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Opinião

Defeso… Gyökeres e futsal!

Por Tito Arantes Fontes
19 Jun, 2025

DEFESO / TRANSFERÊNCIAS / GYÖKERES – Estamos em pleno defeso futebolístico, com a enorme maioria de clubes e jogadores a gozarem as suas habituais férias. Compreendemos que no deserto de jogos destas semanas os meios de comunicação social, nomeadamente os desportivos, se agarrem a temas mais sensacionalistas (ou a jogos de torneios de Verão, de fim ou de início de época). Um dos temas preferidos é o das transferências de jogadores, sendo que o respectivo mercado se estende – no geral – do próximo dia 1 de julho (ou seja, ainda nem abriu) até 1 de setembro. Avulta e de que modo, nesse particular domínio, a propalada novela da transferência do nosso Viktor Gyökeres! Certo é que o jogador tem contrato com o Sporting CP até ao final da época 2027/2028! São mais três temporadas! Tenham calma, portanto. Sabemos o papel que Gyökeres tem tido no futebol do Clube! Sabemos da sua enorme valia! Sabemos que os nossos adversários o temem! Sabemos quanto tantos gostariam de ver o Sporting CP fraquejar ou ser enfraquecido. Mas, contudo, o Viktor tem contrato, continua a ter contrato, é jogador do Sporting CP e assim continuará a ser… até que o presidente Frederico Varandas se convença e decida fazer o negócio da transferência desse extraordinário jogador para uma qualquer outra latitude, sempre com adequada e valiosa compensação ao Clube. Tenhamos, pois, calma!

CONFIANÇA E CORAGEM – No meio dessa interminável novela, como em tantos outros momentos, soube muito bem ver e ouvir a intervenção pública do presidente Frederico Varandas, por ocasião da sua visita – na semana passada – ao Museu Sporting em Leiria (salvé, Bernardes Dinis!). Foi exemplar! E taxativo! Colocou os "pontos nos i", transmitiu calma aos Sportinguistas, calou muito comentário, definiu caminho e fixou barreiras e limites! Todos percebemos que o presidente está em cima do assunto, conhecedor da situação, detentor de uma privilegiada posição negocial, atento ao mercado e aos seus sinais. O corolário da sua intervenção foi confirmarmos, no seio do que nos importa, isto é, da Família Sportinguista, o reforço da confiança no presidente, na certeza de que o mesmo tratará do assunto guiado por um único fundamental vector, qual seja a defesa dos superiores interesses do Sporting CP! Força, presidente! Coragem, presidente!

LADAINHAS E QUEIXINHAS – O SL Benfica continua a queixar-se… já perdemos até a conta às vezes que o faz. A verdade é que já ninguém, nem eles próprios, sabe do que eles se queixam e muito menos qual a razão! Certo é que o clube que mais foi beneficiado na história do futebol português está agora – depois das derrotas que consecutivamente o Sporting CP lhes foi infligindo no Campeonato e na Taça de Portugal – em estado catatónico, viciado em birrentas lamechas e fixado em infantis queixinhas. Coitados… não fosse a hipocrisia e até poderiam meter dó… não é, contudo, o caso! Não merecem isso. Sublinhamos, isso sim, que – agora – também no futsal se queixam… tendo feito um lamentável comunicado a propósito da arbitragem do primeiro jogo da final do Campeonato, que foi magistralmente contestado no feliz comunicado de resposta do Sporting CP! Tanta lamechice, tanta lágrima de crocodilo, tanta hipocrisia!

FUTSAL / A FINAL – No passado domingo teve lugar esse tal primeiro jogo da final do Campeonato, em nossa casa, no Pavilhão João Rocha. Lutámos muito, podíamos ter ganho o jogo. Fomos sempre recuperando, com muita garra e pundonor, das desvantagens que fomos sucessivamente tendo no marcador. Quatro vezes nos vimos a perder e quatro vezes conseguimos recuperar, empatando sempre a partida. No final, nos penáltis, a sorte nada quis connosco e foi-nos madrasta. Estamos em desvantagem. Mas sabemos que o nosso futsal é feito de Campeões! De gente de rija têmpera! Uma equipa de antes quebrar que torcer! E foi isso que se viu nas declarações no final do jogo, desde o Nuno Dias, passando pelo capitão João Matos e indo até aos demais jogadores que prestaram declarações. Nós acreditamos em vocês! Força, Leões! Vamos ao Penta!

ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE – Aos poucos e poucos vai-se desvendando tudo quanto se está a passar com as obras que decorrem dentro do nosso templo. Vamos ficar com um Estádio ainda mais espectacular! As fotos que aqui e ali vão aparecendo dão nota disso mesmo. Cresce, pois, a excitação nos Associados Leoninos! O frenesim aumenta! Toda a gente quer ver e experimentar os seus novos Lion Seats! Também aqui, força, Sporting CP!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S – Acabo de ver a autêntica "patada" (esta sim!) que um tal de Belotti deu num jogador do Boca Juniors. Não se faz! Mas ainda não vi nenhuma "comoção nacional"... nem nenhum pedido de "exemplar punição"... porque será? Já esqueceram o que andaram a dizer há menos de um mês? Fraca memória... ou hipocrisia?

Ouçam o rugido do Leão

Por Juvenal Carvalho
19 Jun, 2025

Confesso que, não sendo o melhor dos optimistas serei, como aqueles que me conhecem pessoalmente o sabem, longe de ser o pior dos pessimistas.

Perguntam vocês: e o que é que isso tem a ver com o Sporting Clube de Portugal? 

Pois bem, passo a explicar. Todos sabemos que passámos por períodos pouco ganhadores no futebol – que não no universo das modalidades – não há como o esconder. Em quatro décadas ganhámos somente quatro Campeonatos, a que somámos aqui ou ali alguns troféus na Taça de Portugal, Supertaça e Taça da Liga.

Mas uma coisa existe que inequivocamente tanto nos orgulha e que nos diferencia claramente dos demais, provocando-lhes até espanto e, porque não, um fundado receio, ao assistirem a este imenso rugido do Leão renascido e a criar hábitos ganhadores. Que é interclassista. Que abrange todas as gerações. Sobretudo as mais jovens, numa clara demonstração de grandeza sem paralelo e que sobretudo são o garante do futuro. Arrepiante!

Não nos deixámos abater quando parecia que havia um manifesto conluio do poder instituído para que só houvesse um grande a Sul e outro a Norte. Comentadores havia que falavam na perda das novas gerações de adeptos. Confesso que também o temi. Dizer o contrário era fugir ao que sentia e não o consigo. Comentei até esse assunto em privado com amigos. Uns corroboraram. Outros, felizmente mais optimistas, refutavam a plenos pulmões essa teoria. Sabia que a família Leonina era imensa. Disso nunca duvidei. Mas em 2021,19 anos depois, chegou um campeonato que, mesmo com as limitações então provocadas pelo COVID-19, fez encher o país e as comunidades onde existissem Sportinguistas, numa loucura indescritível. Estava mais do que provado que o Leão continuava vivo... e bem vivo. Esse foi o primeiro grande indicador.

E depois desse, chegaram mais dois e com eles o Bicampeonato e a dobradinha. 

E aquilo a que se assistiu nos últimos dois anos foi simplesmente indescritível e revelador de que somos únicos... inigualáveis até na forma como sabemos estar nos festejos. Apareceram, numa demonstração clara de amor, milhares e milhares de Sportinguistas a festejar como se não houvesse amanhã, com claro epicentro no Marquês de Pombal, em Lisboa, mas também desde as maiores cidades do país, e não só, até aos locais mais recônditos.

A forma como a imensidão de crianças e jovens festejaram efusivamente, com cânticos de amor ao Clube, a imitar a máscara de Viktor Gyökeres, a dar vivas ao Sporting CP, a extravasar uma alegria incontida, foi emocionante. 

Somos decididamente um clube dos netos até aos avós. Um clube de uma dimensão única.

Os que achavam que o Sporting Clube de Portugal era aquele clube fofinho e que ganharia sempre pouco, estavam profundamente equivocados. Sem arrogância, com a marca indelével da capacidade do trabalho e quanto e bom trabalho tem sido feito, ambicionamos continuar no topo. Tendo a consciência de que ninguém ganha sempre, é legítimo sonhar na manutenção deste momento épico. Ambicionamos agora chegar ao Tri, o que é um objectivo possível.

E é na força motriz desta verdadeira Onda Verde que tem crescido e transbordado de paixão à causa, que temos que nos agarrar e levar os nossos rapazes às cavalitas rumo ao sonho. E que sonho este que nos invade o coração Leonino.

Teremos de ser unos e indivisíveis e não vacilar. Nem quando as virgens ofendidas, que deveriam corar de vergonha por terem um passado recente cheio de casos judiciais, procuram maquilhar os seus fracassos pessoais, numa espécie de papas e bolos para enganar os tolos, querem relativizar as nossas conquistas.

A esses recomendo-lhes Kompensan ou em alternativa que continuem a ouvir o imenso rugido do Leão, aquele que ecoa um pouco por todos os lugares onde existem Sportinguistas. E tantos eles são. 

O sonho na palma da mão

Por Mafalda Barbosa
19 Jun, 2025

Editorial da edição n.º 4031 do Jornal Sporting

 

Os sonhos existem para se tornarem realidade.

E foi com esse despertar para o mundo da imaginação e dos desejos que vários jovens aderiram ao Open Day de andebol do Sporting CP.

Em alguns casos, a iniciativa permitiu um primeiro contacto com a modalidade e noutros foi uma forma de alguns atletas manifestarem o interesse de integrarem os escalões de formação do andebol Leonino, tanto no masculino, como no feminino.

Os constantes êxitos no andebol sénior, e não só, contribuíram para aguçar a curiosidade dos mais novos pela modalidade.

Assim, largas dezenas de crianças viveram um dia diferente e tiveram a oportunidade de conhecer de perto a excelência, a grandeza e o eclectismo do Clube.

Há quem diga que o sucesso começa com um sonho, do sonho para a meta, da meta para a disciplina, da disciplina para a persistência e da persistência para a conquista.

Na verdade, tudo o que um sonho precisa para ser concretizado é de alguém que acredite que ele possa realizar-se.

"Se podemos sonhar, também podemos tornar os nossos sonhos realidade"*, não fosse o Sporting CP fruto do sonho de um Leão que se tornou real.

*Walt Disney

Alma de Leão!

Por Tito Arantes Fontes
12 Jun, 2025

ALMA DE LEÃO – Hoje agarro-me ao que dizem os nossos Consócios. Tenho um velho, bom e grande amigo, médico, excelente por sinal, ou seja, um homem dedicado aos outros, à saúde e ao bem-estar. É um Leão de "Juba Alta", de sempre, de toda a vida, meu companheiro de bancada décadas a fio e que assim vai continuar. No meio das centenas e centenas de mensagens que fui recebendo no nosso "Maio de Ouro" elegi o SMS que este meu querido amigo enviou – no dia seguinte à conquista do nosso Bicampeonato (antes da Taça de Portugal, portanto) – para um dos inúmeros grupos de Leões de que faço parte. É comovente! É o que lhe brota e brotou genuinamente da alma, do seu "coração de Leão"! É, na verdade, o sentir de gente da sua, minha geração! Gente que se vai aproximando dos 70 anos de vida. E – Por tudo – resolvi partilhar a mesma, ou melhor alguns excertos, nesta coluna. Faço votos que a sintam como eu e tantos outros leões a sentiram. Reza assim este nosso Consócio:

"Estou com uma monumental ressaca. Com todos os sintomas: a acordar a meio da noite (sim, ontem dormi o "sono dos justos" ou melhor dos injustiçados), com uma grande dor de cabeça, ter a mesma a andar à volta, nem acreditar no que aconteceu. Mas é uma ressaca diferente, é uma ressaca não etílica, tirando uma lágrima de tinto ao almoço, ontem nem entrou uma gota de álcool (nem champanhe com amigos) no meu "sistema". É uma ressaca emocional. É uma ressaca de anos e anos em que se foi acumulando a sensação de quase, o quase nunca, o quase quase, umas por culpas próprias, outras – na maioria – empurrados por forças exteriores, também pelos media que agora nos louvam, mas que foram cúmplices tanto e tanto tempo de "Calabotes e Calheiros", dos apitos dourados e encarnados que dizimaram plantéis de excelência, que impediram que jogadores e equipas de elite fossem campeões. É uma ressaca de tantos e tantos anos a ser o underdog, uma dita elite que aguentava estoicamente o gozo da maioria ruidosa que não sabia ganhar, nem perder. Esta época saliento duas idas ao nosso templo: o jogo com o Lille e ontem, dia de Campeões! Curiosamente o mesmo resultado, dois a zero para o Sporting CP! Por motivos vários tive de sair ao intervalo... faltou-me o pé ou o coração, tive uma sensação de ansiedade ou até de angústia no meio de tanta gente. Já percebi que actualmente sabe-me bem partilhar as grandes tristezas, mas as grandes alegrias são interiores, solitárias e silenciosas. E ontem, apesar da náusea da incerteza, sabia que a maré ia subir e nos inundar de felicidade. O encontro estava marcado, faltava só acertar a hora. Mas agora é tempo também de reconhecimento e para memória futura quero deixar aqui uns apontamentos de profunda gratidão. Em primeiro lugar ao plantel do Sporting CP, foram uma equipa de Leões fortes e amigos, resolutos e que não tremeram perante as adversidades, as mudanças inesperadas de rumo, as lesões, as pressões de todo o tipo; foram mesmo uma pride of lions por quem temos o maior orgulho deste mundo. Em seguida, a Ruben Amorim que tanto contribuiu para o que se contruiu e que, apesar da sua saída, nos deixou com uma almofada pontual que nos permitiu não ter consequências irreversíveis. Logo após, a Rui Borges que colou os cacos e com resiliência transmontana trouxe tranquilidade e blindagem ao grupo. Depois – natural e obviamente – a Frederico Varandas que soube ler e reconhecer momentos e ter e arranjar soluções, sempre a tempo, sempre bem, sempre adequadas. E – por fim – aos meus amigos, muitos amigos de verdes anos, todos amigos de "anos verdes", que fazem o favor de aturar os meus desabafos, o meu comportamento bipolar entre a maior euforia e a depressão; é aqui que venho buscar alento nas derrotas e cumplicidade nas vitórias. É aqui o meu "Marquês de Pombal"! Porque partilhamos um saber muito autêntico: mesmo após muito esforço, uma enorme dedicação, uma irracional devoção, nem sempre chega a Glória. Mas quando chega, como agora chegou, mesmo que seja fugidia, leva-nos ao céu, ao convívio dos "beatos" Manuel Fernandes ou Aurélio Pereira, para só falar dos mais recentes. Em comunhão com muitos daqueles familiares e amigos que já partiram e que nos esperam em verdes prados para retomar conversas interrompidas cedo demais. Eis o Sporting CP!".

ANDEBOL – Conquistámos a Taça de Portugal, o sétimo título seguido! É fantástico! Obra superior de uma equipa de luxo! E que vai continuar... os manos Costa e o capitão Salvador Salvador já renovaram e são a garantia disso mesmo! Muitos Parabéns, andebol!

FUTSAL – Apurados para a final, à melhor de cinco! Pela 15.ª vez consecutiva, feito único no futsal nacional. Vamos disputar o título mais uma vez contra o SL Benfica.  Queremos o penta, que será record também no futsal nacional! Sabemos de todas as dificuldades que temos tido esta época, mas também sabemos de que ADN esta equipa é feita! Vamos a isso! Vamos a eles! Força, Leões! Coragem, equipa!

HÓQUEI – Lutámos muito! Lutámos bem! Ficámos pelas meias-finais no João Rocha frente ao FC Porto. Mas cumprimos a nossa História, tivemos raça, tivemos querer! Força, equipa! Parabéns, hóquei! E obrigado, Angêlo Girão! Obrigado, João Souto! Obrigado, Matias Platero! Obrigado, Toni Pérez!

VÂNDALOS – Inenarrável e intolerável o ataque perpetrado ao carro em que alguns adeptos portistas seguiam para o Porto, após o jogo de hóquei. Não há nada que justifique a barbaridade cometida! Não é isto que queremos no nosso desporto. E o Sporting CP não é isso! Bem, pois, esteve a comunicado do Clube a verberar o sucedido!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S – Acabo de saber das declarações há minutos de Frederico Varandas sobre a "novela" da eventual saída de Gyökeres. Como disse o presidente: "O Clube tem bom senso e tem palavra!". É isso mesmo! Confiança total, pois, em quem defende os nossos interesses e não se deixa influenciar por forças exteriores, sejam elas quais forem! E ao serviço de quem estiverem! Força, Frederico!

Triplete!

Por Juvenal Carvalho
12 Jun, 2025

Mal acabou o jogo da final da Taça de Portugal de andebol – a 19.ª e quarta consecutiva conquistada pelo Sporting Clube de Portugal – ainda festejava efusivamente o feito, quando recebi de um amigo, via WhatsApp, um quadro com as conquistas por modalidade, do futebol às principais de pavilhão, e esse quadro é  pintado com tanta tonalidade verde, que é com um orgulho incomensurável que todos nós, que trazemos o símbolo do Leão no coração, assistimos a este momento histórico e que marca, sem arrogância, uma hegemonia clara do nosso Clube sobre os demais. E, porque, quando começava a escrever este texto, na "fortaleza" do João Rocha acabávamos de conseguir garantir a final do campeonato de futsal (já conquistámos a Taça de Portugal e a Taça da Liga) e no hóquei em patins (ganhámos a Taça de Portugal), vimos cair nas grandes penalidades a hipótese do acesso à final. Claro que no futsal, sabendo que teremos opositor de peso, temos legítimas esperanças de conseguir aumentar este pecúlio.

Decididamente, a época desportiva de 2025/2026 está a correr bem ao Sporting CP. Como digo invariavelmente, ninguém ganha em tudo, nem sempre. Mas uma coisa é certa. Sem trabalho nada se consegue. E na "oficina" do Leão, independentemente da modalidade, tudo é feito no sentido de que as conquistas possam estar mais perto... e não aparecem por acaso.

Mas falando do não por acaso, esse tema é perfeitamente adequado aplicar ao nosso andebol, modalidade que foi até ao momento a última a ganhar um troféu, e que trouxe com ele o pleno das conquistas nacionais, que conseguiu o triplete (Campeonato, Taça de Portugal e Supertaça). Mas também na EHF Champions League tivemos um Leão fantástico, que ficou à porta da final four, num desempenho soberbo que só terminaria nos quartos-de-final, ante os franceses do Nantes. E quando Ricardo Costa, após a conquista da Taça de Portugal, lamentou não conseguir estar presente no palco máximo do andebol europeu no próximo fim-de-semana. Momento esse que esteve tão perto e que seria a cereja no topo do bolo de uma temporada FABULOSA!

Uma época verdadeiramente apoteótica. A sétima conquista seguida de troféus nacionais. Um feito simplesmente incrível, assente num projeto em que, aquando da chegada de Ricardo Costa, se percebeu desde logo que havia algo mágico que estava para vir.

E veio mesmo. Apostando em jovens fantásticos como Kiko Costa e Martim Costa – que jogadores tremendos estes manos; com o crescimento da prata da casa, que fantástico jogador está o Salvador Salvador e, para não me alongar mais e não individualizar aqui, aquilo que é um todo, porque tudo foi feito de forma cirúrgica, todos... mesmo todos merecem os maiores elogios.

E o Leão, que foi "penta" em tempos idos, volta a viver no andebol – e não só obviamente, tempos memoráveis. 

O eclectismo sempre fez parte integrante do ADN do Leão. Foi até ele o suporte do Clube em momentos menos bons do desporto-rei. É ele que, com tanta conquista, faz do nosso Museu algo especial. Algo transcendental, até. 

E para além disso, parafraseando alguém que com papas e bolos quer enganar os tolos, mas está difícil mesmo esses que ele quer enganar acreditar naquele seu ruído do desespero, "O Sporting tem isto tudo minado". É verdade, temos mesmo isto tudo minado... mas de trabalho e de competência.

P.S 1 – 10 de Junho de 2025. A data que ditou o adeus aos rinques de Ângelo Girão. Uma careira linda e coroada de sucesso.  Enorme nas balizas. Uma garra arrebatadora. Ficará eternamente como um dos nossos. Obrigado por tudo, Ângelo Girão. Proporcionaste momentos verdadeiramente inolvidáveis aos Sportinguistas. Tornaste-te uma referência do Sporting Clube de Portugal. Sê feliz no futuro. Jamais te esqueceremos.

P.S 2 – Parabéns a Portugal pela vitória conseguida na Liga das Nações de futebol. Em especial para os nossos quatro representantes: Rui Silva, Gonçalo Inácio, Francisco Trincão e Pedro Gonçalves, como também para aqueles que já antes envergaram o símbolo do Leão: Nuno Mendes, Renato Veiga, João Palhinha, Francisco Conceição, Bruno Fernandes, Rafael Leão e Cristiano Ronaldo. A prova provada do trabalho que tem sido feito pelo Sporting Clube de Portugal em prol do futebol português. 

Persistência e superação

Por Mafalda Barbosa
12 Jun, 2025

Editorial da edição n.º 4030 do Jornal Sporting

(per·sis·tên·ci·a)

Perseverança.

Constância.

Firmeza.

Vencer não cansa. Mais uma meta alcançada. Mais um título conquistado.

Desta vez, a 19.ª Taça de Portugal do andebol verde e branco que se junta à Supertaça e ao Campeonato Nacional.

Feita de ambição, persistência, esforço, união, superação e muita, muita, vontade de fazer História.

O triplete voltou a repetir-se pelo segundo ano consecutivo e tanto os atletas Leoninos, como o treinador, Ricardo Costa, não podiam estar mais orgulhosos desta conquista e agradecidos à onda verde e branca que sempre apoiou a equipa.

“É difícil ter palavras para os adeptos, quero dar-lhes o devido mérito. Esta vitória também é deles”, frisou o treinador, salientando ainda: “Estamos a marcar uma geração e muito felizes por mais uma época de sucesso”.

O sucesso reflecte a soma de pequenos esforços e cada meta atingida é um pequeno passo para um grande feito.

Objectivo alcançado, conquista celebrada, agora é tempo de começar a sonhar com o próximo.

Porque “os dias prósperos não vêm por acaso, nascem de muita fadiga e persistência”.*

*Henry Ford

Ecos da Glória!

Por Tito Arantes Fontes
05 Jun, 2025

ALEGRIA COLOSSAL – Continua o Mundo Sportinguista em grande e permanente satisfação! Não é caso para menos. Foi um inolvidável fim de temporada! Um Maio espectacular! Muito especialmente desde o jogo com o Gil Vicente FC que vivemos em total festa! Primeiro querendo viver o momento, depois chorando de alegria agarrados a Eduardo Quaresma e depois festejando a bom festejar o Bicampeonato, a Taça de Portugal e o consequente gozo máximo que constitui a dobradinha!

CAMINHADA FINAL – Esse jogo com o Gil Vicente FC teve lugar no dia 4 de Maio. Todos recordamos que sofremos a bom sofrer em virtude do golo do Gil, de penálti, antes da meia-hora de jogo. O difícil que foi a nossa remontada! O golo salvador de Maxi Araújo já depois dos 80 minutos de jogo. E o êxtase total que chegou com o golaço de Eduardo Quaresma para lá dos 90 minutos, em pleno período de descontos. Foi épico! E a liderança do Campeonato continuava nas mãos do Sporting CP!

TIRA-TEIMAS – Depois, no dia 10 de Maio, o suposto jogo decisivo do Campeonato! O Sporting CP ia à Luz para – mais uma vez – enfrentar o seu velho rival. Logo aos quatro minutos disse bem alto ao que ia e marcou numa jogada perfeita de Viktor Gyökeres coroada com um petardo de Francisco Trincão na entrada da área para o golo Leonino! Pouco depois dos 15 minutos de jogo suportou a manutenção em campo de Otamendi, que devia ter sido expulso por evidente falta sobre Pote, isolado, em posição frontal, na entrada da grande área encarnada. E resistiu, resistiu muito e com pundonor! No final é a equipa com mais remates enquadrados à baliza adversária e os adeptos – a cheirarem o título de Bicampeão – irrompem em mais uma festa Leonina! A liderança do Campeonato continuava a ser do Sporting CP!

DERRADEIRA JORNADA – No dia 17 de Maio, um sábado, jogava-se o último jogo do Campeonato, com o Vitória SC, no mítico José Alvalade! Estádio cheio, a regurgitar no apoio, na fé imensa, na esperança maior! O Sporting CP marca, já na segunda parte, dois extraordinários golos! O primeiro – oportuníssimo – num remate surpresa de Pote já dentro da área adversária! O segundo num portentoso trabalho de Viktor Gyökeres, todo ele força, agilidade, querer e poder! E aí estava o Bicampeonato! E a festa invadiu o país! E estendeu-se a todos os recantos do Mundo! O planeta é verde! Mesmo!

TAÇA DE PORTUGAL – Passada uma semana, no domingo, 25 de Maio, no histórico cenário do Estádio do Jamor, tem lugar a final da Taça! Desta vez, novamente contra o SL Benfica! Foi uma vitória épica! E estrondosa! No final o Sporting CP tem três golos marcados! Três golos lindos! O primeiro de penálti, convertido por Viktor Gyökeres, por indiscutível falta cometida sobre o próprio, ceifado em plena grande área quando seguia isolado para a baliza, depois de uma fantástica jogada de Francisco Trincão no último minuto dos parcos dez minutos de descontos! O segundo através de portentosa cabeçada do miúdo Conrad Harder, que subiu ao “primeiro andar”, para – de cima para baixo, como mandam as regras, numa execução perfeita – fuzilar autenticamente as redes adversárias, correspondendo ao magnífico centro (mais um!) desse príncipe do futebol que dá pelo nome de Francisco Trincão! E – por último – o terceiro golo Leonino todo ele uma lição de futebol para quem viu e para quem o sofreu. Um trabalho notável do ataque do Sporting CP, no qual participaram Conrad Harder e Viktor Gyökeres, finalizado com um momento sublime de Francisco Trincão, que aplica um extraordinário túnel a um desamparado defesa encarnado para, de seguida, isolado, finalizar com um fino remate para a escancarada baliza adversária! Foi uma vitória espectacular! Uma vitória épica pelos seus contornos! Uma vitória arrancada dos confins do querer e da garra Leonina! Uma vitória da alma Sportinguista desta nossa equipa! Uma vitória do futebol!

FESTA IMENSA – Este Maio, com tanto êxito e com tanto jogo que foi sendo sucessivamente festejado, foi – na verdade – um mês em crescendo! Um êxtase acumulado e semanalmente repetido, sempre em dose cada vez maior! Um gozo pleno! Uma festa imensa!

MASSA ASSOCIATIVA I – Foi de um modo geral espectacular o comportamento da massa Associativa do Sporting CP! Como, aliás, foi salientado pelas autoridades. E oxalá estas tivessem também estado à altura do momento. E tivessem evitado danos como o do Bernardo Topa (que bem o presidente Frederico Varandas a visitar este Leão no hospital, oferecendo-lhe a camisola do nosso Clube!). Força, Leão!

MASSA ASSOCIATIVA II – Importa ainda salientar o extraordinário apoio que toda a massa Associativa do Sporting CP deu à equipa no decurso da final da Taça! É que no tal momento do nosso golo do empate, no último minuto de jogo dos descontos do tempo regulamentar, o Estádio Nacional continuava cheio de Sportinguistas, nenhum Leão tinha arredado pé! E, por isso mesmo, milhares e milhares de Sportinguistas assistiram e festejaram in loco ao verdadeiro esplendor na relva que todos tivemos o fantástico privilégio de viver! Em contraponto, do outro lado, mal o Sporting CP empatou… pois, muitos fugiram, depois – com o segundo golo Sportinguista – a debandada aumentou e no terceiro golo a deserção entrou na sua fase descontrolada e desordenada… são modos diferentes de sentir o respectivo clube! No Sporting CP é mesmo até morrer!

AZIA MONUMENTAL – O espectáculo montado pelo SL Benfica, sobretudo depois da final da Taça, é a todos os títulos lamentável. Uma máquina de intoxicação e focalizada em desvirtuar a verdade desportiva! Uma máquina alicerçada em mentiras que – na velha táctica de repetir até parecer que é mesmo verdade – só demonstra que a azia das derrotas sofridas, dos títulos sofridos aos pés do Sporting CP doeu-lhes... e muito! É, no entanto, bom que se habituem a digerir melhor... o Sporting CP, como Frederico Varandas já frisou, está a apontar para o Tri! Força, Leões!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – MATHEUS REIS: sabe-se pela comunicação social que o clima instalado pós-final da Taça de Portugal levou já a ameaças sérias ao nosso Matheus Reis e à sua família. Lamentável! E isso sim deveria merecer o repúdio inequívoco de todos os verdadeiros desportistas! Força, Matheus Reis! Nós, os Sportinguistas, estamos contigo e com os teus!

P.S 2 – DÁRIO ESSUGO: foi anunciada a sua contratação pelo Chelsea FC! Recordamos a sua estreia na equipa principal, em pleno José Alvalade, com 16 anos! E sentimos as tuas lágrimas de felicidade por esse momento! Foste Campeão! Boa sorte, Dário! Sabemos que és e serás sempre filho desta casa, filho do Sporting CP!

P.S 3 – TÉNIS DE MESA: ganhar Campeonatos Nacionais é obra! Ganhar dez Campeonatos seguidos é simplesmente extraordinário! Bela equipa! Mais uma! Muitos Parabéns, Leões! Força, ténis de mesa!

O "campeão da tasca"... da humildade e do humanismo

Por Juvenal Carvalho
05 Jun, 2025

Malcolm Allison, ou "Big Mal", como era conhecido no mundo do futebol, marcou-me muito na infância por ser, além de um grande treinador, uma figura incontornável. Uma pessoa especial. A forma como interagia com os jogadores e a massa associativa era única, e para a época estava muito à frente dos demais. Foi, pois, o primeiro treinador que me ficou na retina e na memória de Leão sofredor de todas as horas. Jamais esquecerei, entre outros grandes momentos, uma vitória em Alvalade sobre o FC Porto, quando para espanto geral tirou do onze o titularíssimo Rui Jordão e meteu o então menino Mário Jorge. Moral da história, seria Mário Jorge o autor do único golo do encontro, logo o da nossa vitória. Foi o delírio total naquela tarde apoteótica.

Tive ainda, ao longo do meu percurso de vida, treinadores que muito gostei – Mirko Jozic, que futebol que a nossa equipa praticava e tão prejudicados fomos, e Ruben Amorim, sobretudo este, que me marcou indelevelmente – em detrimento de outros que gostei menos. Esta coisa de agradar a gregos e a troianos, juntando à irracionalidade do futebol, faz com que seja mesmo um turbilhão de sentimentos de difícil análise, a avaliação dos treinadores.

Mas hoje vou abrir o coração e pela mais elementar justiça, falar de Rui Borges, o treinador que, 23 anos depois, imitou o feito de outro treinador marcante da nossa história, o romeno Lászlo Bölöni, e "deu" a dobradinha ao Leão.

Rui Borges, de que gostava de ver o futebol então praticado pelas equipas por onde passou, sobretudo no Vitória SC, embora assuma que não o conhecia profundamente para traçar uma opinião muito válida, mas que aquando da chegada ao nosso Clube e desde o dia em que foi apresentado me ficou genuína e literalmente no goto, como se costuma dizer. De terra de gente de boa cepa, humilde, genuíno e trabalhador. Que deu logo à chegada um mote que fez escola com o célebre: "quando faltar a inspiração que não falte a atitude". Palavras sábias estas que foram desde logo assimiladas pelo grupo de trabalho, que subiu para as suas cavalitas e em conjunto foram felizes e tão felizes fizeram a "família Leonina" que também, e ele não se cansou de a isso se referir, jamais deixou de acreditar e de estar ao seu lado e da equipa. Foi mesmo até ao fim. Unos e indivisíveis..."à Sporting".

Este Homem, que é o protótipo de gente de valor e de valores, chegou em boa hora ao reino do Leão. Não é tanto pelo treinador – embora tenha provado nessa premissa uma capacidade que fala por si – mas sobretudo pelo ser humano que não engana, que estas linhas são para si.

Fiquei até comovido por o ter ficado a conhecer melhor no programa da SIC, "Alta Definição". Que humildade arrebatadora. Que homem de família. Que Senhor! Confirmei apenas o que já era notório à vista desarmada, mas conseguiu ainda ir mais além naquilo que julgava possível.

Os invejosos(as), a quem lhes dão espaço nas televisões, mas que sabem tanto de futebol ou de saber estar no desporto quanto eu sei de física quântica, chamaram-lhe "animal de taberna" e "desinteressante", entre outras alarvidades típicas de gente mal resolvida. Os tais que têm palco "porque sim", e que agora não se curvam ao seu sucesso, porque emendar a mão é só para os valiosos. Não é o caso.

E por falar em taberna, porque o Rui teve até a capacidade de ironizar com os epítetos com que essa gente o catalogou, queira saber, que também eu tinha como grande referência de vida o meu avô que como o seu também se chamava Zé, que sou igualmente de raízes bem humildes, cresci num bairro lisboeta, no caso o da Bica, e conheci muitas tabernas onde até joguei ao dominó e às cartas com pessoas mais idosas. Essas tabernas eram frequentadas por gente de bem. À minha/nossa escala. Uns de nós. Uns dos nossos. Faço-lhe daqui, deste meu espaço semanal, um repto: Gostava de beber um copo consigo numa taberna qualquer. Em homenagem à sua terra, pode vir acompanhado de uma alheira.  O mais importante, contudo, é que continue a ser quem é humanamente e que como treinador prossiga na rota do sucesso. Pode ter continuidade já no próximo dia 2 de Agosto.

O resto, parafraseio um conhecido humorista: "Eles falam, falam e eu não os vejo a fazer nada". 

P.S – No ténis de mesa, depois da conquista da Supertaça e da Taça de Portugal, chegou agora a vitória no Campeonato em forma de Decacampeão. Um triplete com a patente da maior força desportiva nacional.

Memorável

Por Mafalda Barbosa
05 Jun, 2025

Editorial da edição n.º 4029 do Jornal Sporting

(me·mo·rá·vel)

Digno de ficar na memória.

Célebre.

Notável.

Podia relembrar o memorável mês de Maio, porque, na verdade, assim foi para todos os Sportinguistas.

Podia voltar a mencionar a notável e inesquecível época 2024/2025 nas várias modalidades Leoninas, inclusive no futebol, onde a festa do histórico Bicampeonato se juntou à festa da tão ambicionada dobradinha.

Mas, sendo já dia 5 de Junho, relembro uma das figuras mais importantes da História do Sporting CP e que, hoje, celebraria o seu 74.º aniversário.

Generoso, humilde, fiel, dedicado e querido por todos, será para sempre relembrado como um ser humano inspirador e um jogador exemplar.

Alguém que ao longo da sua vida sempre transmitiu e honrou os valores do Clube.

"Ganhei títulos, vivi muitas alegrias e algumas tristezas, mas nunca me esquecerei de que o meu melhor momento foi quando vesti pela primeira vez a camisola do Sporting Clube de Portugal".

Deixou-nos um legado de Sportinguismo difícil de igualar e será, para sempre, um exemplo de lealdade e uma inspiração para os mais novos.

As referências do Clube ficam, para sempre, eternizadas na História e na memória de todos nós.

Obrigada, ao memorável Manuel Fernandes.

Momentos de Glória!

Por Tito Arantes Fontes
29 maio, 2025

GLÓRIA I – O lema do Sporting CP é: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória! Estamos, neste momento da nossa vida, no último desses patamares, ou seja, na Glória! O modo como ganhámos o Campeonato e como conquistámos a Taça de Portugal são exuberantes demonstrações de Glória! Fizemos o primeiro Bicampeonato em mais de 70 anos! Fomos buscar a nossa 18.ª Taça de Portugal! E – mais de 20 anos depois – voltámos a fazer a famosa e desejada dobradinha! Estamos, pois, extremamente gratos – gratos mesmo, de “coração verde”, de “coração de Leão”! – à nossa equipa, aos nossos jogadores, ao nosso treinador Rui Borges e a toda a sua gente, ao staff de suporte a todo o futebol profissional e aos nossos dirigentes, máxime ao nosso presidente Frederico Varandas! Obrigado! Desfrutemos agora destes imorredoiros momentos de Glória!

GLÓRIA II – O Jamor estava lindo, pintado de verde e encarnado, com uma imensa e orgulhosa massa adepta dos dois clubes, que – desde cedo – se espalharam pela mata em alegres convívios e rivalidades. Foi bonita a festa, pá! Foi mesmo! Desde logo porque também não tenho notícia de quaisquer incidentes entre apaniguados dos dois clubes. Muito pelo contrário assisti a vários momentos e episódios de sã e mútua camaradagem, com cada um na defesa acérrima das suas cores, sempre num clima muito positivo e de tolerância que aqui se salienta e enaltece. Isto contrasta de modo eloquente com o que resulta dos ataques que foram perpetrados nas últimas semanas aos nossos Núcleos e estátuas. O Jamor, também pelo clima que cria, é e sempre será especial. E único! Por isso tem, ano após ano, tanta adesão de tantos milhares de pessoas! E por isso também tanto que merecia uns melhoramentos, urgentes, gritantemente necessários, à altura do papel que se espera seja desempenhado por um Estádio Nacional!

GLÓRIA III – O modo como a vitória do Sporting CP foi alcançada foi épico! E – também por isso – ficará nos anais da História da Taça de Portugal, nomeadamente das suas finais! A primeira parte terminou sem golos, pese embora ainda tenha sido assinalado um penálti contra nós, que – logo depois – foi prontamente revertido por fora-de-jogo de um jogador adversário. A segunda parte começa com o golo do SL Benfica, através de um remate inesperado e forte, ainda a uns 25 metros da baliza (antes fiquei com dúvidas sobre o modo como Geny Catamo perdeu a bola, ainda no nosso meio-campo). Pouco depois, o SL Benfica aumenta para 2-0, mas – e bem! – o VAR chamou o árbitro, que anulou esse golo por falta indiscutível, no meio-campo, sobre Francisco Trincão. A partir daí a partida foi acumulando momentos de emoção… e momentos claros de “anti-jogo” (como bem salientou Rui Borges, no final da partida,  o SL Benfica antes do jogo falou em desejar “mais jogo, menos faltas”, mas afinal, quando se apanhou a ganhar, optou por enveredar de modo notório e até escandaloso por um caminho contraditório com o que os seus responsáveis vinham dizendo) protagonizados por vários jogadores do SL Benfica, que – de modo sistemático – ficavam estatelados no relvado em busca de assistência médica! Assisti a muitas finais da Taça de Portugal, podendo bem dizer que a Académica (em 2012) e o Aves (em 2018) ganharam ao Sporting CP por apenas um golo de diferença no resultado, mas jamais protagonizaram o “anti-jogo”, próprio de equipa pequena e medíocre, que o SL Benfica exibiu no Jamor. Corolário dessa postura foi o crescendo do Sporting CP sobretudo com o aproximar do final do jogo… e aí, no último dos justos dez minutos de descontos (que apenas poderão pecar por defeito, pois o jogo esteve interrompido perto de 20 minutos), assistimos à melhor jogada do desafio até então: Francisco Trincão recupera a bola ainda no lado direito do meio-campo Leonino e – qual príncipe – arranca, serpenteando com arte entre adversários, deixando-os para trás, um atrás de outro, e – já a meio do meio-campo encarnado – passa a bola para o poderoso e mortífero Viktor Gyökeres, que – embalado rumo à baliza adversária – ultrapassa um adversário, que ficou estatelado na relva, entrando sozinho na área, onde é escandalosamente ceifado por outro jogador adversário. Penálti indiscutível que, pouco depois, o nosso Gyökeres converteu com a sua perícia e expertise habitual! Fomos, então, para 30 minutos de prolongamento.

GLÓRIA IV – Certo é que esse golo do empate do Sporting CP transformou o jogo de modo radical. O prolongamento é todo ele do Sporting CP! E é coroado com dois golos. Ou seja, o segundo golo, marcado por Conrad Harder, de cabeça, no meio da área, correspondendo a um precioso e milimétrico centro do lado esquerdo de Francisco Trincão; e o terceiro golo, já mesmo nos minutos finais dos descontos do tempo de prolongamento, protagonizado por uma bela jogada da tríade Gyökeres, Harder e Trincão, tendo este último finalizado de modo superior, depois de aplicar espectacular “túnel” a um atónito defesa encarnado, mesmo no meio da grande área! Foi lindo! E foi a explosão de uma alegria inesgotável dos Sportinguistas que se tinham deslocado ao Jamor! A Taça era nossa e vinha, mais esta, para o Museu do Clube! E que bem que lá fica!

GLÓRIA V – A estrondosa e espectacular vitória no Jamor, com a inerente conquista da Taça de Portugal, a que acresce o Bicampeonato, tem provocado uma dose de monumental azia e evidente demonstração de mau perder lá para os lados da Luz! Não há memória de tanta desfaçatez! O espectáculo tem sido degradante! Mas revelador do desnorte que por ali graça! Fazem comunicados, queixam-se de tudo e de todos, inventam pretensas medidas tonitruantes e só falta mesmo dizerem que querem ir ao Papa. Certo é que não têm nem moral, nem razão para tanto alarido. Desde logo, apenas a título de exemplo, nunca os vimos reclamar nem mexer um dedo quando, em 2023, Di Maria agrediu com um soco Pote em pleno José Alvalade! Não os vimos reclamar, nem mexer um dedo quando o Sporting CP, em 2009, foi vergonhosamente espoliado (a favor deles próprios!) da Taça da Liga na sua famosa edição em versão “Taça Lucílio”! E não os vimos reclamar, nem mexer um dedo quando – e já lá vão 29 anos! – o very-light da claque encarnada matou o Sportinguista Rui Mendes! Vergonhosamente o silvo desse very-light é e continua a ser repetido vezes sem fim na Luz e nos seus pavilhões sem que o SL Benfica se pronuncie sobre o tema e verbere os seus apaniguados! Tenham mas é Vergonha! Afinal, lidos os especialistas de arbitragem, o SL Benfica parece apenas (e não de modo unânime) poder tão só queixar-se de uma expulsão, pois todos os outros lances, nomeadamente os que requereram intervenção do VAR, foram segundo esses especialistas bem analisados e correctamente decididos! Ora essa expulsão, a ocorrer, teria tido lugar aos 90+5 minutos de jogo… bom, pois, recordar que no jogo da Luz de há 15 dias o Sporting CP teve que suportar a manutenção em campo de Otamendi que – também segundo esses mesmos especialistas e de modo unânime – devia ter sido expulso aos 15 minutos de jogo! É diferente! Muito diferente!

GLÓRIA VI – O Sporting CP jogou quatro vezes com o SL Benfica nesta temporada 2024/2025. Ganhámos duas vezes, empatámos outras duas; no jogo jogado (excluindo o desempate de penáltis na final da Taça da Liga), incluindo prolongamentos, nunca perdemos. Marcámos seis golos, sofremos apenas três. Chega bem para vincar a nossa superioridade nesta época sobre esse nosso rival! E é também isso que celebramos! Faz parte dos nossos Momentos de Glória ganhar aos nossos rivais!

GLÓRIA VII – Corolário destes Momentos de Glória é este desejo imenso de continuarmos a ganhar, a vencer provas, a obter títulos. E o presidente Frederico Varandas sintetizou esse pensar e esse querer do Mundo Sporting ao dizer, logo no rescaldo desta extraordinária e épica vitória na Taça de Portugal, que o seu foco estava já nos “títulos que ainda aí vêm”! Vamos a isso, presidente! Força, Sporting CP!

GLÓRIA VIII – O nosso andebol é também Bicampeão! Foi à Madeira e carimbou o título! No próximo fim-de-semana há festa no João Rocha, no jogo contra o FC Porto. Glória para esta fantástica equipa de andebol! Glória para Ricardo Costa! Glória para o capitão Salvador Salvador! Glória para toda a equipa!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – Na final da Taça estreámos mais um jovem da nossa academia na equipa principal. Trata-se de David Monteiro. Parabéns, miúdo! E que bem que entraste! Força e continua!

P.S 2 – Marcus Edwards está em definitivo no Burnley. Transferência positiva para o Sporting CP e certamente também para o jogador. Guardamos na nossa retina alguns dos bons momentos que nos proporcionou! Obrigado e boa sorte, Edwards!

P.S 3 – Na semana passada referi vários dos jogadores a quem devemos o Bicampeonato. Por lapso não referi os fundamentais Maxi Araújo, Franco Israel, Iván Fresneda e, claro, Matheus Reis! Obrigado também Campeões!

P.S 4 – As comemorações Leoninas foram, muitas delas, saboreadas nestes últimos dias com esse famoso prato tradicional português que dá pelo nome de “dobrada”! E numa tasca ou taberna ainda soube melhor! Força, Rui Borges! Força, Campeões!

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