português, contra equipas fechadas, defensivas, sem arte, nem poder. O jogo foi, também por isso e segundo rezam as crónicas, sensaborão, intenso bem sabemos, mas chato… salvou-se a primeira meia-hora de jogo, a tal em que o Sporting CP demonstrou a sua qualidade e o seu futebol. Exibiu-se, nessa altura, o fulgor de quem sabe mesmo jogar. E, claro, marcou um golo (numa magnífica recuperação de bola, à entrada da área adversária, soberbamente efectuada por esse astro que dá pelo nome de Hjulmand, que – de imediato – serviu o oportuníssimo Pote, para este, letal, desfeitear o guarda-redes adversário) numa das várias oportunidades que usufruiu nesses trinta minutos. Certo é que podia ter marcado mais. Contudo, cerca dos trinta minutos de jogo, o nosso adversário – sem que nada tivesse feito para o justificar – beneficiou de um golo caído do céu, aos trambolhões, cheio de ressaltos, uma autêntica “sorte dos diabos”, empatando a partida. Na altura, um resultado claramente injusto. Na segunda parte manteve-se o resultado e o jogo acabou mesmo por terminar empatado.

CAMPEONATO NACIONAL III – Corolário do encontro da Luz é a extensa onda de lesões com que o Sporting CP agora se enfrenta. A agressividade foi patente nos jogadores adversários, em vários. Trincão sofreu uma entrada duríssima. Quenda partiu o pé. Catamo salvou-se de lesão muito grave. Pote ficou novamente “tocado”. Várias lesões, vários jogadores impedidos de ir a Munique defender as cores do Sporting CP, o clube mais bem classificado na Champions e que segue honrando o futebol português. No saldo disciplinar e final da partida foram cinco cartões amarelos para os jogadores do Sporting CP e apenas dois para o SL Benfica. De adicionar, claro, a única expulsão do jogo, uma bárbara entrada de um jogador encarnado, em autêntico “voo picado”, por trás, a Geny Catamo. Ainda assim, com tudo isto, o treinador encarnado teve o despudor de – no final do jogo – vir falar de Hjulmand… mas saiu-lhe o tiro pela culatra! Na verdade, Mourinho foi logo – e bem! – desmentido de modo brutal pela generalidade da comunicação social portuguesa! Afinal Hjulmand não é o tal de “intocável”, mas isso sim o jogador mais causticado com amarelos na Liga portuguesa! Com a verdade se calam, pois, atoardas que são autênticas falácias sem qualquer sustentação na verdade, nomeadamente na verdade desportiva!

CAMPEONATO NACIONAL IV – O treinador encarnado merece ainda nota claramente negativa pela defesa, até o elogio, que fez do seu jogador que fez a tal entrada duríssima sobre Geny Catamo, a que acima nos referimos. É uma falta antidesportiva! Não deve nunca merecer qualquer elogio. É anti-futebol! Mas, como se viu, para alguns… pois, os fins – desde logo os seus fins – justificam mesmo os meios, mesmo os mais bárbaros! E esse mesmo Mourinho merece ainda outra nota negativa pela “versão paralela” que quis fazer circular a propósito do golo do Sporting CP! Não, esse golo não foi nenhum “auto-golo”! Foi – como já acima dissemos – fruto do rigor competitivo e do mérito da equipa do Sporting CP, nomeadamente na recuperação de bola, na “pressão alta” a que sujeitou – e bem! – o seu adversário.

CAMPEONATO NACIONAL V – O primeiro classificado da Liga aproveitou o empate da Luz e – ganhando sem brilho em Tondela – aumentou a sua vantagem sobre o Sporting CP para cinco pontos. Temos mais de vinte jornadas para recuperar esses pontos. Temos o melhor ataque da prova. E também temos a melhor diferença de golos marcados e sofridos. E sabemos – como ninguém – jogar futebol! Por isso, Força, Leões! Vamos mesmo ao Tri! No próximo sábado é com o AVS! Nós confiamos em vocês!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S – Bem sei que já ocorreu há umas semanas, quase um mês, mas não posso – ainda que tardiamente – deixar de referir aqui a Corrida Sporting de 2025! Foi a 13.ª edição! E que grande edição… bateu todos os recordes de participação! Mais de 12 mil participantes, ou seja, uma subida de 20 por cento em relação ao ano anterior. Uma organização verdadeiramente exemplar! Uma manhã verde na cidade de Lisboa! Foi lindo, Sporting CP!

O saber estar e o nem por isso

Por Juvenal Carvalho
11 Dez, 2025

O dérbi eterno teve como saldo um empate. Como escrevi na edição anterior, é daqueles jogos que são como o melão, só depois de aberto é que se sabe a qualidade e o que vamos degustar. 

E dizer que este foi um bom resultado – sabendo das vicissitudes de um dérbi – é algo que não o farei. Até porque ser do Sporting CP é ter a noção de que, quando entramos em campo... em qualquer campo, mesmo contra adversários de qualidade, é sempre com o foco na vitória. 

Mas hoje, no futebol moderno o jogo é muito mais do que os 90 minutos. E é precisamente por esse factor, porque desde o apito final até à edição do nosso Jornal estar em bancas, já tudo foi dissecado sobre o jogo e algumas vezes – demasiadas até – por "comentadeiros" de lentes vermelhas, alguns que não passam da voz do dono e que tentam por todos os meios fazer forte fraca gente.

Dizia-me sempre, nas suas sábias palavras o meu avô Zé, sendo eu uma criança nascida num bairro, que podia ser pobre, mas para ser sempre humilde, honesto e de carácter. Andar sempre de cabeça erguida. E ao ouvir o nosso míster na conferência de imprensa, lembrei-me dele. Ter idoneidade e carácter não é, infelizmente, para todos. E o nosso treinador, Rui Borges, deu uma lição de carácter e honestidade na abordagem ao que viu durante o jogo. Viu o que todos viram. Assumiu o lado menos bom, falou das virtudes e dos defeitos... em suma foi sério. Honesto intelectualmente, uma imagem de marca de alguém humilde e que sabe estar na vida e no desporto. Um "tasqueiro" que deu uma "goleada" ao seu opositor que tem o "mestrado da arrogância".  No campo foi um ponto para cada um, fora dele foi o que se viu. 

O treinador do rival, o que lhe tem faltado em arte e engenho para colocar uma equipa que gasta milhões acima dos demais, que era fantástica e de nível europeu quando então andava pela Turquia e era ainda seu adversário, mas que agora, qual milagre da transformação, tem "muitas debilidades". Fala com sobranceria em doses industriais. Vê jogos diferentes. Vive de um passado fantástico, mas que já lá vai no tempo. Assumo que não sou fã da criatura desde um episódio de uma camisola do Sporting CP ter sido rasgada das mãos do Paulinho, quando então andava por outras paragens mais a Norte. Hoje, depois de anos de glória, parece alguém ultrapassado no tempo em termos técnicos, mas que não perdeu a "arte" linguística – perdoa-lhe Morten Hjulmand. Sempre de língua afiada, até para falar de factos e jogos em que ainda nem treinava a colectividade que hoje é o seu patrão e onde lhe deveriam pagar para treinar mais e falar menos. Assim a modos de alguém que não acrescentou ainda nada no campo, mas que fica como factor relevante da sua passagem até este momento, pasme-se, a retórica de querer acabar com o VAR que, com falhas – a perfeição não existe – é o melhor mecanismo encontrado para minimizar erros no futebol. E eu, que sou pouco mais novo que ele, sei bem disso. É que valia tudo para ganhar por parte do clube de que ele é associado e agora assalariado. Parafraseando alguém, era tudo "limpinho, limpinho".

Este estado de alma que aqui descrevo é apenas porque estou farto – sei que muitos de vocês também, de pessoas que não sabem estar. Ou sabem. Sabem que têm uma boa imprensa. Que lhes é tão fofinha e subserviente tantas vezes. Felizmente que não são todos.

Para alguns deles, uns são "taberneiros". Outros são "speciais"... ou se calhar, para lhes avivar a memória, já foram. 

Mas vamos ao que mais importa. Estamos na luta e vamos provar que é possível conquistar o tão ambicionado Tri. Ganhar ao AVS SAD no sábado, em Alvalade. Nós acreditamos em vocês!

P.S – Em Munique, se já era difícil com o plantel todo disponível, mais difícil se tornou com tantas ausências de jogadores nucleares. Não existem vitórias morais, mas da Baviera saiu um Leão com muita dignidade. Faltam agora dois jogos e a hipótese de sermos apurados para o play-off da Champions League mantém-se de pé.

A força que nos une

Por Mafalda Barbosa
11 Dez, 2025

Editorial da edição n.º 4056 do Jornal Sporting

Há momentos na história de um clube que valem mais do que os 90 minutos.

Momentos em que percebemos que o Sporting Clube de Portugal não vive apenas no relvado, mas no bater do coração de cada Sócio, de cada adepto, de cada voz que se ergue.

O Clube vive deste elo invisível, mas indestrutível entre quem joga e quem apoia.

Também no desporto, como na vida: a união faz a força. E o apoio incondicional dos nossos é fundamental em todos os momentos.

Por isso, deixamos um apelo claro, sentido e directo: venham ao próximo jogo. Tragam a vossa voz, o vosso verde, a vossa crença. Diz-se que no futebol “ninguém vence sozinho” e nós sabemos, melhor do que ninguém, que isso é verdade.

Ir ao Estádio José Alvalade é muito mais do que assistir a um jogo, é participar activamente no apoio ao Clube.

Cada voz nas bancadas transforma-se em energia para a equipa, cada aplauso em confiança, cada presença em compromisso com as nossas cores.

Quando o estádio se veste de verde e branco, a equipa sente que não entra em campo sozinha, entra com milhares de Leões ao seu lado.

Que no próximo sábado, o Estádio José Alvalade volte a ser o de sempre: um palco de emoções, de paixão e de identidade.

Contamos convosco.
Porque o Sporting CP somos todos nós!

Nota: devido à época festiva, o Jornal Sporting terá, até ao final do mês, apenas mais uma edição, que estará disponível nas bancas no dia 24 de Dezembro. A primeira edição de 2026 chega às bancas no dia 9 de Janeiro.

Campeões e Campeonatos

Por Tito Arantes Fontes
04 Dez, 2025

CAMPEONATO NACIONAL I – Recebemos o CF Estrela da Amadora no passado domingo e fizemos um óptimo jogo. A primeira parte é, na verdade, excelente. E os primeiros trinta minutos são mesmo soberbos. Do melhor que já se viu esta temporada no José Alvalade. No final do jogo tínhamos mais quarto golos (dois de Luis Suárez, um de Eduardo Quaresma e outro de Fresneda) e nenhum sofrido. Foi uma vitória claríssima! Três pontos bem ganhos e totalmente merecidos!

CAMPEONATO NACIONAL II – Doutros campos do país fomos tendo notícias de difíceis jogos e magríssimas vitórias dos nossos mais directos adversários. Parece até que esses resultados surgiram do acaso… pois, os adversários em causa – quer o Nacional na Madeira, quer o Estoril no Porto – venderam cara a derrota e mereciam, segundo rezam as crónicas mais fidedignas, melhor sorte.

CAMPEONATO NACIONAL III – Certo é que, no balanço pós-jornada, continuamos a depender só de nós próprios, tendo o Sporting CP o melhor ataque da prova (cada vez mais de modo mais acentuado) e possuindo significativamente a melhor diferença entre golos marcados e sofridos. Na próxima jornada vamos defrontar o SL Benfica, no seu estádio, na noite da próxima sexta-feira. Vamos em busca dos três pontos, claro está! Nós estamos com vocês, equipa! Força, Leões!

CHAMPIONS – Na semana passada teve lugar a quinta jornada da actual fase de “grande grupo” desta milionária prova. Jogámos contra o Club Brugge KV, no nosso José Alvalade. E que bela vitória alcançámos! Bela e claríssima, por 3-0, graças aos golos de Geovani Quenda, Luis Suárez e Francisco Trincão. Estamos, agora, com dez pontos, um belo pecúlio nesta fase da prova, o qual – aliás – permite ao Sporting CP estar em zona de apuramento directo para a fase seguinte (os oitavos-de-final). Excelente percurso até agora (para além dos milhões já encaixados)! E a consciência de que temos ainda três dificílimos jogos pela frente… o Bayern já na próxima semana, em Munique; e – depois, em finais de janeiro – o PSG, campeão europeu em título no José Alvalade, seguido do Athletic Bilbao no País Basco. Serão três finais! Nós estamos com vocês, equipa! Força, Leões!

MODALIDADES – As nossas modalidades continuam a dar-nos consecutivas alegrias. Tanto nas provas nacionais, como nas internacionais. O basquetebol claramente a “subir”. O futsal a exibir a qualidade de sempre (e a demonstrar que o desaire com o Eléctrico FC foi um mero “acidente de percurso”). O andebol no estratosférico plano a que já nos habituou. O hóquei a “homenagear” o seu eterno Júlio Rendeiro. E o judo a demonstrar a pujança do trabalho de excelência que fazemos nessa modalidade com vários títulos de campeão nacional obtidos no último fim-de-semana no Pavilhão de Odivelas! Força, equipas!

SEBASTIÁN COATES – O nosso capitão Coates, Bicampeão Nacional no Sporting CP e vencedor de várias taças nacionais, sagrou-se campeão do Uruguai, com o seu Nacional de Montevideu, o clube no qual nasceu para o futebol. Parabéns, Seba! Estamos juntos, como sempre!

PAULINHO – É outro dos nossos Bicampeões Nacionais que merece destaque e referência. Sensacional carreira que vai fazendo no Toluca, no México. Campeão e batendo recordes atrás de recordes, marcando os seus golos cerebrais, que festeja com o dedo indicador apontado à sua testa… como sempre! Parabéns, Paulinho! Estamos juntos, Leão!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

Qualidade rima com trabalho

Por Juvenal Carvalho
04 Dez, 2025

Começo este texto com uma opinião que, estou certo, muitos de vós irão corroborar: "Neste momento, e o futebol é tantas vezes o momento, gosto muito de ver o Sporting Clube Portugal jogar futebol". 

Direi mesmo, sem querer fazer com isto qualquer termo comparativo com ninguém, que ver jogar a nossa equipa me fascina. Roça mesmo a perfeição. Uma equipa com classe, onde se vê trabalho de laboratório, e que trabalho... feito com imensa qualidade e com a chancela da "tasca" de Rui Borges.

Na passada semana foi mesmo um Leão gigante em versão dupla aquele que em Alvalade, para fascínio de quem via ao vivo, ou assistia através da televisão, primeiro com o Club Brugge KV para a Champions League e, depois, com o CF Estrela Amadora, para o Campeonato, que vestiu o seu melhor fato de gala. Os dois jogos tiveram um denominador em comum. Um Sporting CP que entrou em ambos, pese a diferença de qualidade dos adversários, mas com o mesmo respeito, com uma vontade indómita de resolver os jogos cedo, aliando a isso uma qualidade superlativa e também muito suor. Dois condimentos preciosos para este excelente momento, onde a qualidade da nossa equipa fascina quem a vê jogar. E digo isto sem sobranceria alguma. Apenas com a convicção de uma realidade que é factual. Sei que tanto falta jogar, que ainda não ganhámos nada, e que muita água ainda irá correr por debaixo das pontes. Mas uma certeza tenho, de forma inequívoca. Existe um Leão que sabe o caminho para tentar repetir o êxito e que todos sabemos que está focado nesse êxito. O sonho comanda a vida, inspirando-me na 'Pedra Filosofal' de Manuel Freire. 

E por falar em foco. O foco agora, ultrapassados que estão o Club Brugge KV e o CF Estrela da Amadora está todo ele virado para o próximo jogo... e que jogo. Já amanhã é a vez do dérbi dos dérbis. Não faço futurologia, mas é com uma crença inabalável nos nossos rapazes que encaro este jogo. Sei que é imprevisível e que a história nos diz que é sempre aquele jogo de prognóstico impossível, mas a esperança que vai correr bem ao Leão, essa está em mim bem presente. Sou, por forma de estar, longe de ser o maior dos optimistas, mas nos antípodas do pior dos pessimistas. 

Este é mesmo aquele jogo que desde sempre mexe comigo. Fico estranho horas antes, para não dizer dias, e pouco me apetece falar com alguém. No fundo, sendo mais sucinto, é o jogo que me causa um nervosismo suplementar... que me é difícil de descrever por palavras.
Mas para o fim, entroncado no jogo de amanhã, e porque não gosto nada de ser comido de cebolada, uma palavra para os que, desviando o foco do que lhes corre mal, fazem comunicados por tudo e por nada, até por causa de cantos mal assinalados – pasme-se ao ponto a que isto chegou – escrevendo para os seus correligionários assim a modos que com papas e bolos se enganam os tolos e como se fosse para invisuais sem ser escrito em braille. Só que o karma é lixado. E, como no velho ditado, pela boca morre o peixe. Não é que ganharam um jogo da Champions League através de um canto que deu em golo e que não deveria ter sido assinalado por precedido de um fora-de-jogo. E aí, nem uma palavra. 
A tentativa deles, que para o efeito já começaram a falaciosa retórica, é tentar descredibilizar o VAR. Sabemos todos o porquê. Longe vão os tempos em que valia tudo. Aí é que era tudo muito bom..., mas a memória dos homens não tem de ser curta. Isso querem eles.

 

P.S 1 – É igualmente uma delícia ver jogar os nossos meninos da equipa B. Quanto crescimento colectivo e individual. Quanto talento. Tanto futuro. 

P.S 2 – Na senda da qualidade e do futuro, era impossível passar ao lado da nossa equipa de andebol. Que bom é vê-los jogar a um nível altíssimo na EHF Champions League. Olhos nos olhos com os melhores da Europa, literalmente. 

P.S 3 Morreu a Luísa Rodrigues. Para mim a Luisinha, que nasceu literalmente dentro do Estádio José Alvalade. Conheci a Luísa desde sempre. Vivia com os seus pais – o Miguel e a Olinda – numa casa contígua ao Pavilhão de Alvalade, desde que nasceu. Como eu gostava dela. Como ela respirava Sporting. Uma vida dentro do Clube, de que era, agora, funcionária. Fizeste-me chorar minha querida amiga, partiste tão cedo. Serás eternamente a minha Stromp. Um beijo na testa como respeito. Descansa em paz. Gostava tanto de ti.

Sportinguismo sem fronteiras

Por Mafalda Barbosa
04 Dez, 2025

Editorial da edição n.º 4055 do Jornal Sporting

Há algo no Sporting Clube de Portugal que desafia distâncias, fusos horários e fronteiras: a forma como os seus Sócios e adeptos o mantêm vivo onde quer que estejam.

O Sporting CP é mais do que um clube desportivo, é uma forma de estar. E essa identidade colectiva, persiste e encontra a sua verdadeira forma de expressão nos Núcleos espalhados pelo país e pelo Mundo.

Em cada Núcleo vive um pedaço da nossa História e da nossa cultura desportiva. Em cada Núcleo veste-se com orgulho a listada verde e branca, canta-se o hino com emoção e celebra-se cada vitória em família.

De Maputo a Nova Iorque, de Madrid a Londres, há sempre um Leão pronto a erguer o símbolo do Clube e a fazer dele um motivo de encontro, de convívio e de missão. Porque apoiar o Sporting CP é comemorar as vitórias das modalidades, acompanhar o futebol, promover os valores do Clube e criar impacto social. É levar o nome do Clube mais longe, mesmo quando o Estádio José Alvalade está a milhares de quilómetros.

Neste tempo em que o Sporting CP vive com modernidade e ambição, é fundamental reconhecer o papel insubstituível dos Núcleos. São eles que transformam a paixão individual num movimento global. São eles que tornam possível que um Sportinguista, seja de onde for e onde for, nunca esteja sozinho. São eles que provam que o Sportinguismo não conhece barreiras, não tem fronteiras e nunca deixará de ser universal.

O ponto alto desta celebração Leonina voltou a ser o Jogo dos Núcleos, momento em que o Estádio José Alvalade recebeu milhares de Sportinguistas vindos de todas as latitudes para reafirmar a força do Clube.

Mais do que um encontro desportivo, este é sempre um dia de união, onde cada Núcleo é chamado a representar a sua região, a sua história e a sua dedicação ao Clube. É a prova viva de que o Sporting CP se constrói diariamente através das pessoas que o sentem.

Enquanto houver um Núcleo, haverá sempre Sportinguistas unidos.

E enquanto houver Sporting CP, haverá sempre um universo pintado de verde e branco.

In memorian

Por Tito Arantes Fontes
27 Nov, 2025

JÚLIO RENDEIRO – No final da semana passada a notícia veio fria, cortante… o grande Campeão Júlio Rendeiro partiu! Ele que já estava, por direito próprio e há décadas, no Olimpo dos Campeões! Deixa um rasto de saudade crescente, de dor profunda, de vazio imenso! Conheci o Júlio Rendeiro quando, há quase 20 anos, fizemos ambos parte do Conselho Fiscal, na presidência de Filipe Soares Franco. Mais tarde voltei a encontrá-lo, quando – em 2012 – ingressei no Grupo Stromp. Sempre – nesses fóruns privilegiados da vida Sportinguista – apreciei a sua postura, a inteligência das suas análises, a ponderação dos seus raciocínios. A qualidade das suas intervenções, muitas vezes fundadas na sua experiência desportiva, nos anos de balneário, no profundo conhecimento do que são os desportos colectivos e nestes da importância da equipa, das suas dinâmicas, no interior da equipa e no modo como a mesma se projecta e deve apresentar para o exterior, incluindo perante adversários. Foi um enorme desportista, um dos nossos melhores. E foi também um prestigiado dirigente, sempre escutado, sempre respeitado. Foi também, como todos sabemos, Campeão na sua modalidade de eleição, o hóquei em patins. Aí – no seu Clube, o Sporting CP – foi capitão de equipa, Campeão Nacional em distintas épocas, vencedor de vários troféus, incluindo Taças de Portugal, conquistando – em 1977 – a mítica Taça dos Clubes Campeões Europeus (a primeira por um clube português)! Foram os tempos da “Equipa Maravilha”, a tal de Ramalhete, Rendeiro (ele próprio!), Sobrinho, Chana e Livramento! Na Selecção Nacional, com base neste mesmo “cinco”, ganhou tudo, foi Campeão Europeu e Mundial, várias vezes. Foi também treinador, incluindo do Sporting CP e seleccionador nacional, onde voltou a ser Campeão do Mundo. Foi Sócio de Mérito do Clube, Prémio STROMP como atleta, vice-presidente do Sporting CP com Amado de Freitas e José Eduardo Bettencourt, membro do Conselho Fiscal com Dias da Cunha e Soares Franco. Foi um Leão, um dos nossos melhores! Curvo-me, unido a todos os Sportinguistas, em sua homenagem. Obrigado, Júlio! Até sempre, Rendeiro! Paz à sua alma!

RUGIDOS DE LEÃO / FREDERICO VARANDAS – Este ano (só agora abordo este tema pois razões pessoais e profissionais impediram-me de escrever na semana passada) os Rugidos de Leão, evento anual de grande tradição Sportinguista, organizado pelo “Leão de juba alta” Bernardes Dinis, sempre na zona de Leiria, teve um especial impacto… o discurso do nosso presidente, Frederico Varandas, bateu forte, impactou nos nossos mais directos adversários e calou fundo na alma dos Sportinguistas. O nosso presidente respondeu à lenga-lenga dos nossos adversários, sublinhando o bafio que emana desses discursos e dos comportamentos e atitudes dos mesmos. As reações não se fizeram esperar, por omissão ou por pífios comunicados. A nota ficou dada. O Sporting CP está vivo, está presente, está alerta! E vai lutar, sempre e sempre, doa a quem doer, com coragem e com denodo! Com esforço! Com dedicação! Com devoção! Força, presidente!

CHAMPIONS – Jogamos esta semana com o Club Brugge KV, na quinta jornada desta fase do “Grande Grupo”. Jogamos para ganhar! Ganhar e fazer dez pontos! Sabemos que podemos, desde logo porque no ano passado, também por esta altura, mas na Bélgica, estivemos a um passo dessa vitória. Agora, no nosso José Alvalade, com o apoio vibrante da sempre dedicada e presente massa Associativa Leonina, vamos em busca dos três pontos! Força, Leões! Nós acreditamos em vocês!

CAMPEONATO NACIONAL – Regressa no fim-de-semana o Campeonato. Jogamos no domingo com o sempre atrevido CF Estrela da Amadora, no José Alvalade. Será a décima terceira jornada e – como sempre – é para lutarmos pela vitória! Força, Leões!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

Eterno, o capitão Júlio Rendeiro

Por Juvenal Carvalho
27 Nov, 2025

A notícia chegou-me gélida através de WhatsApp, e trazia algo que não queria ler: "Morreu o Júlio Rendeiro".

E hoje, neste espaço, porque a notícia quando chegou já havia fechado a edição anterior do nosso Jornal, quero lembrar em vida este Homem natural da cidade do Porto, que começou a jogar num histórico da Invicta, o Infante Sagres, e que haveria de rumar a Lisboa para se tornar o capitão daquela que foi a primeira equipa de hóquei em patins do Sporting CP que vi jogar – e que equipa era, simplesmente estratosférica.

Os Heróis nunca morrem e Júlio Rendeiro é um Herói que fará para sempre parte do imaginário de uma criança de então, que era eu, que sofria como poucos a ouvir os relatos do hóquei em patins, às escondidas dos meus pais porque no dia seguinte havia escola, e que teve o privilégio de acompanhar todo o trajecto daquela dream team que em 1976/1977 trouxe para o reino do Leão a primeira das quatro Champions League que já conquistámos na modalidade, embora ao tempo se designasse ainda de Taça dos Clubes Campeões Europeus.

Desde essa conquista épica, já correram 48 anos no tempo, mas as minhas memórias estão bem vivas. Aquele fantástico grupo, que fazia literalmente gato sapo dos adversários, superiormente treinado por Torcato Ferreira, era apenas delicioso de ver jogar. Se Ramalhete "fechava" a baliza, João Sobrinho era o "bombardeiro", Chana a "magia" e António  Livramento o "mago", e Carmelino, Jorge Alves, José Garrido e Carlos Alberto os suplentes que acrescentavam ainda mais qualidade à equipa, o capitão Júlio Rendeiro era o "cérebro". Aquele que estava em todos os momentos do jogo. Aparecia sempre com aquela calma glaciar que lhe era tão peculiar, qual gentleman e voz amplamente reconhecida. A braçadeira de capitão assentava-lhe na perfeição. Era um líder único. Incontornavelmente tem uma história escrita a letras de ouro marcada para todo o sempre, não só na modalidade, mas também ficará inevitavelmente como um dos imortais do nosso Clube.

Além de jogador, foi também, posteriormente, dirigente durante alguns anos. De um Sportinguismo genuíno como poucos. Sempre disponível para servir o "seu" Sporting Clube de Portugal.

Um Senhor no desporto e na vida, o Engenheiro Júlio Rendeiro. 

Tive o privilégio de privar com ele poucas vezes, mas todas elas deliciosas. Falar de Sporting e ouvir as suas estórias de vida Leonina era arrebatador. A última vez foi em 2023, no aniversário do Núcleo do Sporting do Seixal, quando tive o privilégio de ter ficado na sua mesa, a mesa que tinha campeões de modalidades diferentes e que me fez sentir feliz por ali estar entre eles.  Ele, nesse dia, com a sua natural sapiência, abordou os tempos em que começou a praticar a modalidade e recordou momentos épicos passados de Leão ao peito. Todos os que lá estávamos ouvíamos com atenção aquele Senhor que era um verdadeiro gentleman. Agora, que partiu fisicamente, que não do coração de todos os Leões, o Júlio, como era tratado pelos mais próximos... para mim, o Senhor Engenheiro Júlio Rendeiro, deixa o Sporting Clube de Portugal mais pobre, mas onde estiver, estará seguramente a torcer pelo seu/nosso Clube.

Até sempre, eterno capitão Júlio Rendeiro. E obrigado, muito obrigado, por tudo quanto representou para o símbolo do Leão rampante. E tanto foi!

P.S 1 – E que melhor forma teve o nosso hóquei em patins para homenagear Júlio Rendeiro, do que ganhar ao Hockey Bassano (5-0) para a Champions League e ao FC Porto (5-2) para o Campeonato Nacional. O engenheiro gostou e ficou orgulhoso, seguramente. 

P.S 2 – Os meus sentimentos a Edo Bosch e a Xano Edo pela perda, respectivamente, de seu pai e avô. 

P.S 3 – Este post scriptum é dedicado à vida. E o Sporting Clube de Portugal está vivo, recomenda-se e pronto a honrar e a dignificar uma História de quase 120 anos repleta de êxitos e de momentos épicos.

A vitória que nos move

Por Mafalda Barbosa
27 Nov, 2025

Editorial da edição n.º 4054 do Jornal Sporting

Há vitórias que se escrevem no marcador – e há outras que fazem parte do nosso ADN. O Sporting vive das duas. Cada triunfo em campo, na quadra, é mais do que um resultado: é a confirmação de que a chama Leonina continua acesa, alimentada por conquistas, superação e uma vontade indomável de vencer.

O Sporting CP sabe que vencer não é um acto isolado, é um caminho. Um caminho que exige esforço, dedicação e devoção – palavras que, para nós, não são apenas um lema, mas um compromisso diário.

Como dizia Nelson Mandela, “It always seems impossible until it’s done.” É essa a essência do Sporting CP: transformar o impossível numa rotina possível, graças à persistência de quem carrega o verde e branco ao peito.

Cada jogo complicado, cada lesão superada, cada minuto de resistência é um obstáculo ultrapassado que nos leva mais alto.

Celebramos mais uma etapa, mas mantemos os olhos no futuro. Porque o Sporting CP não vive apenas de vitórias: vive de procurar sempre mais. Cada triunfo é uma porta que se abre para o próximo desafio, para a próxima página da nossa História centenária.

Somos um clube que não se limita a participar – quer liderar, inspirar e deixar marca.

E se a vitória é o destino, a superação é o caminho. Caminho que percorremos juntos.

Tanto Sporting Clube de Portugal!

Por Juvenal Carvalho
20 Nov, 2025

A paragem para os jogos da Selecção Nacional num percurso que deveria ter sido mais fácil, mas que nos obrigou a fazer contas até à ultima jornada para chegarmos ao Mundial de 2026, ficou marcada pelo orgulho de sermos o clube português que mais jogadores forneceu à equipa das quinas, factor mais do que demonstrativo do trabalho feito em Alvalade apesar das tantas vezes incompreensível não utilização de jogadores como Pedro Gonçalves e Francisco Trincão que, mesmo brilhando no nosso Clube, o seleccionador Roberto Martínez teima, injustificadamente, em não colocar em campo naquilo que, e esta opinião só a mim me vincula, parece ter foros de má vontade.

E comecei o texto pelo futebol porque, embora sendo inquestionavelmente a mola real do nosso Clube, aquela que faz pulsar mais intensamente os nossos corações está, como o digo invariavelmente, longe de fazer parar um clube como o nosso, reconhecido pelo seu ímpar eclectismo. E obviamente que não parou e que não faltaram motivos de peso para que os Sportinguistas deixassem de viver o dia-a- dia, feito de actividades nacionais e internacionais. E que actividades elas foram. A passada semana foi repleta de emoções fortes no João Rocha. O basquetebol, que conseguiu uma vitória épica ante os alemães do Rasta Vechta, num jogo em que, quando parecia que estávamos a assistir a uma derrota anunciada, os nossos rapazes acabariam, numa demonstração inequívoca de vontade, e com a defesa como imagem de marca das equipas treinadas pelo professor Luís Magalhães a ditar leis, acabámos por virar o jogo com um triplo fantástico, literalmente do "meio da rua" por intermédio de Malik Morgan, a dar a vitória para o Leão rampante e, quiçá, − quando escrevo este texto ainda não sei o resultado do jogo decisivo em casa ante os romenos do Valcea – nos poderá ter levado à fase seguinte da FIBA Europe Cup. Temos equipa. Temos esperança. O caminho do sucesso, não sendo fácil, até porque temos adversários de peso para enfrentar, pode ser por aqui.

Também o andebol, assumo o meu incrível fascínio por esta equipa, esteve em actividade. E como estamos no topo do andebol europeu, perder com equipas formadas por jogadores galácticos começa a não ser normal. No electrizante jogo com os germânicos do Füchse Berlin, que são uma das melhores equipas do Mundo da actualidade, foi isso que aconteceu no João Rocha. Fugiu-nos a vitória nos detalhes e também pelos "pormaiores" de uma equipa de arbitragem da Chéquia que nos empurrou para trás. Agora, falta toda a segunda volta da fase de grupos e, será inevitável, lutaremos pelos dois primeiros lugares que nos garantem os quartos-de-final da Champions League ou, e esse desiderato devido à classificação actual, está praticamente alcançado, ficaremos apurados via oitavos-de-final da prova, que cabe aos seis primeiros classificados dos dois grupos que compõem a competição. Em suma, até nas derrotas esta equipa orientada com particular mestria por Ricardo Costa, é simplesmente grandiosa. Um motivo de enorme orgulho ver estes rapazes a cada jogo. Como já por aqui escrevi antes, a melhor equipa de que tenho memória nesta modalidade. 

Mas não só dentro dos relvados, dos pavilhões, das piscinas, das pistas, ou onde estiver o símbolo do Sporting Clube de Portugal, se vive o nosso Clube. Existem igualmente outras ocasiões especiais. E no passado dia 13 ela aconteceu. Fez anos o Carlos Sousa, aquele que é actualmente o atleta vivo – também foi treinador e dirigente – que mais títulos de Campeão Nacional conquistou no nosso basquetebol. Estive entre amigos da modalidade – não escondo que é a "minha" – na sua festa de aniversário. Falou-se, entre outras coisas, do passado, tão simbolicamente histórico para o aniversariante, mas também do presente e naquilo que será o futuro que todos queremos seja fantástico.

Respirou-se Sporting... inevitavelmente!

 

P.S 1 – A intervenção do presidente Frederico Varandas na 43.ª edição da Gala Rugidos de Leão foi um verdadeiro hino à defesa da honra e da dignidade do nosso Clube. Assertivo, esclarecedor e clarificador. A falta de vergonha das virgens ofendidas não tem limites, nem sequer a noção do ridículo que representam, numa história tão "estranha" ao longo do seu percurso de vida. Diria mesmo que desde a data da fundação.

P.S 2 – Falar dos Rugidos de Leão, sem falar de Bernardes Dinis, é completamente impossível. Como Sportinguista, quero deixar-lhe aqui o meu agradecimento por tudo o quanto tem feito pelo ideal Leonino. Uma vida dedicada à causa do Sporting Clube de Portugal.

P.S 3 – No passado domingo de manhã a 13.ª edição da Corrida Sporting, ganha no sector masculino pelo Leão Alex Macuácua e no feminino pela Leoa Margarida Beirão, atingiu o número recorde de 12 mil participantes e pintou a cidade de Lisboa de verde e branco. Somos um clube diferente. Somos tão grandes como os maiores da Europa.

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