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Opinião

102 anos de uma "Razão de Ser"

Por Juvenal Carvalho
28 Mar, 2024

A cada edição de aniversário do Jornal Sporting, no caso já são 102 anos de vida do Jornal de Clube Mais Antigo do Mundo − o nosso, sinto um enorme e orgulhoso sentimento de fazer parte da sua tão dignificante História. De ter o privilégio de, não sabendo quantificar em quantas edições escrevi semanalmente, − já são muitas − desde aquele telefonema do Rúben Coelho a convidar-me para cronista, saber que a minha opinião é lida pelos "meus". Aqueles que, como eu, sentem o Sporting Clube de Portugal de forma apaixonada. Porque é com um misto de responsabilidade, mas sempre com amor − só assim o sei fazer quando falo do nosso Clube − que escrevo cada caractere a cada semana.

O Jornal Sporting, que comecei a ler ainda em criança, quando religiosamente ia a casa do Sr. Brito, um "velho Leão" que era o meu vizinho do piso de baixo, é um companheiro de sempre. Leio-o aos dias de hoje, a cada edição, com a mesma gula daquele tempo, sempre ávido de saber "coisas" do "meu" Clube. Foi nele que me habituei a ler e a idolatrar desde sempre aqueles que eram as referências do meu tempo, desde jovem até aos dias de hoje.

E tantas e tão díspares elas são, do passado longínquo com Francisco Stromp como figura inspiradora, seguido por tantos homens e mulheres que fazem do nosso Museu um espaço que faz Sporting Clube de Portugal, como desde a fundação o quiseram os nossos fundadores... Um Clube Grande, tão Grande como os Maiores da Europa!

A História do nosso Jornal Sporting começou no já longínquo dia 31 de Março de 1922, o primeiro título de capa do então Boletim, foi uma "Razão de Ser", sob a direcção de José Serrano e desde então tem sido marcada pela evolução dos tempos. Do papel de então, muito mais lido noutros tempos, para o digital de hoje, muito mudou. Hoje os tempos são os de clicar num botão e aceder a todas as notícias nele impressas, sobretudo para as novas gerações. Os mais antigos no tempo, ainda mantêm o velho hábito de o assinar, comprar em banca ou até mesmo esperar pelo dia de saída e ir beber o seu café aos Núcleos do Sporting CP espalhados de Norte a Sul, ilhas, ou até mesmo no estrangeiro, para o folhear de ponta a ponta.

Dizer que por aqui passaram grandes e incontornáveis nomes do jornalismo português é algo que não poderá deixar ninguém indiferente. Desde diretores a chefes de redacção, passando pelos jornalistas e secretariado.

Ganhei amizade com alguns deles. Uns que a marca inexorável do tempo os levaria, outros que felizmente ainda estão entre nós. Li grandes textos de exaltação clubista. Grandes artigos de opinião. Grandes reportagens foram também feitas nesta "casa".

Mas todos nós temos as principais referências. E as que faziam mesmo as minhas delícias eram as prosas contundentes e de defesa do Sporting CP escritas pela pena de Inácio Teigão. Jamais as esquecerei. Tal como de Silva Falcão, que era o homem do basquetebol, a "minha" modalidade, e que escrevia enormidades. Fazia de jogos menos conseguidos, uma escrita à NBA. Também a D.ª Leonor Roque, que não pode ser indiferente a ninguém que com ela, teve o privilégio de privar. Uma Senhora que faz parte integrante do nosso Clube e do nosso Jornal, como poucas. Obrigado, D.ª Leonor.

Com estes nomes, longe de mim estar a desconsiderar ou menorizar alguém. Antes pelo contrário. Apenas quis, evocando-os homenagear um colectivo de grandes homens e mulheres que ao longo dos anos mantiveram vivos este jornal. Hoje sob a liderança de Mafalda Barbosa. Que tem a particularidade de ser um rosto feminino pela primeira vez na história na direcção do nosso Jornal. Uma outra sensibilidade. Um outro olhar.

Longa vida à Mafalda e ao Jornal Sporting.

Venham mais 102!

P.S − Nos seus 102 anos, o nosso Jornal já fez notícia de inúmeros troféus nas mais diversas modalidades. E esta edição de aniversário não foge à regra, com a conquista da quinta Taça de Portugal de voleibol da equipa sénior masculina. Agora, falta o Campeonato e queremos muito essa conquista, sabendo que temos rivais de peso a querer o mesmo. Que comece o play-off do título.

De “franzino” e de “pouca dura” a centenário

Por Mafalda Barbosa
28 Mar, 2024

Editorial da edição 3969 do Jornal Sporting

“Veja lá, Serrano! O Boletim sai e nunca mais pára. Você assume a responsabilidade e não pode alegar mais tarde falta de tempo ou disposição”, Júlio de Araújo deixava assim o aviso a José Serrano.

E assim foi.  

Nascia “franzino” e para alguns supunha-se de “pouca dura”, mas já é centenário.

102 anos depois folheamos mais uma edição do “Mais Antigo Jornal de Clube do Mundo” e recordamos aquele que foi o n.º 102 do Boletim do Sporting Club de Portugal [ver pág. 10] e cuja réplica está incluída na versão impressa desta semana.

Quando em Março de 1922 se sonhou a existência de um Boletim do Sporting Club de Portugal, não houve qualquer dúvida sobre as suas vantagens, nem sobre as suas dificuldades.

“Tínhamos e temos sobejo amor ao Clube, mas a multiplicidade de afazeres numa obra reformadora, impunha a necessidade de auxílio. Assim, veio José Serrano secretariar o Boletim e justo é repetir, que o fez com boa vontade e rara felicidade”, salientava Júlio de Araújo.

Nas palavras de Salazar Carreira, Júlio de Araújo e José Serrano “trabalharam sem esmorecimento e conseguiram para o Clube o enorme benefício do seu Boletim. Todos lhes devemos pelo facto uma parcela de gratidão comum e os seus nomes ficarão sempre ligados à obra que iniciaram; fieis colaboradores, amigos sempre prontos a prestar o seu auxílio, envio-lhes pelo aniversário as minhas felicitações e os votos de que o menino conte muitos e muitos na sua companhia”.  

De geração em geração, o Jornal Sporting mantém-se fiel ao seu ADN.  

Nesta Nova Era, continua a testemunhar e a conservar a História do Sporting Clube de Portugal, mantendo a credibilidade e o rigor com que se tem pautado ao longo dos anos.

Ao dia de hoje, o Jornal Sporting celebra a sua longevidade e agradece a todos os Sportinguistas que lhe deram vida.  

Celebremos o seu pioneirismo e honremos a sua “Razão de Ser”.

Reviravolta feita de classe

Por Juvenal Carvalho
21 Mar, 2024

Existem momentos que quando a adversidade aparece, ela pode acabar por se tornar na antecâmara do sucesso.   

E um desses momentos ocorreu ao terceiro minuto do jogo que nos colocou frente-a-frente com o Boavista FC. 

Em contraponto ao desânimo pelo golo sofrido, que pôs o adversário na frente em fase tão precoce do jogo, eis que os Leões que estavam no Estádio José Alvalade, tal como o míster Rúben Amorim fez questão de o afirmar no pós-jogo como forma de reconhecimento, irromperam num incessante apoio aos nossos rapazes, fazendo-os acreditar... acreditar muito.

E foi com base nessa premissa que estaria dado o mote para uma reviravolta que acabaria por ser épica. Logo de seguida surgiu a reacção, que trouxe poucos minutos depois um golo anulado por escassos centímetros. Mas continuámos a porfiar, e como naquele velho provérbio português que quem porfia sempre alcança, estava guardado para o último minuto do primeiro tempo, depois de um claro domínio do Leão, que o "criminoso" do costume, Viktor Gyökeres, fez anichar a bola na baliza dos "axadrezados".

Guardado estaria para a segunda parte um verdadeiro recital do Sporting CP. Como um rolo compressor, Paulinho aos 54 minutos decidiu "mostrar os dentes" e à ponta de lança faria a ansiada reviravolta. Depois desse momento, que seria fulcral, veio de vez ao de cima a intrínseca capacidade/qualidade da nossa equipa. A "dupla" Viktor Gyökeres, que conseguiu um hat-trick e Paulinho com dois, espalhou o terror no último reduto do adversário, complementada com o golo de Nuno Santos, que tem aquela trivela cada vez mais afinada, e que ditaria a "chapa seis". 

Ainda faltam nove "finais". A próxima, depois de uma paragem para os jogos da selecção nacional, será na Reboleira, ante o Estrela da Amadora. E terá que ser na base da crença, que a escusamos de pedir aos nossos rapazes, tal ela é demonstrada a cada jogo, mas também alicerçada na capacidade de uma equipa que já nos deu múltiplas razões para acreditar nela.

Mas fulcral será igualmente dar continuidade à Onda Verde que vem transbordando jogo a jogo das bancadas para os relvados. 

Nunca é demais apelar à continuidade do #ondevaiumvãotodos e com ele à manutenção do espírito que temos tido, sabendo todos, com humildade, que ainda falta muito. Sabendo também que as contrariedades com lesões, castigos e até baixas de forma deste ou daquele jogador terão que ser supridas com denodo e tenacidade. Rúben Amorim sabe melhor que ninguém os terrenos que pisa. Sabemos também que da boca dele não existe lugar para lamechas. Porque acredita no trabalho. E será na base desse trabalho valioso, de quem já nos deu razões para acreditar, que jogo a jogo se farão as contas. 

Para o fim, concluo esta coluna de opinião com uma nota triste. Morreu o meu amigo António Frade. Um Leão que muito me ensinou nos corredores de Alvalade. Um Leão que serviu sem qualquer outro interesse, que não o amor ao Sporting CP, e durante mais de três décadas, o "seu" clube como dirigente do atletismo e do andebol. Descansa em paz, Frade. E obrigado por teres sido meu amigo. Foste enorme!      

 

… e faltam nove!

Por Tito Arantes Fontes
21 Mar, 2024

Campeonato Nacional 1 - No domingo à noite jogámos contra o Boavista FC no nosso Estádio José Alvalade. O jogo começou de modo surpreendente, visto que - logo aos três minutos - sofremos “caído não se sabe de onde” um golo do nosso adversário, numa jogada em que acumulámos alguma passividade conjugada com uma “sorte das Arábias” do nosso adversário. Havia, pois, que ir à luta e com pundonor, com “tudo”! Foi o que - de modo acertado e em crescendo - o SPORTING CP fez! Paulatinamente fomos tomando conta do jogo e acercando-nos cada vez de modo mais perigoso do último reduto boavisteiro. Assim, depois de várias valorosas iniciativas de Trincão (que viu um golo anulado parcos minutos depois de estarmos a perder, por anterior fora de jogo de Paulinho), mesmo ao findar da primeira parte alcançámos o empate numa bela combinação de Paulinho com Morita com conclusão superior já à entrada da pequena área do nosso Gyökeres! O Estádio veio “abaixo”!

Campeonato Nacional 2 - A segunda parte foi um autêntico “festival de futebol”, durante a qual marcámos “só” mais cinco golos! É obra! No total do jogo - para além de outras oportunidades, como aquela do Diomande na “cara do golo”, quando o jogo ainda estava empatado - marcámos seis golos, “hat-trick” de Gyökeres (o segundo golo após mais uma das suas belas arrancadas e o último de penálti), dois de Paulinho (bela desmarcação no coração da área e cabeçada num canto) e um de Nuno Santos (a desviar para baliza fantástica incursão de Gyökeres pelo lado esquerdo e linha de fundo da área adversária).

Destaques individuais - Indiscutivelmente Gyökeres foi o “homem do jogo”! Soberba exibição de um grande, grande avançado! Paulinho, no seu estilo mais “cerebral”, fez também óptima exibição, pelos golos que marcou e pelo mais que fez, incluindo a assistência para o primeiro golo. Nuno Santos merece também especial menção! Hujlmand e Morita muito bem também, que dupla de “meio-campo” aqui temos! E - claro está - o nosso Daniel Bragança rubricou uma bela segunda parte! Está feito um “senhor jogador”, com os seus “pezinhos de luxo”, cada vez mais confiante, decisivo e oportuno! Cumpre-se o que Rúben Amorim disse no início da época… o Dani é mesmo um dos nossos grandes reforços desta época!

Estatísticas - Mais de 70 por cento de “posse de bola”, para cima de 500 passes, com precisão de passe superior a 90 por cento, 23 remates à baliza, dos quais 11 enquadrados… foi uma grande exibição coroada com mais uma goleada, das maiores que na história já infringimos ao sempre difícil Boavista FC!

Arbitragem - António Nobre apresentou-se em Alvalade ao seu nível, isto é medíocre (Coroado vai até mais longe e escreve que Nobre tem “muito (sor)riso, pouco siso”!). Depois de no jogo com o FC Arouca, em Alvalade, ter assinado a inexplicável expulsão do Diomande ainda na primeira parte, veio, desta feita e depois de ter alimentado muita “irritação” das bancadas de Alvalade (coroada com a monstruosa assobiadela com que foi brindado na sua saída no intervalo do jogo), mostrar como lhe é difícil marcar um penálti a favor do SPORTING CP… na verdade, não fosse o VAR (Luis Godinho, hélas!) e Nobre teria errado, mais uma vez… assim, pese embora lhe tenha custado uma “eternidade”, lá teve de ”dar a mão à palmatória” e assinalar aquilo que já milhões tinham visto, ou seja o penálti pelo evidente agarrão / placagem ao Gonçalo Inácio! Enfim, com “nobres” destes não há mesmo povo que resista… sem assobiar!

Liga Europa e Pote - Fomos a Bérgamo e até podíamos ter sido mais felizes… aqueles dez minutos finais mostraram bem como podíamos ter vencido “lá” estes oitavos-de-final. Má notícia foi mesmo a lesão de Pote! Nós a festejarmos o seu golo (óptima jogada!) e o nosso Pote em lágrimas, com as dores… foram imagens que valem mil palavras! Estamos, como todos, a acompanhar a evolução do seu estado e da sua recuperação… Força, Pote!

Academia Cristiano Ronaldo - Esta semana a FPF concedeu, mais uma vez, o certificado de entidade formadora “cinco estrelas” à nossa Academia! Todos sabemos da enorme valia do trabalho que diariamente aí é desenvolvido! Parabéns, Paulo Gomes! Parabéns, Tomaz Morais! E… obrigado!

Kit Jones - Gente amiga diz-me que este nosso antigo e genial jogador de basquetebol vem a Portugal em Maio próximo. Recuo 50 anos… ao início dos anos 70, no “meu” Liceu D. João de Castro, andávamos muitos miúdos de “fitinha na cabeça” (incluindo eu próprio) à conta do Kit, o genial americano que jogava no SPORTING CP e que íamos ver treinar e jogar ao velhinho Pavilhão da Ajuda! Grandes memórias de um fabuloso basquetebolista que encantou muita miudagem… e não só! Kit Jones foi e é uma “lenda” do nosso Clube! Oxalá venha mesmo a Portugal!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!

Objectivo comum: vencer!

Por Mafalda Barbosa
21 Mar, 2024

Editorial da edição n.º 3968 do Jornal Sporting

Caminhamos numa Nova Era.

Sem esquecer o nosso propósito, a nossa missão, os nossos valores − a nossa razão de ser, a nossa vontade de vencer.

Hoje em dia, existe uma tendência para pensar em grandes conquistas valorizando apenas o resultado final. Mas na verdade a conquista é fruto de trabalho, esforço, dedicação, disciplina, paixão e foco.

Esta semana, mais uma de entre muitas vitórias. A excelência do Sporting Clube de Portugal foi de novo distinguida. A Federação Portuguesa de Futebol premiou a Academia Cristiano Ronaldo com o certificado de entidade formadora cinco estrelas.

“Temos de continuar com o nosso ADN, a formação é a base de todo o trabalho do Sporting CP. Vamos apostar em ter melhores recursos humanos, infra-estruturas e uma grande ligação entre todos os departamentos para que consigamos formar jogadores para a equipa A todos os anos. São estas pequenas coisas, que são grandes feitos, que nos mantêm ao nível da excelência”, salientou Paulo Gomes, director-geral da Academia.

A excelência verde e branca é transversal a todas as modalidades. “A excelência nunca é um acidente. É sempre o resultado de alta intenção, esforço sincero, inteligência e execução”. *

Nos últimos tempos, tem sido evidente a aposta contínua do Clube nas modalidades, recuperando algumas que foram extintas e reforçando outras já existentes. Exemplo disso, é a aposta no surf verde e branco com a apresentação de dois elementos que vão reforçar a modalidade.

E porque, mais uma vez, a excelência se alia ao eclectismo, no fim-de-semana vamos apoiar as nossas modalidades rumo à vitória: voleibol (final four da Taça de Portugal feminina e masculina), andebol (Clássico que se disputa no Pavilhão João Rocha) e triatlo (Taça Europeia).

Caminhemos nesta Nova Era com o foco na excelência.

É a preservação dos nossos valores e do nosso ADN que assegura um Sporting CP perpétuo, de geração em geração.

 

*frase de Aristóteles, filósofo e polímata da Grécia Antiga. Foi um dos pensadores mais influentes da história da civilização ocidental.

ADN ECLÉCTICO

Por Mafalda Barbosa
14 Mar, 2024

Editorial da edição n.º 3967 do Jornal Sporting

O que têm em comum modalidades como atletismo, golfe, judo, karate ou kickboxing?

À primeira vista são mais os factores que as distanciam do que aqueles que as unem.

Mas recuemos largos anos na História.

Com a preocupação em promover o eclectismo em Portugal, José Alvalade deu autorização para que fossem retirados materiais do primeiro estádio do Sporting Clube de Portugal, no Sítio das Mouras.

O objectivo seria utilizá-los na construção do Stadium de Lisboa. Um recinto que funcionaria à semelhança de um estádio nacional. Iria incluir um campo de futebol, uma pista de atletismo e um velódromo.

No jornal Diário de Notícias, de 20 de Outubro de 1918, podia ler-se: “Imponente recinto em que, ainda por iniciativa de José Alvalade, se realizaram importantes corridas de bicicletas e motocicletas, brilhantes festas de atletismo, aeronáutica, automobilismo, etc. José Alvalade era um entusiasta no desporto e nas suas iniciativas foi muitíssimo além de tudo quanto se tinha feito até ao seu aparecimento”.

Sempre o eclectismo. Uma preocupação que “nasceu” com o seu fundador e que faz parte do ADN e missão do Sporting Clube de Portugal nestes seus quase 118 anos de História.

Também Salazar Carreira promoveu, de forma bastante convicta, o desenvolvimento do eclectismo no Clube. Foi responsável pela introdução de modalidades relevantes, como o rugby, o voleibol e o andebol. A excelência que já tinha sido alcançada no atletismo chegou também ao basquetebol e ao hóquei em patins.

Recentemente, novas páginas desta História interminável acabam de ser escritas com as conquistas no atletismo (Tiago Pereira), no golfe (Sérgio Pereira), no judo (Jorge Fonseca, João Fernando e Maria Siderot), no karate (Tiago Duarte) e no kickboxing (André e Tiago Santos).

Pódios, medalhas e troféus preenchem de forma grandiosa o legado do Sporting CP. Um ADN que transporta eclectismo, compromisso e excelência.

Faltam dez "finais"

Por Juvenal Carvalho
14 Mar, 2024

Com o devido respeito por todos os adversários, mas com uma certeza feita de muito trabalho, o Sporting Clube de Portugal está vivo, recomenda-se e continua na luta por conquistas. 

No fim de tarde do passado domingo, foi um Leão de fato macaco, mas sobretudo com muita qualidade tanto individual como colectiva, que apareceu em Arouca para ultrapassar uma missão difícil e foi determinado, convicto e sabedor dos caminhos que pisa, com que a encarou.

Sabíamos perfeitamente que o adversário, que é no momento e sem margem para quaisquer dúvidas, das melhores equipas a jogar futebol em Portugal, era complicado. E o míster Rúben Amorim, com a clarividência que lhe é reconhecida, na antevisão do jogo enumerou todas as dificuldades que nos esperavam. 

Seria então, como é nosso apanágio, com o adversário bem estudado, que o Sporting CP pôs os pés ao caminho, e com galochas, pois o tempo estava invernoso. Com uma entrada determinada em campo da nossa equipa, o "artilheiro" Viktor Gyökeres, começam a faltar adjectivos para o qualificar, abriu o marcador aos 19 minutos com o seu inevitável faro de golo. A partir daí, poucas ou nenhumas veleidades concedemos ao adversário, sempre com o jogo controlado, até que para o período de compensação estava guardado o melhor bocado. Primeiro com Geny Catamo a pincelar uma verdadeira obra de arte e depois com Morten Hjulmand, um jogador de uma entrega fantástica, a que alia uma capacidade invulgar, a finalizar à "ponta de lança" e a acabar com as dúvidas de uma vez por todas, se é que ainda houvessem algumas.

Terminada que está com sucesso esta missão, ficam agora a faltar-nos disputar dez "finais". E não fazendo futurologia, sei que será com espírito "de Leão" e com galhardia que as encararemos. A próxima será no Estádio José Alvalade, ante o Boavista FC e está agendada para as 20h30 do próximo domingo. Teremos que continuar a ser muitos a cavalgar esta Onda Verde que tem acompanhado os rapazes, seja em casa ou fora. O "nós acreditamos em vocês" e o "nunca vos deixaremos sós" terá que ser o mote e de forma bem audível. A uma só voz. O rugido do Leão terá que ecoar.

Mas antes dos "axadrezados" e já hoje, a UEFA Europa League leva-nos a Bérgamo para defrontar a Atalanta BC. Depois do empate no nosso estádio na primeira mão agora, sendo naturalmente difícil, é possível levar a bom porto esta missão. 

Parafraseando Rúben Amorim, cada jogo é uma montanha para escalar. É esse o espírito que nos norteia. Com todos juntos, mais do que nunca, o caminho faz-se caminhando.

Força, rapazes. Nós acreditamos em vocês. Como acreditamos nas restantes modalidades. Sabendo que no fim só ganha um, será um Sporting CP muito competitivo em todas, que lutará por cada título. No fim se farão as contas!

AROUCA… e faltam dez jogos!

Por Tito Arantes Fontes
14 Mar, 2024

Campeonato − A deslocação do Sporting CP ao Norte, neste caso a Arouca, foi coroada de êxito e sucesso. Fizemos um jogo corajoso, num terreno muito difícil, com um “relvado” em péssimo estado. Acresce que o Arouca tem, claramente, um bom colectivo, uma bela equipa mesmo, que joga e sabe jogar futebol. A badalada qualidade dos seus vários “astros”, nomeadamente dos oriundos de terras de “nuestros hermanos”, foi evidente e − assim sendo − houve mesmo oportunidade para testemunhar uma cabal demonstração do “porquê” do sexto lugar do Arouca no presente Campeonato Nacional. O Sporting CP fez uma exibição inteligente, tendo a sua equipa técnica tido oportunidade de nos presentear com uma soberba exibição sobre o modo como se pode tirar partido do nosso colectivo, a partir do conhecimento quer das suas conjunturais limitações, nomeadamente de cariz físico, quer  do estado do terreno, oferecendo o domínio territorial ao nosso adversário, mas − simultaneamente − controlando o jogo… ao ponto de se esperar sempre mais que fosse o Sporting a conseguir, nomeadamente num dos seus perigosos contra golpes, concretizar as oportunidades que ia criando em golo e não o contrário.

Gyökeres − marcou o primeiro golo, pelos vinte minutos, coroando uma rápida jogada em que a bola passou de Trincão para Matheus Reis e por este foi preciosamente centrada para uma conclusão perfeita do nosso viking! Mais uma exibição de abnegação e carácter!

Geny Catamo − fez um belo jogo, sempre actuante, sempre perigoso, sempre criativo. Pouco depois dos noventa minutos, no primeiro minuto de descontos, Geny correspondeu a um excelente passe de Paulinho (após mais uma bela definição de Hjulmand) e correu desde o nosso meio-campo até à entrada na área adversária, onde contornou − à vez − dois adversários e, depois, sempre com o seu fabuloso pé esquerdo, coroou essa grande jogada com um disparo fabuloso de força, potência e pontaria que só parou no fundo das redes adversárias! Estava consumada a nossa vitória!

Hjulmand − Já mesmo no fim do “período de descontos” concedido, Hjulmand coroou uma bela jogada com um bonito golo, tendo − assim e após “triangulação” com Gyökeres − sentenciado definitivamente a partida!

Franco Israel − merece também especial menção! Tem tido defesas fantásticas e em Arouca voltou a mostrar que podemos mesmo contar com ele! A sua defesa pouco depois da meia hora de jogo é de enorme qualidade!

Nuno Almeida − Este nosso conhecido árbitro, que − como já o dissemos várias vezes − sabe apitar, teve tecnicamente uma actuação que nos pareceu correcta (nomeadamente na imediata análise do pretenso lance de penálti cometido por Matheus Reis aos setenta minutos… o tal que Duarte Gomes, olha quem, comentou que é mesmo penálti… confundindo um claro “choque de futebol” com uma entrada nas margens das leis do futebol!). Pena que Nuno Almeida tenha disciplinarmente perdoado tanto “amarelo” aos jogadores adversários, tarefa na qual só no primeiro quarto de hora de jogo mostrou logo ao que vinha… não fora isso e David Simão, capitão arouquense, teria certamente recolhido mais cedo aos balneários!

Atalanta e Boavista − Boa sorte, Leões! Força equipa! Nós acreditamos em vocês!

Empréstimo obrigacionista − Está em marcha pública o processo de subscrição das “Obrigações SCP” de 2024, que − desde logo − substituem e pagam o anterior empréstimo de igual natureza de 2021. Esperamos uma grande adesão da Família Sportinguista!

VIVA O SPORTING CP!

Era uma vez...

Por Mafalda Barbosa
08 Mar, 2024

Editorial da edição n.º 3966 do Jornal Sporting

… o dia 6 de Agosto de 2003. Data mítica para o universo Sportinguista.

Nesse dia o novo Estádio José Alvalade vestia-se de gala e apresentava-se ao Mundo.

Nascia com uma partida frente ao gigante inglês, Manchester United FC, e com uma vitória verde e branca por 3-1.

Ao intervalo do jogo, Alex Fergunson não perdeu mais tempo. Conta na sua autobiografia que quando o dirigente do clube lhe perguntou se a contratação valia mesmo a pena, respondeu: “O John O’Shea terminou o jogo com uma enxaqueca. Contrata-o!”.

A partir daqui começou a escrever-se a carreira internacional de Cristiano Ronaldo, que todos conhecemos.

20 anos depois, e tendo este jogo como fonte de inspiração a História, volta a escrever-se. O Sporting Clube de Portugal lança um equipamento único, disruptivo, inovador e distinto.

O equipamento alternativo do Clube, relembra (e homenageia) a última camisola que Cristiano Ronaldo usou ao serviço do Sporting CP, desenhando um triângulo virtuoso entre o Clube, o jogador e a Nike.

Era uma vez… (é assim que começam todas as histórias) uma camisola que se transformou num tremendo sucesso histórico.

Tornou-se no produto do Clube mais vendido de sempre, sete vezes mais do que a camisola que até hoje tinha sido a mais vendida. 

Um verdadeiro caso de estudo que mereceu a devida atenção do mundo do futebol e dos negócios, tendo sido um dos exemplos em destaque no Business of Football Summit, evento organizado pelo Financial Times. O Sporting CP foi aliás o único clube português a marcar presença.

Era uma vez… um passado histórico e um Clube que voltou a fazer História, honrando-o e projectando-o para o futuro.

Liderança − Menos um jogo, mais um ponto!

Por Tito Arantes Fontes
08 Mar, 2024

Alexandre Baptista − Morreu uma das grandes Lendas do futebol do nosso Sporting CP! Um jogador exemplar, que ainda tive o gosto de − era eu miúdo − ver jogar. Um homem que conheci mais tarde, quando coincidimos no Conselho Fiscal do Clube em 2006/2009. Um cavalheiro, sempre uma excelente companhia, sensata e amiga. E um Leão, um grande Leão, fundamental “magriço” no Mundial de 1966, onde a nossa selecção se apresentava no geral com a “defesa” do Sporting CP! E, claro, além de vários títulos conquistados, incluindo de Campeão Nacional, um dos emblemáticos jogadores da grande saga que foi a campanha e a conquista do título europeu da Taça das Taças em 1964! Foi bonito e comovente o “minuto de silêncio” antes do jogo de domingo no nosso Estádio. O Sporting CP tem memória e em uníssono curvou-se em silenciosa e aplaudida homenagem a este Grande Leão! Obrigado, eterno Alexandre Baptista!

Taça de Portugal − Alcançámos uma almejada vitória sobre o SL Benfica na primeira mão das meias-finais. Merecíamos ganhar e “por mais”. Ainda assim levamos um golo de vantagem. Tudo se decidirá na Luz, no início de Abril. Nota máxima no final desse jogo para o abraço do capitão Coates a João Neves! Esse momento correu mundo e demonstra como somos diferentes! Demonstramos isso amiúde e no local próprio, no campo! Já outros − que agora nada disseram − preferiram guerrear “sem fim” com o Taynan, apesar deste ter sido punido na “quadra” pelo seu gesto!

Campeonato Nacional − Mais uma jornada no passado domingo e mais uma vitória! Início muito bom, dois golos, tudo parecia encaminhado e resolvido… ah, mas depois consentimos dois golos (o primeiro num pontapé indefensável) e tudo se poderia ter complicado. A equipa respondeu bem e logo de seguida marcámos o terceiro e − com esse golo − resolvemos o jogo! Com esta importante vitória e face ao resultado do jogo do Dragão, no qual o nosso mais directo adversário foi completamente dizimado, reconquistámos a liderança isolada do Campeonato! E com menos um jogo! Agora, segue-se o Arouca, o sexto classificado da Liga. Deslocação difícil, vamos a ela! Força, Sporting! Até morrer!

Arbitragem − Cláudio Pereira quase passou despercebido no jogo do campeonato… é o mínimo que se pede a um árbitro, que apite bem e não complique… que não seja “actor”, que não jogue! Já Fábio Veríssimo no jogo da Taça fez das suas, dois penáltis por assinalar a favor do Sporting CP (só mesmo em Portugal é que aparecem alguns “especialistas” a inventar que a pantufada que o Pote leva por trás é falta deste e não do “agressor”! E no lance do golo anulado a Nuno Santos, Paulinho só está fora-de-jogo porque foi empurrado por um jogador encarnado e empurrão dentro da área é falta e consequentemente penálti!). Risível e ridículo, isso sim, o espectáculo deprimente das hostes encarnadas sobre a excelente e óbvia anulação do seu “golo” por fora-de-jogo posicional de um seu avançado. Eu sei que o SL Benfica está habituado a ver golos ilícitos validados… nós, Sporting CP, temos sido vítimas disso mesmo, mas chega uma altura e é mesmo demais! Foi o caso! Veríssimo nesse lance esteve bem. Pena os dois penáltis que não assinalou a nosso favor!

Liga Europa − A meio da semana, só com dois dias de descanso, jogo no José Alvalade com a nossa conhecida Atalanta. O empate final deixa a eliminatória para decisão, na próxima semana, em Itália. Fizemos, todos sabemos, um jogo sofrível, temos a equipa esticada e no limite, como Rúben Amorim vem salientando. Ainda assim, como sempre, a frase é “Nós acreditamos em vocês!” e com essa fé e essa vontade vamos a Bergamo!

Futsal − Mais uma vitória da nossa equipa sobre o SL Benfica. A quarta desta época em cinco jogos. Mais uma demonstração de classe e superioridade insofismável. E o Sporting CP a caminho da final eight da Taça de Portugal! Entretanto, o Conselho da Justiça já decidiu o recurso do SL Benfica referente à final da Taça da Liga… improcedente, claro! A Taça da Liga está muito bem onde está, ou seja, no Museu Sporting!

Andebol − Em Bucareste mais uma exibição de gala da nossa equipa. Vitória indiscutível e inclusive por números mais marcantes do que em Lisboa. Estamos apurados (já estávamos!) para a fase seguinte desta prova europeia! E temos uma “senhora equipa”! Força, Leões!

Maxaquene − Referência para o protocolo que estabelecemos com este histórico clube moçambicano, herdeiro do antigo Sporting de Lourenço Marques! Aplauso para mais este momento de “unidade Leonina”, desta feita com os nossos irmãos moçambicanos!

Pólo EUL − Referência também para o novo protocolo assinado com a Universidade de Lisboa tendo em vista o investimento e desenvolvimento do Pólo do Estádio Universitário de Lisboa. É uma aposta no futuro e que vai de momento beneficiar três modalidades: o futebol de formação, a natação e o rugby.

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